Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

CNN: novo programa, velho formato

O novo programa jornalístico da CNN, The Situation Room, reúne correspondentes da emissora, analistas, colaboradores e convidados para realizar a cobertura completa dos eventos diários, ao vivo, por longas três horas. O nome é o mesmo de uma sala no subsolo da Casa Branca. ‘Situation room’ é o local de onde o governo monitora situações de emergência nacionais ou internacionais. A combinação incomum do programa faz com que ele seja uma impressionante conquista técnica, mas, ao mesmo tempo, imensamente entediante, critica Dana Stevens, da Slate [11/8/05].

Apresentado por Wolf Blitzer, o programa insiste em se definir como um noticiário diferente, que monitora as notícias que acontecem naquele momento no mundo. O apresentador fica em frente a várias telas de televisão, cada uma mostrando um fato recém-apurado de alguma parte do planeta. The Situation Room espera assim mostrar não apenas o produto jornalístico, mas também como funciona a apuração no jornalismo. Blitzer comenta freqüentemente sobre o fluxo de informações chegando em tempo real. Dana indaga se não é este o papel de todo programa noticioso: decidir qual notícia deve ser divulgada entre os fatos do dia.

Entre as entrevistas com convidados, vai ao ar o quadro ‘Inside the Blogs’ (Por dentro dos blogs), apresentado por Jackie Shechner e Abbi Tatton, que lêem as mensagens postadas em blogs na internet. Outra atração é o ‘The Cafferty File’ (O arquivo de Cafferty), no qual o jornalista Jack Cafferty divulga a ‘Questão da hora’ para os telespectadores, cujas respostas por e-mail são lidas no ar.

No programa de quarta-feira (11/8), a atração principal foi o ex-presidente americano Bill Clinton. De pano de fundo, uma foto antiga do ex-presidente na sala de comando de emergência da Casa Branca. O apresentador então indaga a Clinton: ‘Você está agora em outra sala de comando de emergência, pelo menos via satélite. Como você se sente?’. Clinton responde: ‘Eu gostei de estar na outra sala, mas eu prefiro esta. Há menos pressão e mais liberdade. Desta eu posso ir embora’.