Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Profundo e contundente

Profundo e contundente artigo, que analisa desde sua origem os fatos envolvendo a prestigiosa BBC e o famigerado governo Blair. Parabéns.

Ronaldo Abreu, professor

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A história de uma crise sem precedentes – Luiz Weis

 

CULTURA DO ÓDIO
Respostas, não rótulos

O artigo de Marco Aurélio é longo demais, rebuscado demais e pesquisado demais para um texto em internet, e sobre imprensa. Já é a segunda vez que me sinto compelido a escrever sobre alguém que escreveu a respeito de um certo texto da jornalista Marilene Felinto, publicado na revista Caros Amigos. Não estou certo se o artigo propõe uma cultura do ódio como informa Marco Aurélio. Possivelmente algum ressentimento, que talvez esteja na origem social da jornalista, exista ali. Mas esta polêmica toda parece vir de uma distorção ótica. O senhor Friedenbach tem razão em lamentar a perda de sua filha de uma forma estúpida, e querer a punição do(s) culpado(s), assim como a senhora Glória Perez lutou para que fossem punidas as pessoas responsáveis pela morte da filha dela. Embora em momentos de forte comoção deveríamos evitar ao máximo emitir opiniões, o rabino Sobel tem direito a reclamar a pena de morte para um assassino de uma pessoa que era importante para ele (e depois retificar sua opinião).

Mas a questão não é essa. O que não é respondido nesses arrazoados todos é por que o menor assassino de Liana Friedenbach deve ser condenado à morte, mas aquela moça de que não me recordo o nome [Nota do OI: Suzane Richthofen], sendo de classe média alta e tendo conspirado, por motivo que poderíamos chamar de fútil, para o assassinato dos pais não deve? Ou aquele outro rapaz que, fora de si pelo vício, assassinou a avó? E por que não há comoção quando desses assassinatos na periferia de São Paulo, cujos motivos são sempre classificados como disputas por drogas, e cujos assassinos nunca são (ao menos não é noticiado) descobertos? Não parece que há dois pesos e duas medidas para coisas similares?

Nossa sociedade tem alguns desvios patológicos graves, como o número de pessoas que morrem assassinadas, ou o número de pessoas mortas em acidentes de trânsito. Creio que para que ela possa melhorar é necessário dar respostas melhores, em vez de rotular como "incitadores de ódio" pessoas que façam denúncias de problemas.

José Alfredo Rodrigues, Porto Alegre

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Desaviso ou sinal de alerta? – Marco Aurélio Dutra Aydos

 

RÁDIOS COMUNITÁRIAS
Liberdade é para Cuba

Em relação ao texto sobre as rádios comunitárias, considerando-se as finalidades expostas pela autora do texto (luta pela liberdade, por exemplo), acharia interessante incentivar-se, por exemplo, a criação de rádios comunitárias em Cuba, a fim de incentivar o povo cubano a lutar contra a opressão do "companheiro" Fidel Castro.

No mais, em nosso país, tenho visto muitas rádios comunitárias serem usadas para fins político-partidários (por petistas inclusive), de forma que a sua função educativa está sendo deturpada.

Acho válido o uso das rádios comunitárias para a educação do povo, bem como o incentivo a que estes lutem pelos seus direitos de cidadão. Todavia, torço para que as rádios comunitárias não sejam usadas como meio de propagação de ideais ultrapassados e totalitários socialistas, que só trouxeram mortes e miséria para os povos que os experimentaram.

Rinaldo Freire, Recife

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As rádios da esperança – Paola Alvarez

 

TV ABERTA
Há mais do que "isso"

Aproveito este espaço aberto por vocês para fazer um pequeno comentário sobre a qualidade da TV aberta no Brasil. Os programas de auditório, disseminados em todas as emissoras, tratam de assuntos banais, exploram o corpo feminino com roupas diminutas e apresentam jogos "infantis", com a participação de pessoas comuns, tendo como prêmio uma razoável quantia em dinheiro. Considero um desperdício de oportunidade. Acredito que há mais do que "isso" para mostrar, ainda mais num país habitado predominantemente por pessoas inteligentes e talentosas.

Alexandre R. da Cunha

 

PROPAGANDA ENGANOSA
Jaboatão e a ONU

É impressionante a desfaçatez da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, ao utilizar em sua propaganda institucional, fartamente veiculada, a informação de que a Organização das Nações Unidas teria constatado oficialmente que aquele seria o município brasileiro que mais se desenvolveu nos últimos anos, e que, entre todos os pesquisados, ofereceria as melhores condições de vida aos seus moradores. Era só o que faltava! Se é que esta tal pesquisa existe, fica comprovado que a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes conseguiu enganar a ONU, o que aliás não deve ser das tarefas mais difíceis, até porque depois que a ONU acreditou que os EUA estavam declarando guerra ao Iraque por causa das armas de destruição em massa existentes naquele país, quando todos sabiam que esta era uma afirmação mentirosa, fica claro que os técnicos da ONU acreditam em qualquer coisa, desde que recebam ordens superiores para acreditar.

Felizmente a mentira tem perna curta, e basta uma simples passada pelas sujas e esburacadas ruas de Jaboatão dos Guararapes, para que fique claro que tudo não passa de mais uma propaganda enganosa, com nítidos interesses político-eleitorais.

Julio Ferreira, Recife