Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Presidente se diverte no jantar dos correspondentes

Estrela do jantar anual da Associação dos Correspondentes da Casa Branca, o presidente americano Barack Obama não deixou por menos: divertiu-se com piadas sobre seus críticos e o partido Republicano e não poupou nem seu próprio governo. Ao lembrar que a administração democrata acabou de completar 100 dias, afirmou que atuará tão bem em seus próximos 100 dias que os completará em 72 dias. ‘E no 73ª, descansarei’, brincou.

Obama também fez piada com seu chefe de Gabinete, Rahm Emanuel, e com a fama do vice-presidente, Joe Biden, de falar demais – e acabar cometendo gafes por conta disso. O presidente ressaltou ainda que seu governo ajudou a trazer para o partido Democrata ‘caras novas, como Arlen Specter’. O senador da Pensilvânia, ex-Republicano, mudou de partido no mês passado – e tem 79 anos. Sobre a ausência do ex-vice-presidente Dick Cheney no jantar, brincou que ele estava ocupado escrevendo suas memórias, que deverão se chamar ‘Como atirar em amigos e interrogar pessoas’ – em referência ao livro ‘Como ganhar amigos e influenciar pessoas’. A secretária de Estado, Hillary Clinton, também não ficou de fora. Obama lembrou que eles já foram rivais políticos, mas que hoje estão bastante próximos. ‘Aliás, no momento em que ela chegou do México, me abraçou e disse que eu também deveria ir para lá’.

O presidente falou sério sobre a crise enfrentada pela indústria de mídia e elogiou os jornalistas por fiscalizar o governo. ‘Um governo sem jornais, um governo sem uma mídia vibrante e dura, não é uma opção para os EUA’, afirmou.

Além dos repórteres e editores presentes, o convite – vendido a US$ 200 – atraiu celebridades, como os atores Ashton Kutcher, Christian Slater e Natalie Portman, os cantores Jon Bon Jovi e Sting e o cineasta Steven Spielberg. O dinheiro arrecadado com o jantar de gala, incluindo doações de grandes organizações de mídia, chegou a US$ 98 mil e será destinado a obras de caridade e ao financiamento de programas de jornalismo. Informações de Christine Simmons [Associated Press, 10/5/09].