Em uma carta aos leitores, o presidente e editor-chefe da Newsweek, Richard Smith, anunciou que a revista adotará uma nova política para o uso de fontes anônimas. Smith pediu desculpas pela polêmica matéria sobre a profanação do Alcorão em Guantánamo, que levou a protestos violentos em países muçulmanos e resultou na morte de pelo menos 17 pessoas no Afeganistão. Segundo informa Desmond Butler [AP, 23/5/05], a partir de agora a Newsweek terá apenas dois editores responsáveis pela aprovação do uso de fontes anônimas. A revista irá parar de usar a expressão ‘fontes dizem’ para atribuir informações em matérias. ‘Nós erramos em uma matéria importante, e temos que admitir nosso erro e redobrar nosso esforço para garantir que ele não aconteça novamente’, afirmou Smith.
Poucas mulheres nas matérias, revela estudo
Estudo do Project for Excellence in Journalism, da Universidade de Colúmbia, revela que mulheres são pouco usadas como fontes em matérias jornalísticas. A pesquisa, que durou nove meses, examinou quatro noticiários televisivos noturnos, três matinais de TV aberta, nove programas de TV fechada, nove sítios de internet e quase sete mil matérias em 16 jornais impressos. Os resultados de todos os veículos de comunicação seguiram a mesma linha: baixo índice de fontes femininas. As menores porcentagens foram encontradas nos noticiários de TV fechada e na rede pública PBS, com 19% e 17% de uso de pelo menos uma fonte feminina, respectivamente. Nos noticiários noturnos, este índice é de 27%, nos programas matinais, de 34%, nos sítios, de 36% e, nos jornais impressos, chega a 41%. O tema jornalístico onde as mulheres menos aparecem, em todos os veículos, é política internacional. O único tema onde as fontes femininas estão presentes em mais da metade das matérias é estilo de vida. As informações são de Graham Webster [Editor & Publisher, 22/5/05].