Wednesday, 24 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Pesquisa defende proibição de anúncios de fast food

A proibição de comerciais de fast food poderia reduzir em 18% o número de crianças obesas nos EUA, afirma um estudo realizado por pesquisadores das universidades Lehigh, Georgia State e City University de Nova York. Especialistas afirmam que se trata do primeiro estudo nacional a fornecer evidências claras da relação de tais anúncios com os altos índices de obesidade infantil. Uma pesquisa feita em 2006 havia indicado uma ligação entre os dois fatores, mas não chegou a conclusões concretas.

O novo estudo ressalta a importância em se regular comercias de TV. Cerca de 1/3 das crianças americanas estão acima do peso ideal, de acordo com estimativa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças. As causas da obesidade infantil são complexas, mas, por anos, pesquisadores têm dado atenção especial aos efeitos dos anúncios televisivos. Lisa Powell, da Universidade de Illinois, apurou que 23% dos comerciais vistos por crianças na TV são de fast food. Outros pesquisadores descobriram que as crianças costumam ver estes comerciais dezenas de milhares de vezes por ano.

O estudo, publicado este mês no Journal of Law & Economics, baseia-se, em parte, em dados coletados desde o fim da década de 90 por pesquisas governamentais – através de entrevistas com milhares de famílias americanas. Os pesquisadores também analisaram informações sobre estações de TV locais nos 75 maiores mercados televisivos do país, incluindo o número de comerciais de redes de fast food e a audiência. Informações de Mike Stobbe [AP, 20/11/08].