Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Jornal lança plataforma online de vídeos gravados por repórteres

Jornalistas do The Wall Street Journal terão agora mais uma tarefa no dia a dia – e seus leitores, mais uma forma para ter acesso à informação. Eles atualizarão conteúdo em vídeo para o serviço WorldStream. O que antes era uma ferramenta interna, passou a ser público. Assim, vídeos feitos por repórteres com seus smartphones em campo serão reunidos em uma única página.

O jornal está expandindo suas ofertas em vídeo e fazendo experiências nos últimos meses. A ideia do WorldStream é ser um Twitter dos repórteres do WSJ, com a diferença de ser um vídeo de 30 segundos no lugar dos 140 caracteres. O resultado é um fluxo de narrativas diversas, com vozes e estilos múltiplos – desde uma entrevista com o candidato Mitt Romney a informações sobre o furacão Isaac.

Alan Murray, subchefe de redação e editor-executivo do site do jornal, estava há algum tempo procurando uma forma de tornar o WorldStream viável. Para isso, o WSJ trabalhou com o Tout, que criou um aplicativo especialmente para o jornal, para que repórteres possam fazer o upload de vídeos diretamente – e de maneira simples – de seus smartphones. Usuários do Tout podem normalmente fazer o upload de vídeos com 15 segundos de duração, mas os jornalistas do WSJ podem colocar no ar vídeos com até 45 segundos.

Busca refinada

Antes de ir ao ar, um editor tem que aprovar o vídeo. Em raras ocasiões, o jornal opta por não divulgar o vídeo, para que os concorrentes fiquem sabendo do tema antes de a matéria ir ao ar ou quando é preciso maior contextualização. “É uma ferramenta interna que se tornou pública. As funções de trabalho ainda funcionam, mesmo se não colocarmos os vídeos no ar”, explica Murray.

O WSJ treinou mais de 400 jornalistas para gravar vídeos, mas o processo é realmente bem simples: quando há algo interessante, basta gravar e depois fazer o upload do arquivo. “Não há nada com o que se preocupar depois. Demos a eles apenas mais um veículo”, conta Murray. Dependendo do modo como o vídeo é gravado, é possível colocá-los como parte de matérias ou em reportagens especiais. Usuários do serviço podem optar por fazer uma busca por tema – por exemplo, basta colocar “convenção em Tampa” e aparecerá uma lista com todos os vídeos feitos lá. Se não for colocado filtro por tema, é possível ter uma ideia da operação diária do WSJ. Informações de Adrienne LaFrance [Nieman Journalism Lab, 28/8/12].