Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Medição de audiência inclui minorias

A Nielsen Media Research, companhia que faz medição de audiência de TV nos EUA, apresentou um comitê de 12 líderes comunitários, políticos e empresariais, principalmente negros e hispânicos, que fiscalizarão seu novo sistema de aferição. Em comunicado, a empresa explicou que a função do grupo, selecionado com consultoria do deputado democrata Charles Rangel, um dos fundadores da bancada negra no Congresso, é garantir que as minorias sejam devidamente representadas nas amostragens de telespectadores. O novo sistema da Nielsen medirá, além da audiência nacional, a dos mercados locais. Para isto usará meios eletrônicos, em vez do tradicional diário de papel em que os pesquisados assinalavam seus hábitos televisivos. Além de uma frente de organizações de defesa dos direitos civis e da rede hispânica Univisión – que têm claros motivos para se preocuparem com uma representação subestimada das minorias nas estatísticas – , quem está incendiando os protestos contra a mudança de método é a News Corp., de Rupert Murdoch. A Nielsen aponta que isso se deve ao fato de que os canais da News Corp., como a Fox, devem perder pontos em cidades grandes como Los Angeles e Nova York, quando a medição for local. Com informações da Reuters [8/6/04].



Novela de rádio é sucesso no Haiti

Um novela de rádio está trazendo diversão e distração ao Haiti, que tenta se recuperar de uma revolta que deixou 2.700 pessoas mortas e desaparecidas. No seriado V.I. P., os personagens raramente se preocupam com dinheiro – ao contrário dos haitianos verdadeiros, dos quais muitos têm sobrevivido com menos de US$ 1 ao dia. As tramas geralmente giram em torno de sexo, gravidez indesejada e traições conjugais. As histórias agradam à classe média, mas também à maioria pobre da população, apesar de serem quase todas faladas em francês, e não em créole, idioma mais popular no país caribenho. A Radio Metropole conseguiu manter o programa no ar mesmo durante os conflitos que derrubaram o presidente Jean-Bertrand Aristide, do qual era acusada de ser opositora. O sucesso é tanto que está sendo produzido um filme de V.I.P. e as colônias haitianas em cidades como Nova York e Montreal têm pedido que estações locais retransmitam a atração. As informações são da AP [7/6/04].