Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1280

Publicitário minimiza polêmica sobre anúncio da Globo


Leia abaixo a seleção de quinta-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Quinta-feira, 22 de abril de 2010


 


TELEVISÃO


Andréa Michael


Polêmica sobre 45 anos da Globo é ‘fantasma’, diz publicitário


‘Criador do ‘Globo, a gente se vê por aqui’, o publicitário Adilson Xavier diz que a associação do tema dos 45 anos da emissora com o slogan eleitoral de José Serra (‘O Brasil pode mais’) é ‘fantasma de quem está envolvido em campanha’.


‘O público não capta mensagens com esse grau de detalhamento. O eleitor está preocupado com a novela que vai ver’, afirma Xavier, diretor nacional da Giovanni, à qual a Globo encomendou sua campanha de final de ano em 2010.


À coluna, o publicitário contou que, na mesma ocasião em que apresentou a ideia para o final de ano, em novembro, sugeriu um modelo ‘igualmente musical’ para o aniversário.


A opção foi pelo mais formal ‘Todos queremos mais. Educação, saúde e, claro, amor e paz. Brasil? Muito mais’, que havia sido desenvolvido pela Globo.


O presidente do PT, José Eduardo Dutra pensa diferente. ‘Eu não sei se teria influência eleitoral. Agora, que a combinação do 45 com ‘O Brasil [pode] mais’, não sei o quê, desperta a lembrança do que o Serra falou, isso é fato.’


Pelo sim, pelo não, a Globo retirou a campanha do ar e faz uma nova a toque de caixa. O aniversário é dia 26.


A polêmica sobre a influência do ‘mais’ da Globo no ‘mais’ de Serra surgiu na internet. Pelo Twitter, em caráter pessoal, Marcelo Branco, coordenador da campanha presidencial do PT na rede, engrossou o debate.


PELADA


O 3 X 1 para a Inter de Milão contra o Barcelona anteontem rendeu quatro pontos no Ibope ao canal Esporte Interativo -cerca de 240 mil domicílios ligados na atração na Grande SP. Transmitido em rede com a TV Gazeta, foi a segunda melhor audiência no horário.


PARCERIA


A partir do dia 29, o canal 61 alcançará a região metropolitana de SP e, além da TV Alesp e da TV Câmara, transmitirá a TV Senado. Hoje só chega a bairros da zona sul da capital.


TROMBONE


Do leitor Jairo Veiga, médico há 38 anos, sobre Luciana (Alinne Moraes), de ‘Viver a Vida’: ‘Nunca vi tetraplégica tão versátil. Deve ser a tal licença poética(?). A novela é digna da Band, mas está na Globo.’


BALCÃO


A MTV diz estar aberta a negociar com a Record os nomes de personagens seus que foram para o ‘Legendários’, como ‘Hermes e Renato’. A Record informa que os contratou ‘para fazer coisas novas’.


ALÉM


O site de ‘Escrito nas Estrelas’ bateu recorde de acessos na semana de estreia da novela da Globo. Teve 1,8 milhão de visitas no período, segundo o Google Analytics. É mais do que o triplo do registrado em média pelas três antecessoras.


MILHAS


Na madrugada de domingo, o ‘Poker das Estrelas’ (Band) reunirá os esportistas de velocidade Thiago Camilo, Cacá Bueno e Popó Bueno, da Stock Car, e Débora Rodrigues, da Fórmula Truck.’


 


 


Lúcia Valentim Rodrigues


Governo escolhe dois dramas e uma comédia para virarem séries


‘O governo escolheu três projetos para virarem séries para o público jovem e de baixa renda (das classes C, D e E).


Os vencedores do FICTV são ‘Brilhante Futebol Clube’, de Kiko Ribeiro, ‘Natália’, de André Alberto Pellenz, e ‘Vida de Estagiário’, de Vítor Brandt. Cada um vai receber R$ 2,6 milhões do Ministério da Cultura para produzir 13 episódios.


‘Brilhante Futebol Clube’ parte da criação de um time de futebol feminino em um cidade do interior de Minas Gerais como base para a superação dos preconceitos. ‘Usamos a metáfora do futebol para discutir o lugar dessas pessoas em campo e no mundo’, diz Ribeiro.


