Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Ex-presidente investigado por assassinato de jornalista

A Ucrânia abriu uma investigação criminal contra o ex-presidente Leonid Kuchma, de 72 anos, suspeito de envolvimento no assassinato do jornalista de oposição Georgiy Gongadze, em 2000. Segundo o promotor Renat Kuzmin, enquanto a investigação não for concluída, Kuchma não poderá deixar o país.


Gongadze, que editava o jornal online Ukrainska Pravda, crítico severo da administração do presidente, desapareceu em setembro de 2000, na capital da Ucrânia, Kiev. Seu corpo foi encontrado decapitado seis semanas depois, em uma floresta afastada da cidade.


Fitas


O escândalo aprofundou-se quando um político da oposição tornou públicas fitas de áudio nas quais uma voz, que se parece com a do ex-presidente, ordenava a pessoas para darem ‘um jeito’ em Gongadze. Kuchma foi presidente de 1994 a 2005, por dois mandatos, e sempre negou qualquer envolvimento com a morte do jornalista. ‘Kuchma é suspeito de abuso de poder e de dar instruções ilegais a lideranças do Ministério do Interior, que consequentemente levaram ao assassinato do jornalista. As fitas são evidências neste caso’, observou o promotor.


Em setembro passado, a promotoria apontou Yuri Kravchenko, que era ministro do Interior na época, como o mandante do crime. Dois funcionários do Ministério estão presos por conta do assassinato e o ex-policial Oleksiy Pukach aguarda julgamento. Informações do Guardian [22/3/11].