Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Jornalista demitido por gravar conversa

Mais de 170 jornalistas americanos assinaram uma petição ao diário Miami Herald pedindo a recontratação do repórter Jim DeFede, demitido porque gravou um telefonema com o vereador local Arthur Teele, poucas horas antes de ele se suicidar. Gravações não-autorizadas de chamadas telefônicas são proibidas pela lei da Flórida e condenadas pelo código de ética do diário. A justiça poupou DeFede porque considerou que a lei não se aplica a conversas profissionais. Teele se matou após falar várias vezes com o jornalista. Poucas horas antes, o Miami New Times publicara em seu sítio uma reportagem baseada em relatórios policiais descrevendo o contato do vereador com narcotraficantes e seus supostos relacionamentos homossexuais. DeFede considera sua demissão injusta porque avisou seu editor sobre a gravação e assumiu que havia errado, noticia a agência AP [29/7/05].



Processo desaparece na Argélia

A Federação Internacional de Jornalistas [3/8/05] condenou o ‘silêncio comprometedor’ das autoridades judiciais da Argélia depois de serem acusadas do desaparecimento do processo do jornalista argelino Mohamed Benchicou, diretor do Le Matin. Em 30/7, os advogados de Benchicou declararam que autoridades judiciais argelinas tinham perdido o processo do jornalista – acusação que o Supremo Tribunal não contrariou até o momento. O diretor do Le Matin, preso há 415 dias na penitenciária de El Harrach, aguarda desde agosto do ano passado por decisões da Suprema Corte. Benchicou é acusado de ter violado as leis cambiais do país. O desaparecimento do processo, inédito na história do sistema judicial da Argélia, acabou com qualquer chance de reabertura do julgamento.