‘Natália’ tem boas doses de drama ao retratar as dificuldades de uma jovem evangélica do subúrbio carioca para se tornar modelo. ‘É um jeito de fazer esse espectador se enxergar na TV, por isso tivemos a preocupação de nos cercarmos desse universo, que não é o nosso’, conta Pellenz. ‘Cansei de favela. Queremos mostrar a periferia, que é uma região igualmente grande e que não é tão óbvia.’


‘Vida de Estagiário’ é a única comédia da lista e transpõe os personagens das tirinhas de Allan Sieber para a televisão. O produtor Paulo Bocatto diz que a preocupação principal era não cair em estereótipos e acertar o tom. ‘Quando a gente lia os roteiros, caía na gargalhada. Então imaginamos que estávamos no caminho correto.’


Os pilotos (episódios teste) foram ao ar entre os dias 6 e 16 de abril na TV Brasil e tiveram avaliação de uma comissão de especialistas, além de terem sofrido alterações nos roteiros após análises de performance.


Os produtores terão até dezembro para finalizar as séries.’


 


 


Laura Mattos


Ex-presidente da Cultura prepara instituto de TV


‘Jorge da Cunha Lima, 78, que dirigiu a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e ocupa atualmente a presidência de seu conselho curador, articula a formação de um instituto de televisão e comunicação pública.


Ele terá de deixar o cargo na FPA em 10 de maio, data da eleição, por já ter exercido dois mandatos. Cunha Lima assumiu a presidência do conselho em 2004, quando o cargo passou a ser remunerado. Antes, por nove anos, presidiu a FPA.


Seu novo projeto já tem nome: Instituto Brasileiro de Televisão e Comunicação Pública. Segundo Cunha Lima, o órgão cuidará de ‘pesquisas e diretrizes para a TV pública’.


‘Qual é o acervo da TV pública? Qual é seu futuro depois da internet? Vamos fazer isso de forma independente, para poder discutir sem restrição, porque as TVs públicas estão ligadas aos governos’, disse.


Para a formação do instituto, afirmou à Folha, terá de criar uma sociedade civil sem fins lucrativos, reunir sócios fundadores e elaborar um instituto.


‘Vou chamar todas as pessoas que pensam a televisão. O [Eugênio] Bucci, por exemplo.’


Cunha Lima já imagina como viabilizar financeiramente o instituto. ‘Vamos pedir ajuda de fundações, como a Ford Foundation, das próprias TVs públicas e de empresas pela Lei Rouanet [benefício fiscal para apoio à cultura].’


Sobre uma possível sede, falou: ‘Vamos ver se alguém nos doa. O governo está cheio de locais que hoje são inúteis. Mas ainda não conversei com ninguém porque, primeiro, quero organizar a ideia com a sociedade civil para que o governo não pense que poderá interferir no instituto’, disse.


De acordo com Cunha Lima, o instituto vai ser criado com ‘instituições representativas do setor público, como Abepec [emissoras públicas e educativas], ABTU [TVs universitárias], Astral [legislativas] e Apcom [comunitárias]’.


Por outro lado, segundo a Folha apurou, ele também articula a formação de uma espécie de ‘núcleo duro’ no conselho da Fundação Padre Anchieta, do qual é membro vitalício. ‘A ideia é reforçar o comitê administrativo e financeiro para ajudar o presidente executivo a dirigir a televisão em paz.’


Paulo Markun, que preside a FPA desde 2007, enfrenta resistência de alguns conselheiros ligados ao governo para sua reeleição e não se declara candidato. Apesar disso, confirmou à Folha ter interesse em ‘prosseguir com o trabalho’.’


 


 


Mônica Bergamo


Markun fora


‘Reviravolta na TV Cultura: o jornalista Paulo Markun, até então apoiado pelo ex-governador José Serra para permanecer no comando da Fundação Padre Anchieta, que controla a emissora, não será reconduzido ao cargo. Numa conversa com Luiz Antonio Marrey, chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, anteontem, ele foi avisado de que o governo estava retirando o apoio à sua reeleição.


