Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Organizações pedem o fim de sequestros de jornalistas

Em carta endereçada à “liderança da oposição armada na Síria”, 13 organizações de mídia dos EUA e Reino Unido pediram pelo fim do sequestro de jornalistas e pela libertação dos que ainda estão em cativeiro. “Ao longo dos últimos 12 meses, testemunhamos o aumento perturbador dos sequestros de jornalistas que trabalham nas províncias de Aleppo, Idlib e al-Raqqa, assim como em toda a Síria. Pelas nossas estimativas, mais de 30 jornalistas estão agora em cativeiro. Como resultado desses sequestros, um número crescente de organizações de mídia não sente mais segurança para que seus repórteres e fotógrafos entrem na Síria, e muitas decidiram limitar a cobertura da guerra para evitar que sua equipe esteja sujeita ao risco cada vez mais comum de sequestro”.

O pedido foi enviado por email ao Exército Livre da Síria e por meio de redes sociais a líderes de outros grupos proeminentes que lutam contra o governo liderado pelo presidente Bashar al-Assad, como o recém-formado Frente Islâmica. Além disso, cópias da carta em papel serão enviadas aos dois principais líderes do Exército Livre da Síria, Louay Mekdad e o general Salim Idriss.

As organizações comprometeram-se a oferecer uma cobertura profunda e justa da guerra, mas se os sequestros continuarem, jornalistas não poderão mais servir como testemunhas dos eventos que acontecem no país. Os representantes das empresas que assinaram a mensagem foram: Phillipe Massonnet, da AFP; Kathleen Carroll, da AP; David Bradley, da Atlantic Media; Jonathan Baker, da BBC; John Micklethwait, da Economist; Francisco Bernasconi, da Getty Images; Alan Rusbridger, do Guardian; Mark Porubcansky, do Los Angeles Times; Dean Baquet, do New York Times; Samia Nakhoul, da Reuters; Ian Marsden, do Daily Telegraph; Gerard Baker, do Wall Street Journal; e Douglas Jehl, do Washington Post.