Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Jornalista decapitado em Bangladesh

O editor do Durjoy Bangla, jornal local de Sherpur, noroeste de Bangladesh, foi decapitado quando voltava para casa após o trabalho, informa a Organização Repórteres Sem Fronteiras [4/10/04]. Dipankar Chakrabarty, de 59 anos, foi atacado por cinco homens armados com machados. Vizinhos ouviram gritos e o ruído de motocicletas fugindo. Quando saíram à rua, encontraram o corpo de Chakrabarty separado da cabeça. Ele já havia alertado aos RSF que se sentia ameaçado por ter publicado denúncias sobre um grupo criminoso que tem ligação com políticos de sua cidade. Os colegas de Chakrabarty, que era vice-presidente de um sindicato de jornalistas local, deram um ultimato para que a polícia encontre os responsáveis. Jornais regionais decidiram publicar primeiras páginas em branco por três dias em sinal de protesto. Bangladesh já teve quatro profissionais de imprensa assassinados por causa de sua profissão em 2004, ficando atrás apenas de Iraque e Filipinas neste tipo de crime.



Governo do Zimbábue censura oposição

O governo do Zimbábue segue sua escalada de censura e restrição da liberdade de informação, informa a organização Repórteres Sem Fronteiras [6/10/04]. Após anos de perseguição à imprensa independente, o ministro da informação do país, Jonathan Moyo, finalmente anunciou que o partido de oposição Movimento para a Mudança Democrática (MDC, sigla em inglês) não terá mais espaço algum nos veículos de comunicação oficiais. ‘Até que tenhamos uma oposição leal, não será possível que ela tenha acesso à mídia pública’, disse. O ministro é o autor da lei de imprensa draconiana vigente no país desde 2002. Em maio, ele chamou os correspondentes de fora do país que trabalham no Zimbábue de ‘terroristas’. Recentemente, voltou a se referir aos profissionais de imprensa estrangeiros, desta vez de forma ameaçadora, acusando-os de estarem ‘prontos para serem usados por forças coloniais para destruir o país noticiando mentiras’.