SAYAD NA LISTA


A surpresa pode ser ainda maior: o nome do governo que está no topo da lista para substituir Markun na presidência da fundação e na direção da emissora é o de João Sayad, atual secretário da Cultura de São Paulo. Sem disfarçar seu enfado no comando da pasta, Sayad assumiria a TV em junho, logo depois da eleição. Ele não foi encontrado ontem pela coluna para comentar.


CONSELHO EM TRANSE


Era grande ontem a excitação entre conselheiros da Fundação Padre Anchieta, que vão eleger o comando da TV em maio. Foram fartos nos últimos dias os recados do governo de São Paulo, que tem forte influência sobre o colegiado, de que um ‘fato novo’, e misterioso, mudaria os rumos da sucessão na emissora.’


 


 


PUBLICIDADE


Talita Bedinelli


Agência que chama criança de pateta será investigada


‘O Ministério Público abrirá um inquérito civil para investigar a propaganda da agência de turismo Trip&Fun, que fotografou crianças com cartazes em que elas são chamadas de Pateta caso não viajem para a Disney, como revelou a Folha anteontem. Para o órgão, a publicidade é ‘abusiva’, ‘discriminatória’ e ‘constrangedora’.


Segundo a promotora Marisa Rocha, de São Caetano do Sul, a ação de marketing fere o Código de Defesa do Consumidor e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). ‘Há um constrangimento, uma injúria contra a criança que não vai [para a Disney].’’


 


 


DIREITO AUTORAL


Aldo Pereira


Piratas e conquistadores


‘NO SÉCULO 16 , países europeus que exploravam riquezas da América reprimiam com rigor a ação de piratas baseados em ilhas e costas continentais do Caribe: execução sumária ou condenação à forca.


À primeira vista, história de mocinhos e bandidos -ou seria de bandidos e bandidos?


Logo após ter descoberto o que supunha ser a Índia, Cristóvão Colombo (1451-1506) estabeleceu modelo de conduta para ‘los conquistadores’: tortura sistemática de nativos para obter deles ‘segredos’ de minas e garimpos de ouro, bem como para escravizá-los na extração e refino do minério. A recalcitrantes, espada civilizadora finamente forjada em Toledo.


De sua parte, a Marinha britânica, ocupada então com tráfico de escravos africanos, comissionou ‘privateers’ (navios corsários) para pirataria seletiva contra galeões espanhóis carregados desse ouro.


Frances Drake (1540-1596) e Henry Morgan (1635-1688), célebres corsários, receberiam pela patriótica missão o título honorífico de ‘sir’.


A distinção entre piratas, conquistadores e corsários continua ambígua. Sem explicitar nomes, o principal executivo da UMG (Universal Music Group) vocifera contra engenhocas do tipo iPod: ‘Repositórios de música roubada!’.


Também se têm visto e ouvido na mídia proclamações de que baixar, copiar ou comprar músicas e programas sem pagar royalties é ‘pirataria’.


Com a forca fora de moda, detentores de ‘propriedade intelectual’ reclamam ao menos cadeia para ‘piratas’.


‘Propriedade intelectual’ é campo de disputa em que convergem três interesses legítimos e interdependentes, mas conflitantes: 1) o dos autores, sem os quais não teríamos inovação e avanço na cultura; 2) o de firmas como editoras, gravadoras e programadoras, que assumem riscos lotéricos de produção, distribuição e promoção (em média, dos mais de 40 livros que a Random House edita por semana, 35 dão prejuízo ou lucro zero); e 3) o direito público à liberdade de expressão, ao saber e ao cultivo do espírito pela arte.


Sem esse terceiro direito, a vida cultural estagnaria, porque se realimenta do que ela própria produz. Nenhuma criação é absolutamente original, mas produto da tradição cultural do meio em que o autor se forma.


Por isso, direito autoral deveria constituir não propriedade, mas apenas licença de usufruto econômico exclusivo durante certo prazo, como a concedida a patentes. Em criações de pessoa física, tal licença poderia ser vitalícia, embora não hereditária.


