Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Imprensa elogia primeira fase das eleições

A mídia indiana elogiou a primeira fase das eleições gerais do país, ocorrida na semana passada, mesmo com o tumulto causado por rebeldes maoístas, noticia a BBC News [17/4/09]. O comitê eleitoral também se disse ‘totalmente satisfeito’ com a votação, ‘considerando os desafios e complexidades’ apresentados.

Sob a manchete ‘Votos mais fortes que balas’, o Times of India afirmou que o alto índice de comparecimento de eleitores foi uma ‘celebração e afirmação’ dos ideais democráticos do país. O diário também elogiou as campanhas de conscientização realizadas nas últimas semanas, que encorajaram eleitores da classe média urbana a votar. ‘Nem o sol escaldante ou a troca de tiros de extremistas mantiveram o eleitor longe das urnas’, escreveu o jornal, que observou que se tratou de uma derrota para os maoístas e para grupos extremistas que vêem ‘a democracria eleitoral como uma negação de suas crenças políticas’.

Obstáculo vencido

Segundo o comitê, a primeira das cinco fases das eleições é a mais difícil. As próximas fases devem acontecer nos dias 23 e 30/4, 7 e 13/5. Os resultados devem sair no dia 16/5 – o novo Parlamento deve ser empossado até o dia 2 de junho. O comissário eleitoral SY Qureshi afirmou que a primeira fase foi realizada deliberadamente nas áreas afetadas por manifestações maoístas – estados de Bihar, Chhattisgarh, Jharkhand e Orissa – para que as forças de segurança concentrassem seus recursos humanos. Segundo a comissão, a média de comparecimento em todas as áreas foi de 58% a 62%. No país, há 714 milhões de eleitores. Os candidatos que estão na liderança são o atual premiê indiano Manmohan Singh (do Partido do Congresso), LK Advani (do BJP) e a intocável Mayawati.

Houve dezenas de incidentes nos quais insurgentes atacaram locais de votação, seqüestraram mesários e trocaram tiros com forças de segurança. Pelo menos 17 pessoas morreram. A região onde houve mais violência foi Jharkhand – onde sete seguranças e dois civis foram mortos em uma explosão, supostamente detonada por rebeldes.