Um estudo da empresa de consultoria ComScore, publicado em maio, mostrou que latino americanos parecem estar cada vez mais viciados em redes sociais, com internautas gastando 10 horas por mês em serviços como Facebook, LinkedIn e Twitter – duas vezes mais do que a média no restante do mundo. O estudo revelou ainda que cinco países da região estão entre os 10 países mais “engajados” (o que quer dizer horas gastas por mês) nas redes sociais.
Portanto não é surpreendente que os presidentes latino americanos tuítem com frequência significativa. De acordo com o site Twiplomacy, dos 25 líderes mais seguidos do mundo, sete são da América Latina. Uma das mais ativas é a argentina Cristina Kirchner, que não se contenta com o limite de 140 caracteres e envia mensagens seguidas para passar sua ideia. Certa vez, tuitou 34 vezes em 32 minutos. Ela tem mais de dois milhões de seguidores, porém segue apenas 54 – dentre eles, nenhum líder não latino americano. Já o mexicano Enrique Peña é mais cosmopolita e dentro os 160 que segue estão o presidente americano Barack Obama, o premiê britânico David Cameron e o líder espanhol Mariano Rajoy. Seus assessores insistem que é ele mesmo quem escreve os tuítes – o que parece ser o caso do colombiano Juan Manual Santos (que segue seis mil usuários) e o chileno Sebastián Piñera (21700 usuários).
O que mais interage é o equatoriano Rafael Correa: 83% de seus tuítes são respostas a outros usuários do Twitter. Ele tem mais de um milhão de seguidores, embora a população do Equador seja apenas de 14,5 milhões. Quando era vivo, Hugo Chávez perdia apenas para Obama como o líder mais seguido. A presidente brasileira Dilma Rousseff é seguida por quase 1,9 milhão de pessoas, mesmo tendo parado de tuitar em 2010.