Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

BBC prepara filme sobre Sharon

A BBC prepara na surdina um programa sobre a vida do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, para ser levado ao ar apenas depois da sua morte. A emissora começou a pesquisar e coletar material há cerca de seis meses, desde que os conflitos entre palestinos e israelenses se intensificaram e as ameaças de assassinato ao premiê ressurgiram. A BBC é famosa por produzir documentários sobre líderes mundiais e transmiti-los no dia em que eles morrem. No caso de Sharon, o programa irá mostrar desde seus tempos de adolescente até os dias atuais. As filmagens duraram duas semanas e estão em etapa de edição em Londres. Informações de Michal Shapira e Shlomi Stein [Maariv, 19/10/04].



Príncipe atingido por câmera fotográfica

A turbulenta história entre a Família Real britânica e a imprensa sensacionalista do país ganhou mais um capítulo na semana passada. O príncipe Harry, filho mais novo de Charles e Diana, foi atingido no rosto por uma câmera fotográfica durante uma confusão com paparazzi na saída de uma boate em Londres. Segundo um porta-voz do príncipe, ele teria tentado se defender dos fotógrafos que o cercavam. Ao ser atingido, Harry teria empurrado uma câmera, o que deixou um fotógrafo com um corte no lábio. Mas o fotógrafo em questão, Chris Uncle, tem outra versão para o incidente. Nela, o príncipe o teria agredido sem justificativa. Os jornais do dia seguinte à confusão publicaram fotos de Harry brigando com os fotógrafos. Depois da morte da princesa Diana, em 1997, a imprensa britânica concordou em respeitar a privacidade de seus dois filhos; em troca, teria acesso a sessões de fotos oficiais e entrevistas. Desde o ano passado, entretanto, editores reclamam que o acordo não foi cumprido, e os fotógrafos voltaram a seguir deliberadamente William e Harry. Informações de Owen Gibson [The Guardian, 21/10/04].



Emissora tenciona romper com Reuters e AP

A BBC está testando como ficaria sua cobertura internacional sem o uso de fotos e vídeos das agências Reuters e AP, informa The Guardian [19/10/04]. Os diversos veículos da companhia pública britânica estão ficando uma semana sem imagens da Reuters e outra sem as da AP, para verificar se é possível cortar uma delas sem prejudicar demais o conteúdo. A iniciativa está alinhada com a política de corte de gastos do novo diretor-geral da BCC, Mark Thompson. Segundo fontes internas, a suspensão de contrato com as agências pode representar economia de até US$ 5,5 milhões. O problema é que a Reuters, por exemplo, tem equipes em muito mais lugares do que a BBC e constitui uma fonte vital de imagens do Iraque em guerra. Executivos especulam que tudo não passa de uma artimanha para pressionar as agências a diminuírem seus preços.