Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Jornalista chinês é agredido por policial até morrer

O jornalista chinês Xiao Guopeng, do diário Anshun, foi agredido até morrer pelo policial Pan Dengfeng, na província de Guizhou no dia 18/7. O policial foi preso e está sendo investigado criminalmente. Guopeng foi o segundo jornalista a morrer este ano na China depois de levar uma surra da polícia. Wu Xiangu, vice-editor do Taizhou Evening News, da província de Zhejiang, morreu em fevereiro depois de ser agredido por um policial por causa de um artigo crítico à polícia. A ONG Repórteres Sem Fronteiras expressou sua preocupação com o caso. ‘Não estaremos satisfeitos com uma sanção administrativa. É preciso identificar e punir os responsáveis. Solicitamos às autoridades que cumpram a promessa de proteger os jornalistas e seus colaboradores’, declarou a RSF.


Dengfeng esperou Guopeng sair do jornal para espancá-lo sucessivas vezes, apesar dos protestos da multidão que se aglomerou no local. O jornalista, levado a um hospital, morreu devido a hemorragia cerebral. O Centro de Informação para Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong associou o ataque a um artigo publicado recentemente por Guopeng que expressava uma forte crítica da polícia local.


Na Rússia


A RSF também informou estar chocada com o assassinato de Yevgeny Gerasimenko, do semanário russo Saratovski Rasklad, cujo corpo foi encontrado em seu apartamento pela sua mãe na semana passada com sinais de tortura. Sua morte estaria provavelmente relacionada a seu trabalho, pois seu computador também foi levado da residência. Gerasimenko era repórter das seções de música e esportes do jornal, mas também fazia reportagens investigativas. Colegas afirmaram que ele estava investigando a corrupção local e atividades de empresas da região. Suas matérias seriam publicadas na edição de agosto. ‘Isto aconteceu apenas alguns dias depois do encerramento da Cúpula do G-8 na Rússia. Nenhum dos líderes que freqüentou o evento sequer mencionou o estado da liberdade de expressão no país. No mínimo 13 jornalistas foram mortos no país por causa de seu trabalho desde 2000 e nenhum dos casos foi solucionado pelas autoridades’, observou a RSF.