Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

ONG pede libertação de jornalistas independentes

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York, fez um apelo ao governo cubano para que liberte jornalistas independentes – ou, ao menos, melhore as condições das prisões. A organização também alertou para a responsabilidade das autoridades sobre a saúde de um repórter da oposição que está em greve de fome, noticia Paul Haven [AP, 4/3/10].


Hoje, Cuba tem 22 jornalistas em suas prisões, ficando atrás apenas da China e do Irã em número de profissionais de imprensa detidos. ‘Jornalistas cubanos pagaram um preço extremamente alto por exercer seu direito à liberdade de expressão. Estas sentenças são cruéis’, afirmou Carlos Lauría, coordenador da organização no continente americano. O país considera os dissidentes ‘mercenários a serviço dos EUA que recebem dinheiro para tentar desestabilizar o governo cubano’ e também acusa entidades como o CPJ de atuar como agentes dos americanos.


O jornalista independente Guillermo Farinas recusa-se a comer e a beber água há mais de uma semana, em protesto pela morte do dissidente político Orlando Zapata Tamayo, que também fazia greve de fome. Farinas pede, ainda, a libertação de 33 prisioneiros políticos que estão com a saúde debilitada. Ele chegou a perder a consciência e foi hospitalizado, mas liberado em seguida. Os médicos afirmaram que não poderiam fazer nada se ele não quisesse se alimentar.