Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

O que lê Sarah Palin?

Sarah Palin é formada em jornalismo, mas, em entrevista a Katie Couric, da rede americana CBS, não conseguiu citar o nome dos jornais e revistas que lê. A governadora do Alasca e candidata à vice-presidência dos EUA pela chapa republicana desconversou e disse apenas que lê ‘a maioria deles’ e que tem ‘grande apreço pela imprensa’.


Katie não se deu por vencida. ‘Quais [publicações], especificamente?’, questionou. ‘Todas elas, qualquer uma que tenha estado na minha frente em todos esses anos’. ‘Você pode citar algumas?’, continuou a entrevistadora. ‘Eu tenho uma grande variedade de fontes de onde pego as notícias. O Alasca não é um outro país, como às vezes parece que é sugerido, ‘oh, como você consegue ter acesso ao que o resto de Washington pensa e faz quando você mora lá no Alasca?’’, driblou a governadora. Com informações de Sam Stein [Huffington Post, 30/9/08] e de Roy Greenslade [Guardian.co.uk, 1/10/08].


 


Jornal do Alasca entrevista governadora


Falando em jornais, Sarah Palin concedeu, finalmente, sua primeira grande entrevista a um jornal impresso. Em vez de falar a um dos grandes títulos americanos, como New York Times e Washington Post, a governadora preferiu algo mais familiar. A primeira entrevista da candidata republicana à vice-presidência dos EUA foi publicada na terça-feira (30/9) no The Frontiersman, jornal de Wasilla, no Alasca. Detalhe: a entrevista foi feita por e-mail.


Na primeira página, o jornal avisa que as respostas de Sarah não foram editadas e são precedidas pelas perguntas originais enviadas a ela. Ao falar do candidato republicano, John McCain, a governadora diz que o conheceu há sete meses e que ficou impressionada com a ‘integridade, o entusiasmo e o humor do senador’. Questionada sobre seus acertos e erros como prefeita de Wasilla, ela prefere lembrar dos sucessos – diz que, logo que tomou posse, ‘sacudiu as coisas’, com sua ‘estratégia de crescimento’ e diminuição de impostos. De fracassos, Sarah diz apenas ter subestimado a oposição enfrentada quando se está no poder.


‘Temos certeza de que você tinha consciência de que, ao ser incluída na chapa presidencial, sua vida pessoal seria aberta para o escrutínio público’, afirma o jornal. ‘Você estava preparada para o nível da cobertura da mídia e dos tablóides sobre seu passado e sua família?’. A candidata responde que nada a preparou para as matérias inventadas e de ódio, mas que agüentar este tipo de coisa não é tão ruim como perder um filho na guerra ou perder um emprego. ‘Eu gostaria que a privacidade dos meus filhos fosse respeitada, assim como foi feito com filhos de outros candidatos. Mas obviamente, não foi isso que aconteceu até agora’, diz, completando que, em sua opinião, o ‘frenesi da mídia’ se deve a ela não fazer parte de Washington. Informações da Editor & Publisher [30/9/08].