Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Congresso convoca Facebook, Google e Yahoo! para audiência


O Congresso americano intimou esta semana executivos do Facebook, Google e Yahoo! para uma audiência, a fim de questionar como as companhias de internet estão rastreando consumidores para propósitos comerciais, noticia Stephanie Clifford [New York Times, 18/6/09]. A audiência conjunta dos subcomitês de Comércio e Proteção do Consumidor e de Comunicações, Tecnologia e Internet mostra o crescente interesse do governo dos EUA no que as empresas online estão fazendo com as informações recolhidas de seus clientes.


De um lado, estão os defensores da privacidade, que consideram intrusivo o monitoramento online. ‘Estamos sendo digitalmente seguidos’, opina Jeffrey Chester, diretor-executivo do Centro para Democracia Digital. ‘Nossos movimentos na mídia digital estão sendo monitorados e dossiês online sobre nós estão sendo criados – e até comprados e vendidos’.


Do outro lado, a indústria argumenta que qualquer regulamentação sobre privacidade seria uma grande medida contra o comércio. Os lucros publicitários online caíram 5% no primeiro trimestre de 2009, o pior declínio já visto, segundo um relatório do Interactive Advertising Bureau, grupo que representa grandes sítios de mídia online e que tem como objetivo combater legislação adversa. A indústria diz que prefere a autoregulamentação. Em fevereiro, a Comissão Federal de Comércio divulgou um relatório que apoiava, em termos gerais, a medida de autoregulamentação, mas alertou que a indústria precisava criar padrões melhores e mais rígidos.


Em sua defesa, Google, Facebook e Yahoo! argumentam que podem lidar cuidadosamente com as informações dos usuários, além de dar a eles o poder de escolher que tipo de informação pode ser usado. Por sua vez, defensores de privacidade, como o grupo de Chester, a União Americana de Liberdades Civis (Aclu, sigla em inglês) e o Centro de Informação da Privacidade Eletrônica, dentre outros, alegam que isto não garante o monitoramento das informações coletadas, guardadas e compartilhadas, e que os consumidores não têm noção do que acontece com seus dados na internet.