Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Cronkite se aposenta da TV

Apos 54 anos, Walter Cronkite, considerado o jornalista mais confiável da televisão americana, finaliza na quarta-feira, 25/8, sua carreira na TV, e pretende voltar ao meio impresso. Cronkite, hoje com 87 anos, cobriu a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã, tendo começado sua carreira como repórter em um jornal de Austin, no Texas, 68 anos atrás. Ele foi para a TV em 1950. A coluna que Cronkite escreve para o King Features Syndicate foi publicada em cerca de cinco mil jornais ao redor do mundo. Em seu ultimo artigo, ele descreve sua trajetória como âncora da CBS como compensadora, mas pouco satisfatória, lamentando que o meio televisivo disponibilize tão pouco tempo para os noticiários, o que torna impossível o aprofundamento de assuntos importantes e de interesse público. Ainda em seu artigo de despedida, Cronkite descreve o jornal como sendo o ‘guardião da nossa história’, exatamente por aprofundar mais os assuntos, buscando justiça ao sempre mostrar ‘os dois lados de um conflito nas comunidades e na nação’. Informações da Reuters [16/8/04]



Tom Wolfe censurado no New York Times

O editor de crítica literária do New York Times, Sam Tenenhaus, conseguiu convencer os censores internos do jornal de publicar uma passagem do novo livro I Am Charlotte Simmons, de Tom Wolfe, em seu caderno, mas terá de substituir todos os termos com referência sexual pela expressão ‘atividade sexual’ entre parênteses. Tenenhaus até escolheu um trecho mais pacato da obra, mas ainda assim terá de fazer algumas alterações, já que a ação do texto é carregada de práticas carnais. Com lançamento anunciado para novembro, I Am Charlotte Simmons conta a história de uma inocente jovem da Carolina do Norte espantada com o fato de entre os estudantes da fictícia Universidade Dupont, onde acaba de ingressar, sexo, drogas e rock´n´roll predominarem sobre as atividades acadêmicas. Segundo o representante de Wolfe na editora FSG, Jeff Seroy, o autor está animado com a publicação, apesar da censura – afinal, seria improvável que desprezasse uma aparição no mais importante caderno literário dos EUA . ‘O Tom adorou que o Times vai dar’, disse, ainda assim ironizando o anacronismo da postura do jornalão. As informações são do New York Post [16/8/04].