Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

AP enrolada: boo ou ooh?

A Associated Press trocou os pés pelas mãos na sexta-feira da semana passada e acabou por publicar duas versões de uma mesma notícia. A primeira versão distribuída para os veículos de comunicação dizia que, durante um discurso de George Bush em Wisconsin, o público teria vaiado quando o presidente mencionou a cirurgia de ponte de safena que seria sofrida pelo ex-presidente Bill Clinton. Bush teria desejado uma boa recuperação a Clinton. Em seguida, de acordo com a AP, milhares de pessoas teriam feito ‘boo’, numa vaia ao ex-presidente. Poucas horas depois a agência distribuiu uma nova versão da história. Desta vez, o público não teria feito ‘boo’, em sim ‘ooh’, pela surpresa de saber que Clinton estaria com problemas cardíacos. Diversos sítios da internet que haviam divulgado a primeira versão publicaram uma retratação, afirmando que a AP tinha dúvidas quanto à reação do público. E a confusão foi geral: alguns sítios dizem que a menção de Bush a Clinton foi alvo de vaias, outros afirmam que recebeu aplausos e manifestações de surpresa. Informações da Editor & Publisher [3/8/04].



Autores conservadores reclamam de barriga cheia

Autores conservadores americanos presentes a um fórum organizado em Nova York pela American Compass, um clube do livro especializado em literatura direitista, reclamaram que não têm o devido espaço nas grandes editoras. Segundo o New York Times [2/9/04], eles afirmam existir uma conspiração liberal para tentar impedir que suas obras cheguem ao grande público. Contudo, analisando o passado recente do mercado editorial dos EUA nota-se um crescimento considerável da literatura conservadora. Desde o início do governo Bush, 18 dos 30 livros políticos mais vendidos foram conservadores, entre os quais The O´Reilly Factor, de Bill O´Reilly, Treason, de Ann Coulter e Let Freedom Ring, de Sean Hannity. Destes 18, 10 saíram por divisões de grandes editoras como Random House e HarperCollins. É notável também que as grandes editoras lançaram selos próprios para títulos conservadores, como o Sentinel, da Penguin Books, criado em julho.