Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Celebridades preferem Reino Unido para processar jornais

Processos de difamação abertos contra jornais mais do que dobraram no último ano no Reino Unido, na medida em que um número crescente de celebridades americanas optam por abri-los em cortes britânicas. Entre maio de 2005 a maio de 2006, havia 20 casos de artistas contra jornais em cortes britânicas, comparado a apenas nove casos no período de maio de 2004 a maio de 2005, de acordo com a empresa de informação legal Sweet & Maxwell. Segundo Gideon Benaim, da empresa especialista em leis de mídia Schillings, o número de celebridades, como a estrela de Hollywood Kate Hudson, que decide abrir processos contra mídia no Reino Unido está realmente crescendo. ‘É mais fácil para celebridades que estão nos EUA abrirem processos de difamação em cortes britânicas do que em seu próprio país, pois nossas leis de calúnia são mais favoráveis a elas’, afirmou Benaim. ‘Por exemplo, no Reino Unido você não tem de provar má fé, como é necessário nos EUA. O direito à liberdade de expressão é garantido na constituição americana sob a Primeira Emenda, enquanto aqui o direito é mais equilibrado com o direito do indivíduo à sua reputação’. Para Korieh Duodu, advogado da empresa David Price Solicitors & Advocates, o aumento deve-se também ao fato de os jornais estarem preferindo pôr fim aos casos por meio de acordos, em vez de contestar os processos em julgamentos. ‘Os jornais parecem estar mais cautelosos com suas táticas quando processos de difamação são abertos’, opinou Duodu. Informações de Stephen Brook [The Guardian, 4/8/06].




Leitores desaprovam foto de amamentação


Leitores da Babytalk, revista destinada a futuras mães distribuída gratuitamente nos EUA, consideraram ofensiva a foto de uma mulher amamentando publicada em sua última edição, noticia Jocelyne Zablit [AFP, 4/8/06]. ‘Eu fiquei chocada ao ver um seio gigante na capa de sua revista. A foto fez com que eu e meu marido ficássemos desconfortáveis’, afirmou uma mulher do estado de Kansas em uma das cinco mil cartas que a revista recebeu em resposta a uma pesquisa para avaliar a reação dos leitores à capa de agosto. ‘Eu fico enjoada ao ver um bebê colado a um seio’, opinou outra leitora, mãe de um bebê de quatro meses. A capa chegou a ser tema de um programa de televisão, que entrevistou diversos leitores de Nova York – que também desaprovaram a foto. A imagem tinha como objetivo ilustrar a controvérsia sobre amamentação que existe nos EUA. Uma pesquisa nacional da Associação Americana Dietética revelou que 57% dos entrevistados são contra a amamentação em público e 72% consideram inapropriado mostrar uma mulher amamentando em programas televisivos. A editora-executiva da Babytalk, Lisa Morgan, afirmou que embora a maioria dos que responderam à pesquisa sobre a capa tenha aprovado a foto, 25% dos leitores expressaram repulsa. ‘Há um sentimento puritano nos EUA. Você vê celebridades com seios nus o tempo todo e ninguém parece se importar. Mas no contexto natural de amamentar um bebê, diversos americanos ficam desconfortáveis com a situação’, opinou ela.