Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

ONGs alertam para falta de segurança

Alfredo Jimenez Mota, repórter do jornal El Imparcial, em Sonora, norte do México, está desaparecido desde 2/4. Ele costumava escrever matérias sobre crimes e tráfico de drogas. Dolores Guadalupe García Escamilla, repórter policial de uma estação de rádio em Nuevo Laredo, na fronteira do país com os EUA, ficou seriamente ferida ao ser atingida por nove tiros em frente ao prédio onde trabalhava, em 5/4. Raul Gibb Guerrero, dono e diretor-geral do jornal La Opinion, em Veracruz, na costa do Golfo do México, foi assassinado, em 8/4, quando voltava de carro para casa.

Estes três casos levaram as organizações internacionais de proteção à liberdade de imprensa a questionarem a segurança dos jornalistas mexicanos que noticiam tráfico de drogas e o crime organizado no país. No ano passado, quatro profissionais de imprensa foram assassinados, entre eles o notório jornalista de Tijuana Francisco Ortiz Franco, executado em seu carro à luz do dia, enquanto seus dois filhos pequenos assistiam ao crime no banco de trás. Os assassinos de Franco continuam impunes.

Um porta-voz do La Opinion declarou que Guerrero recebia ameaças de morte, mas continuava dedicado a seu trabalho. Segundo testemunhas, quatro homens em dois carros atiraram em direção ao carro do jornalista. Mais de 60 agentes federais e estaduais investigam o caso. Depois do ataque sofrido por Dolores, que continua hospitalizada, dois jornalistas no estado de Tamaulipas passaram a receber proteção policial. Informações de Mary Jordan [The Washington Post, 12/4/05] e Comitê para a Proteção de Jornalistas [11/4/05].