Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Jornais revelam lado humano da tragédia

No sábado (29/10), uma série de explosões sincronizadas atingiu a capital da Índia, Nova Déli, deixando pelo menos 60 mortos e centenas de feridos. Os ataques ocorreram quando milhares de pessoas faziam compras para os principais feriados hindu e muçulmano. Duas das explosões tiveram como alvo mercados lotados.


Nos dias que se seguiram, a tragédia dominou os espaços de maior destaque de todos os jornais nacionais. Muitos deles refletiram o senso de pânico e confusão imediatos com relação ao ocorrido. Em seu artigo principal, o Times of India falou sobre o número de vítimas surpreendidas pelas explosões enquanto se preparavam para os feriados, no que descreveu como o pior ataque à capital. O Indian Express ressaltou que o fim de semana festivo ‘deu completamente errado’. O Hindu afirma que muitos dos mortos eram vendedores ilegais, e conta a história de um vendedor que perdeu 15 de seus parentes.


Pânico e ambulâncias


Muitos dos diários descreveram o pânico nas ruas e cenas em hospitais onde pessoas ansiosas buscavam incessantemente conseguir informação sobre parentes desaparecidos. Os casos eram muitos. Para um homem que procurava seu sobrinho em um hospital, o pior momento foi enfrentar uma barreira de policiais nos portões, que se recusavam a dar informações sobre quem havia sido internado ali. Para um menino de 14 anos, a agonia foi ficar parado diante da ala de emergência de um hospital-escola pedindo que o ajudassem a encontrar seus familiares, sem sucesso.


Os jornais descreveram também como as ruas esvaziaram rapidamente e passaram a ser dominadas pelo barulho de sirenes de ambulâncias. Muitos artigos criticaram o desempenho das agências de segurança e questionaram se mais poderia ter sido feito para evitar a tragédia. Depois do susto inicial, alguns diários ressaltaram que agora Nova Déli faz parte da lista de grandes capitais atingidas por ataques terroristas e destacaram a importância de que os habitantes da cidade retomem o ritmo normal de suas vidas. Informações da BBC News [30/10//05].