Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

Competição acirra mercado americano

O bilionário britânico Richard Desmond anunciou, na semana passada, que pretende lançar uma versão americana da revista especializada em celebridades OK!. Conhecida por pagar caro por acesso exclusivo a matérias ditas ‘quentes’ do mundo dos ricos e famosos – como o casamento dos atores Michael Douglas e Catherine Zeta-Jones, em 2000 –, a revista semanal investe em grandes fotos para atrair os leitores na Inglaterra. E faz sucesso.

Segundo informações de Paul Colford [New York Daily News, 28/1/05], ainda não há data marcada para o lançamento da edição americana, que deve acontecer antes do fim do ano. Representantes da OK! já negociam com possíveis distribuidores e planejam uma tiragem inicial de 1.5 milhão de cópias.

Campo de batalha

Nos EUA, a OK! enfrentará uma verdadeira guerra. Pelo menos é este o clima entre as publicações especializadas em esmiuçar fofocas das celebridades, afirma Keith J. Kelly [New York Post, 26/1/05]. A disputa se intensificou a partir de 2002, com os lançamentos da In Touch Weekly e Life & Style Weekly e a reformulação da Star.

Quando o Audit Bureau of Circulations divulgar seus números mais recentes, em fevereiro, a competição neste mercado editorial deve esquentar ainda mais. Segundo matéria do Post, a expectativa é de que a People continue confortavelmente na liderança, com mais de 1.5 milhão de exemplares vendidos semanalmente em banca na segunda metade de 2004. O número é 1,5% maior do que em 2003. A circulação paga total deve chegar a mais de 3.6 milhões de cópias. O número é alto, mas o crescimento é pequeno com relação ao ano anterior: apenas 1%.

Quem assusta é justamente a novata In Touch, que deve apresentar crescimento de pelo menos 77% com relação a 2003, com mais de um milhão de cópias vendidas em banca a cada semana. A Us Weekly, de acordo com o Post, também deve apresentar um bom crescimento, com aumento de 22% de vendas em banca, chegando a 850 mil exemplares semanais, e 13% nas vendas totais. Se as previsões se concretizarem, a única das grandes a experimentar queda de vendas será a Star, que, espera-se, tenha caído de 953 mil cópias semanais em 2003 para 918 mil, em 2004.