Boa parte dos italianos ficou sem jornal na última sexta-feira (17/6), graças a uma greve convocada pela Federazione Nazionale della Stampa Italiana para pressionar os empresários de comunicação a fazerem acordos trabalhistas coletivos com seus funcionários. ‘Os jornalistas se vêem obrigados a causar a falta de informação numa fase importante da vida econômica, social e política do país, para reivindicar o direito de os cidadãos serem informados da maneira correta e completa’, afirmou o sindicato em comunicado, justificando a exigência de melhores condições de trabalho. Profissionais de internet e televisão também aderiram à greve, segundo a Federação Internacional de Jornalistas [16/6/05], que deu total apoio à mobilização.
Greve na Finlândia prejudica Reino Unido
Uma greve na Finlândia pode atrapalhar o mercado editorial britânico, informa Emma Barns Campaign [Brand Republic, 16/6/05]. A greve nas fábricas de papel finlandesas já dura cinco semanas e não deve ser resolvida em breve. O país é a principal fonte de papel da indústria de revistas do Reino Unido, e as editoras começam a orquestrar planos de emergência, incluindo a redução da quantidade de impressão e o uso de estoque de papéis de qualidade inferior. A greve finlandesa pode ter impacto na receita publicitária das revistas, pois as agências ameaçam renegociar os contratos de anúncios se a qualidade do papel for reduzida. O setor de jornais não deve ser afetado, pois o papel da Finlândia abastece apenas de 5% a 10% desta indústria no Reino Unido.