Tuesday, 19 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1279

Murdoch vai mudar nome do Wall Street Journal

 

Na semana passada, Rupert Murdoch afirmou, em entrevista à CNBC, que irá mudar o nome do Wall Street Journal para somente WSJ. O projeto faz parte da nova estratégia editorial do empresário, que pretende promover de maneira mais forte a marca. Mas a ideia não é original: foi debatida pela primeira vez, ao que se sabe, no fim da Segunda Guerra Mundial.

Em 1946, uma empresa de pesquisas concluiu que o nome “Wall Street Journal” era prejudicial ao crescimento do jornal. Tanto “Wall Street”, por sua conotação financeira e geográfica, quanto “Journal”, termo ligado a revistas, foram considerados problemáticos, conta Richard F. Tofel no livro Restless Genius: Barney Kilgore, The Wall Street Journal, and the Invention of Modern Journalism.

Curiosamente, a discussão ocorria enquanto o Journal começava a trilhar seu caminho como um dos principais jornais dos EUA, comandado pelo chefe de redação Barney Kilgore. Entre os nomes considerados pelos editores estavam World’s Work, The North American Journal e Business Day. William Grimes, que editava a página editorial, sugeriu The National Journal; e Kenneth Hogate, chefe de Kilgore, queria chamá-lo de Financial America.

O nome acabou não mudando, e o jornal virou-se muito bem com ele – hoje, tem 1,3 milhão de assinantes em sua edição digital. O debate surgiu novamente no mês passado quando a News Corporation – que em 2007 comprou a Dow Jones, empresa que publica o Journal – anunciou que se dividiria em duas companhias: uma será responsável pelos setores de TV e entretenimento; a outra cuidará dos jornais e publicação de livros. Murdoch então afirmou que mudaria o nome do jornal para WSJ. A empresa não comentou a declaração do chefe. Com informações de Christine Haughney [Media Decoder, New York Times, 5/7/12].