Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Funcionário da Reuters assassinado em Bagdá

O técnico de som Waleed Khaled foi morto e o cinegrafista Haider Kadhem ficou ferido durante a cobertura de um tiroteio que resultou na morte de dois policiais iraquianos no bairro de Hay al-Adil, em Bagdá, no domingo (28/8). Khaled e Kadhem, ambos funcionários da Reuters, foram atingidos no momento em que a equipe chegava ao local. O técnico de som foi atingido por um tiro no rosto e quatro no peito, enquanto o cinegrafista sofreu ferimentos nas costas e em seguida foi detido por tropas americanas, apesar dos pedidos da Reuters para que fosse liberado e recebesse cuidados médicos. Segundo a polícia iraquiana, os disparos partiram de forças americanas, mas um porta-voz militar dos EUA afirmou que, de acordo com informações oficiais, as tropas defendiam a polícia iraquiana de um ataque quando os jornalistas foram alvejados. Khaled é o 66º jornalista ou colaborador de mídia morto no Iraque desde o começo da guerra, em março de 2003. Informações dos Repórteres Sem Fronteiras [28/8/05] e de Alaistar Macdonald, da Reuters [29/8/05].



Cinegrafista iraquiano preso por americanos

A Reuters [24 e 25/8/05] segue sem informação sobre um cinegrafista e fotógrafo freelancer iraquiano que trabalhava para a agência há um ano e foi preso pelo exército americano há três semanas. Omar Abrahem al-Mashhadani, que fazia cobertura na cidade de Ramadi, está detido no presídio de Abu Ghraib, em Bagdá, e não poderá receber visitas nos próximos dois meses. Os militares se recusam a explicar o motivo da prisão, mas a família afirma que fuzileiros navais que revistavam o bairro onde mora se irritaram com alguns vídeos e fotos encontrados em sua casa. Instado pela agência a adotar uma política diferenciada para os profissionais de imprensa que atuam no Iraque, que leve em conta a natureza do trabalho jornalístico, o exército respondeu que não mudaria seus procedimentos e que detenções ocorrerão sempre que necessário, ‘independentemente da profissão’, nas palavras do porta-voz das forças de ocupação, Rick Lynch.