Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Jornalista da CBS violentada por manifestantes egípcios

A jornalista sul-africana Lara Logan, correspondente chefe da rede americana CBS News, foi brutalmente agredida e violentada quando cobria na Praça Tahrir, no Cairo, a celebração pela saída do presidente Hosni Mubarak, na sexta-feira [11/2]. A jornalista, acompanhada de sua equipe, gravava uma reportagem para o programa 60 Minutes. Segundo a CBS, Lara acabou em meio a um grupo de centenas de manifestantes e foi separada do resto da equipe. Atacada por diversos homens, ela foi salva por um grupo de mulheres e soldados egípcios.


A correspondente já havia deixado o Egito – onde havia sido detida e interrogada uma semana antes – , mas voltou para entrevistar o executivo do Google Wael Ghonim, que se tornou um dos principais rostos da revolução. Logo após o ataque, Lara voltou para os EUA e, segundo artigo de Howard Kurtz no Daily Beast, deixaria nesta quarta-feira [16/2] o hospital.


Outros jornalistas também sofreram agressões enquanto tentavam cobrir os protestos no Egito pela queda do governo de Mubarak, há 30 anos no poder. As manifestações duraram 18 dias. O âncora Anderson Cooper, da CNN, deixou o país depois de ser atacado por duas vezes pela multidão. Katie Couric também decidiu sair do Egito por conta da falta de segurança. A veterana correspondente Christiane Amanpour, da ABC, contou que, ao tentar filmar de uma ponte, seu carro foi cercado e sua equipe, ameaçada.