Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

História de agressão no Egito é contestada

A jornalista sul-africana Lara Logan, correspondente da rede de TV americana CBS, continua a se recuperar do trauma físico e psicológico depois de ter sido espancada e violentada no Egito. Ela cobria a reação dos manifestantes na praça Tahrir – principal local dos protestos antigoverno – após a queda do presidente Hosni Mubarak.

Na semana passada, Lara teria sido agredida novamente – desta vez pela imprensa marrom, afirma Dan Abrams [MediaIte, 25/2/11]. Um jornalista maxicano chamado Témoris Grecko sugeriu em um artigo reproduzido na internet que a CBS pode ter exagerado no relato do ataque à correspondente. Grecko alega que estava na praça e diz ter visto Lara sendo levada por diversos homens. Segundo ele, ela não parecia estar em pânico, mas sim tentando controlar a situação. O grupo a arrastava e gritava, dizendo que ela era uma agente e, mais especificamente, judia e israelense – supostamente por conta de relatos de que o governo estava considerando jornalistas estrangeiros espiões de Israel.

Exagero

Enquanto a CBS observou que Lara foi resgatada por um grupo de mulheres e aproximadamente 20 soldados egípcios, Grecko cita um turista, Benjamim Starr, que lhe relatou que a jornalista foi levada por homens para os soldados e suas roupas não estavam rasgadas. Grecko questiona se o ataque foi sexual ou não – é fato que ela chegou com diversos ferimentos ao hospital. ‘Quando li a matéria da CBS, fiquei confuso’, afirmou ele, alegando se tratar de um grande exagero. ‘O ataque levanta uma série de questões que precisam ser respondidas pela CBS ou por Lara’, disparou.

Grecko é, segundo seu site, colunista das revistas Esquire e National Geographic Traveler (edições da América Latina) e também colaborador dos jornais La Nación (Buenos Aires), El Periódico de Catalunya (Barcelona) e El Universal (Ciudad de México), das revistas mexicanas Proceso, Quo e Día Siete e da peruana Etiqueta Negra, entre outras.