Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Google e Yahoo! cedem ao governo chinês

A organização Repórteres Sem Fronteiras [26/7/04] publicou nota lamentando a postura companhias americanas Yahoo! e Google por aceitarem auto-censurar os mecanismos de busca na internet que mantêm para o público chinês a pedido do regime comunista. O Yahoo! tem filtrado sítios ‘subversivos’ dos resultados apontados por seu portal chinês há anos. O Google se negava a fazê-lo – e chegou a ser bloqueado por isso –, mas agora deve mudar de procedimento porque comprou uma fatia significativa de um dos mecanismo mais populares da China, o Baidu, que censura seus resultados. A RSF alerta para a importância que os buscadores têm no contexto da liberdade de expressão, dado que 80% dos internautas chineses os utilizam para chegar a algum conteúdo na Rede, segundo informação do China Internet Network Information Center, um órgão oficial. A organização sugeriu a criação de um código de ética a ser seguido pela empresas em casos como o da China. Outras companhias americanas, como a Cisco Systems, que forneceu equipamentos e mão-de-obra para que o governo do país criasse seu sistema de espionagem anti-subversiva na internet, também deveriam segui-lo.



Maioria dos russos é a favor de censura

Um instituto de pesquisa publicou dados alarmantes sobre a tolerância dos russos à censura. Setenta e um por cento dos entrevistados disse ser a favor de algum tipo de controle da mídia. Entre os jornalistas, esse índice cai para 41% – ainda assim, uma porcentagem alta. Porta-voz do instituto explica que o tipo de censura apoiado pela população é a ‘moral-ética’. ‘Muitos dos que dizem ser favoráveis à censura não querem ver homossexuais na televisão, pelo menos não antes da meia-noite’, explica. Na média, os 225 jornalistas ouvidos foram mais pessimistas que a amostra do restante da população em suas respostas sobre a liberdade de expressão na Rússia atual. Enquanto 42% das pessoas em geral acreditam que a imprensa russa é pouco livre, essa opinião é compartilhada por 78% dos profissionais de imprensa. O estudo completo pode ser acessado no sítio , informa o jornal Moscow Times [29/7/04].