Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Caso de assassinato reaberto na Colômbia

A procuradoria geral da região de Caldas, na Colômbia, acusou na semana passada mais dois suspeitos de participação no assassinato do jornalista Orlando Sierra, em fevereiro de 2002. Sierra era editor-assistente do jornal La Patria e foi morto a tiros na escadaria da redação na cidade de Manizales.

Na ocasião, a polícia prendeu Luis Fernando Soto Zapata, encontrado minutos depois com a arma do crime. Zapata confessou o assassinato, mas não explicou suas razões. Mais tarde, alegou que havia confundido Sierra com outra pessoa, e foi condenado a 19 anos e meio de prisão.

Investigações independentes feitas por jornalistas ligaram membros da classe política local ao crime e descobriram que algumas testemunhas também foram mortas. Suspeita-se que o assassinato de Sierra esteja relacionado a artigos opinativos que ele escreveu em sua coluna no jornal, intitulada ‘Ponto de Encontro’, onde denunciava casos de corrupção na região.

Os novos suspeitos são Luis Arley Ortiz Orozco, conhecido como ‘Pereque’, e Francisco Antonio Quintero Tabares, conhecido como Luis Miguel Tabares Hernández ou ‘Tilín’. As acusações foram feitas dois meses depois de a procuradoria dar o caso do jornalista como parcialmente encerrado, o que levou à saída do procurador Ariel Ortiz Correa. Em sua carta de demissão, Correa afirmou que ‘quem for que tenha ordenado o assassinato de Orlando Sierra não tem mais nada a temer dos tribunais… Esta investigação perdeu seu rumo e falhou completamente’. Informações do Instituto Prensa y Sociedad [5/8/04].