Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Dr. Goldberg, o pesquisador

É… Em 1974, quando cheguei a S. Paulo procurando trabalho, respondi a um anúncio do ‘professor’ Jacob Pinheiro Goldberg, que procurava pesquisadores. Fui à entrevista, e tenho explicação para a multiplicidade de atuações do J.P.G.: ele queria que eu realizasse pesquisas na minha especialidade (jornalismo comparado e psicossociologia da comunicação), mas pelo contrato eu abriria mão dos direitos autorais em favor dele. Evidente que preferi continuar ‘pastando’ a alugar minha mente e meu trabalho a um aproveitador. Felizmente, pouco depois consegui ser professora na Fiam, mas mesmo que não tivesse encontrado trabalho na área trabalharia em outra coisa: não me prestaria a uma coisa tão vergonhosa para uma profissional.

Marta Guerra, jornalista, Natal

Como o dr. Goldberg chegou lá – Alberto Dines

PROCURADOR/PROMOTOR
Idéia da oposição

Ana Lúcia, até onde pude ver publicado, a proposta de mudança de denominação de procuradores para promotores seria do senador Demóstenes Torres, por sinal de oposição ao governo.

Fatima Barros, funcionária pública, Fortaleza

A identidade que a vingança quer apagar – Ana Lúcia Amaral

ABOBRINHAS DEMAIS
Filé para meia dúzia

Minas tem nos oferecido o melhor, nas artes, na música e na cultura em geral. E olha que esta é a opinião sincera de uma paulistana. O jornalista e professor universitário João Evangelista Rodrigues também é Poeta, assim, com ‘P’ maiúsculo mesmo. E o seu amor e dedicação à poesia acabaram de ser reconhecidos pela Academia Brasileira de Letras, em premiação ocorrida no Rio de Janeiro ontem, 15 de abril.

Enquanto eu lia esse artigo do João lembrava de outro mineiro notável, o Betinho, que dizia que o Brasil somente será uma democracia no dia em que a informação for um poder público. Até lá, creio que meia dúzia de pessoas continuarão nos oferecendo as tais abobrinhas e ficarão com o filé. O Betinho também nos deixou a luta pela inclusão e pela cidadania, ideais que nortearam a existência deste grande cidadão brasileiro, que jamais agiu em proveito pessoal, ao contrário de tantos políticos e empresários do marketing mentiroso que já deveriam ter sido punidos, no mínimo revertendo a fortuna que ganharam com suas mentiras em favor dos excluídos.

Enquanto esses picaretas ainda utilizam discursos mofados pregando a reforma agrária, o visionário Betinho falava e praticava a democratização. Sobre a terra ele dizia: ‘Até agora a cerca venceu; o que nasceu para todas as pessoas, em mãos de poucas está.’ De fato, a democracia esbarrou na cerca e se feriu nos arames farpados e enferrujados.

Gisele Pecchio Dias, jornalista, Osasco, SP

Sobram abobrinhas na mesa dos brasileiros – João Evangelista Rodrigues

A VOZ DA ELITE
Seis por meia dúzia

Essa foi até agora a melhor e a mais completa crítica ao ‘incriticável’ Mainardi. Realmente o autor conseguiu iluminar muitos pontos que todo domingo sou obrigado a ler na Veja (o GNT perdeu a graça). Ora, o que alguém que morava em Veneza sabe das dificuldades sociais, de preconceito e todas essas parafernálias socioculturais que modelam o Brasil?

Contudo, quando o texto cita Jabor parece haver uma discrepância. Quando trocaram Jabor por Mainardi foi como se trocassem 6 por meia dúzia, ao meu ver; só mudaram a embalagem (descartável). Ambos seguem uma mesma corrente consagrada por Francis: a da polêmica alheia com toques de ironia. Nada mais antagônico. Vejo neles (Jabor e Mainardi) uma mesma falácia a troco de recompensa: a permanência na mídia.

Nas entrelinhas entende-se que querem combater a desigualdade social, mas num outro artigo reclamam, ironizam e atacam àqueles que nela se encontram. Jabor acho que é até pior, pois ele mistura muita coisa numa mesma coluna/discurso/texto (de escândalo Waldomiro Diniz até Osama bin Laden) e por fim coloca a culpa numa minoria religiosa. Ou seja, são palavras soltas, não se tem conclusão nenhuma. Certa vez no JN ele disse, sobre a batalha que a Monsanto estava enfrentando por causa dos transgênicos: ‘Num país como o Brasil, com milhões de esfomeados, não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar esse avanço tecnológico.’

Do jeito que ele fala parece que a Monsanto está pesquisando sobre os transgênicos por caridade. É muita asneira junta… Enfim, realmente incomoda ver esses ‘intelectuais’ consagrados.

Kollen Naka