Estreou na semana passada, em Washington, a resposta conservadora a Fahrenheit 11 de Setembro, filme anti-Bush de Michael Moore. Celsius 41.11, que tem como subtítulo The Temperature at Which the Brain Begins to Die (A temperatura em que o cérebro começa a morrer), pretende não apenas revelar o que seus produtores chamam de ‘a propaganda’ do documentário de Moore, mas também passar a limpo os 20 anos de John Kerry como senador.
Financiado pelo grupo conservador de Washington Citizens United, Celsius 41.11 deverá estrear em salas de cinema em todo o território americano em duas semanas – a tempo de levantar novas questões antes das eleições. O filme foi escrito e produzido por Lionel Chetwynd, conhecido como um dos poucos republicanos ativos de Hollywood, e dirigido por Kevin Knoblock. Feito em apenas seis semanas, está sendo divulgado como ‘a verdade por trás das mentiras de Fahrenheit 11 de Setembro‘.
Depois da sessão de pré-estréia na capital do país, duas certezas parecem ter prevalecido entre os primeiros espectadores – cerca de 300 pessoas, em sua grande maioria republicana. Uma é a de que o filme é mais bem elaborado e preciso do que o documentário de Moore. A outra é a de que ele não deverá chegar aos US$ 100 milhões. ‘Nós poderíamos ter espalhado sangue nas paredes, mas este não era nosso objetivo’, disse Chetwynd.
Celsius 41.11 faz uma defesa ponto a ponto do presidente Bush, listada por políticos, jornalistas e intelectuais, sobre temas como a legalidade da recontagem de votos na Flórida nas eleições de 2000 e a luta contra o terrorismo no governo Clinton. Entre os participantes estão os colunistas Charles Krauthammer, Michael Medved e Fred Barnes, e também o ex-senador e ator Fred Thompson. Informações da Editor & Publisher [28/9/04] e de John Tierney [The New York Times, 30/9/04].