Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Mídias sociais para seduzir telespectadores

Quando o ganhador do primeiro prêmio for anunciado na cerimônia do Oscar, no domingo que vem, milhões de pessoas estarão conversando online sobre os premiados. E a rede de TV ABC estará pronta. Para tentar explorar o uso simultâneo de televisores e aparelhos online pelo público, a rede criou um site especial do Oscar com imagens de vídeo dos bastidores; os ganhadores serão mostrados recebendo o prêmio no televisor e celebrando nos bastidores em vídeos via web.

Experiências como essa subitamente ganharam prioridade na televisão. À medida que cresce o número de pessoas que conversam online em tempo real sobre seus programas favoritos no Facebook, Twitter e diversos outros sites menores, as redes de TV tentam descobrir como aproveitar a tendência. É como uma versão online da conversa de cafezinho e os executivos de TV estão observando nervosamente, na esperança de que os telespectadores continuem conversando e, com isso, assistindo aos seus programas.

Especialistas como Ian Schafer, executivo da agência digital Deep Focus, dizem que mensagens sobre programas no Twitter e no Facebook podem ser ‘a forma mais eficiente de atrair espectadores’. Schafer a percebe em primeira mão quando um telejornal lhe interessa especialmente ou um jogo vai para a prorrogação. ‘Escrevo no Twitter que um jogo de basquete está muito bom e recebo respostas do tipo `Obrigado por avisar´.’

Comportamento beneficiaria negócios

Esse efeito conversa de cafezinho torna os grandes programas ainda maiores – a cerimônia de premiação do Grammy teve sua maior audiência em uma década. Os executivos de televisão dizem que os chats aprofundam o interesse dos telespectadores por um programa e tornam mais provável que assistam a novos episódios.

O Twitter apresenta uma lista de dez termos que estão em alta entre os mais comentados e à noite os programas de TV costumam estar bem representados no ranking.

As TVs, bem como algumas empresas de tecnologia, consideram que esse tipo de comportamento beneficie seus negócios.

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Do New York Times