A edição de 31/1/05 do Kommersant, jornal de Boris Berezovsky, inimigo exilado do presidente russo Vladimir Putin, saiu quase toda em branco. Foram publicadas apenas uma mensagem aos leitores e a retratação de uma reportagem do ano passado, que afirmava que um banco estaria com problemas financeiros. Segundo o Washington Post [2/2/05], diversos jornais do país noticiaram sobre o rumor de que o Alfa Bank poderia ‘quebrar’, mas apenas o diário de Berezovsky foi obrigado a pagar indenização milionária, além de veicular a errata, que, como forma de protesto, foi impressa de cabeça para baixo. ‘Esta edição é inteiramente dedicada ao Alfa Bank e a Mikhail Maratovich Fridman (principal acionista da instituição financeira), para que fiquem contentes’, dizia o jornal. O banco argumenta que teve saques de US$ 210 milhões por causa dos rumores sobre sua saúde financeira e, caso a indenização seja mantida após recurso do jornal, prometeu doar o dinheiro a instituições de defesa da liberdade de imprensa e de apoio a famílias de jornalistas mortos em serviço.
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Publicitários pedem desculpas à Volkswagen
A Volkswagen não vai mais processar Lee Ford e Dan Brooks, dupla de publicitários que espalhou na internet propaganda falsa que ligava a marca de carro Polo ao terrorismo. A VW entrou em acordo com os autores da ‘pegadinha’. Ford e Brooks concordaram em pedir desculpas oficialmente pela produção do comercial, que, segundo eles, não havia sido feito com o objetivo de ser divulgado. Com o acordo, a fabricante de automóveis atingiu seu objetivo de desvincular sua marca da propaganda. Segundo Stephen Brook [The Guardian, 31/1/05], a VW exigiu que a dupla de publicitários concordasse em não usar a marca registrada novamente e entregasse as cópias originais do anúncio, que foi dirigido pelo cineasta londrino Stuart Fryer.