Wednesday, 01 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Famílias lutam por libertação de jornalistas seqüestrados

Um ano após o seqüestro da jornalista canadense Amanda Lindhout e do fotógrafo australiano Nigel Brennan, na Somália, as famílias dos dois quebraram o silêncio para informar que continuam a trabalhar incansavelmente por sua libertação, noticia o Knight Center for Journalism in the Americas [25/8/09]. ‘Com pouco apoio externo, as famílias continuam a fazer o possível e o impossível para obter a libertação dos amados Amanda e Nigel’, afirmaram os parentes em declaração.


Não ficou claro se os familiares quiseram fazer uma crítica aos governos do Canadá e Austrália ao citar o ‘pouco apoio externo’. Os pais de Amanda ficaram em silêncio até agora, para não interferir nas negociações. O governo canadense não quis se pronunciar sobre seu papel no caso. ‘A percepção da ‘não ação’ sobre o seqüestro – se errada ou não – está crescendo, especialmente no ciberespaço, onde a frase ‘Liberte Amanda Lindhout’ resulta em mais de 10 mil resultados’, escreveu Ben Rayner, jornalista do jornal canadense Toronto Star. A Associação Canadense de Jornalistas pediu ao primeiro-ministro Stephen Harper para ser mais ativo em trazer Amanda de volta.


Em maio deste ano, os dois profissionais de imprensa conseguiram se comunicar com um correspondente da Agence France-Presse por telefone. Na ocasião, afirmaram que estavam com problemas de saúde e que esperavam mais ajuda de seus governos para a libertação. No ano passado, a emissora de TV al-Jazira, com sede no Catar, exibiu um vídeo mostrando Amanda, com a cabeça e o corpo cobertos por uma roupa vinho, e seu colega cercados por homens armados. Seqüestros são comuns na Somália, considerado um dos países mais perigosos para a prática jornalística.