Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

Escolas se unem em busca de qualidade

Os reitores das cinco mais importantes escolas de jornalismo dos EUA se uniram com o plano de tentar elevar o nível do ensino jornalístico no país e encontrar meios de preparar melhor os jornalistas. Os envolvidos na rara parceria, informa Katharine Q. Seelye [The New York Times, 26/5/05], são Nicholas Lemann, da Universidade de Colúmbia; Orville Schell, de Berkeley; Loren Ghiglione, da Escola de Jornalismo Medill, na Universidade Northwestern; Geoffrey Cowan, da Escola de Comunicação Annenberg, na Universidade Southern California; e Alex S. Jones, do Centro Shorenstein de Imprensa, Política e Política Pública de Harvard.

O objetivo é revitalizar o ensino do jornalismo a partir da feitura de reportagens em conjunto, da maior integração dos programas de jornalismo com outras disciplinas e da construção de uma rede nacional para o debate de questões relacionadas à imprensa.

O projeto terá investimento de US$ 6 milhões. O dinheiro será usado com três propósitos principais: no desenvolvimento de projetos de reportagens investigativas em conjunto, que contariam com a participação dos melhores alunos e seriam concretizados em parceria com grandes organizações de mídia; na criação de uma força tarefa especializada em pesquisas e responsável por coordenar as visões e vozes das diferentes universidades sobre temas ligados à mídia; e no estímulo à parceria de jornalistas com cientistas, historiadores, economistas e outros estudantes nos campi.

Período de experiência

Para testar o projeto, será montada uma ‘incubadora’ nos próximos meses na emissora de TV ABC News. Dez estudantes, dois de cada universidade envolvida, ajudarão a produzir um programa sobre os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Nos próximos anos, espera-se, este programa, chamado de News 21 – por mostrar a perspectiva de pessoas com menos de 21 anos no século XXI –, será feito dos campi, coordenado por um administrador nacional e abrangerá, além de TV, rádio, jornal e internet.

Enquanto os jornalistas debatem o valor e a função das escolas de jornalismo, Orville Schell, de Berkeley – que nunca freqüentou escola de jornalismo – defende que hoje estas instituições são mais vitais do que foram no passado. ‘Os ciclos de notícias se tornaram mais rápidos e direcionados, e, com isso, há menos tempo e capacidade para que os veículos de mídia treinem, ensinem e guiem as próximas gerações’, afirma.