O que tem ocorrido, porém, é progressiva usurpação do direito público em favor da ‘propriedade intelectual’, sobretudo corporativa. Isto é, acumulação de privilégios desfrutados por cartéis e outros grupos que em geral os têm obtido pelo suborno sistemático de legisladores e burocratas, prática mais elegantemente referida como lobby (‘antessala’).


No reinado de Pedro 1º, toda obra literária caía em domínio público dez anos após a publicação. O regime republicano dilatou o privilégio para 50 anos contados do 1º de janeiro subsequente à morte do autor (Lei Medeiros e Albuquerque, nº 496, de 1898). Esse prazo é hoje de 70 anos.


Todas as mudanças legais introduzidas desde 1898 têm ampliado o direito individual e corporativo de exploração econômica das obras à custa de progressiva restrição do domínio público, isto é, em prejuízo da dimensão social da cultura.


A involução legal brasileira reflete a globalização dos mercados da ‘propriedade intelectual’.


Acordos e convenções que conferem direito proprietário de corporações a criações culturais têm sido extorquidos a governantes covardes e/ ou venais do mundo subdesenvolvido, estratégia que se completa pelo citado suborno legislativo. Colonialismo por outros meios.


O abuso é mais nítido na exploração autoral póstuma, onde o Congresso americano, creia, tem-se mostrado ainda mais venal que o brasileiro. Segundo Lawrence Lessig, professor de direito da Universidade Stanford, à medida que o camundongo Mickey envelhece e se arrisca a cair em domínio público, o lobby da Walt Disney obtém mais alguns anos de sobrevida para o respectivo ‘copyright’.


Em 1998, o Congresso dos EUA estendeu a proteção póstuma a 95 anos: no caso de Mickey, até 2061. Lessig enumera 11 extensões semelhantes concedidas nos últimos 40 anos em favor da indústria de som e imagem.


Nesse drama, decerto lhe seria difícil escolher entre o papel de conquistador e o de pirata. Resigne-se, então, ao do submisso e espoliado nativo.


ALDO PEREIRA , 77, é ex-editorialista e colaborador especial da Folha.’


 


 


CAMPANHA


Ana Flor e Bernardo Mello Franco


Dilma e Serra disputam audiência na TV


‘Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) travaram em pleno feriado uma disputa pelos telespectadores em aparições ao vivo no horário nobre em emissoras de TV aberta. Dilma concedeu entrevista de mais de uma hora ao apresentador José Luiz Datena, do programa ‘Brasil Urgente’, da Bandeirantes. Serra falou por cerca de 20 minutos a Carlos Nascimento na bancada do ‘SBT Brasil’.


Logo no início da entrevista, questionada se acreditava em Deus, Dilma disse crer em uma ‘força superior’ e na ‘deusa mulher que é Nossa Senhora’.


Há cerca de dois anos, em sabatina da Folha, Dilma respondeu à mesma pergunta afirmando: ‘Eu me equilibro nessa questão. Será que há? Será que não há? Eu me equilibro nela’.


A candidata atacou a oposição e reforçou seu vínculo com o presidente Lula. Afirmou que teve uma ‘boa parceria’ com o governo Serra, mas insistiu que obras do Estado de São Paulo, como o Rodoanel, receberam recursos do PAC. ‘Esses projetos que nós fizemos em parceria são parte do PAC. Então o PAC existe, uai’, afirmou.


Além das expressões mineiras ‘uai’ e ‘ocê’, Dilma -que nasceu em Minas e quer reforçar o vínculo com o Estado- deixou escapar ‘te’, ‘ti’, e ‘contigo’ usados no Rio Grande do Sul, onde sempre militou.


Questionada sobre a divergência entre pesquisas recentes, Dilma atacou indiretamente o PSDB, que entrou com uma representação contra a pesquisa Sensus em que ela aparece em empate técnico com o tucano. ‘Os resultados das pesquisas recentes são bastante variados. […] Porque uma pesquisa saiu pior ou melhor para mim, não vou brigar com o instituto.’


No primeiro bloco, Dilma foi avisada por Datena que teria um minuto e meio para falar. ‘Eu tô nervosa’, disse ela, jogando para o bloco seguinte a resposta. No final, a pedido de Datena, cantou um trecho do tango ‘El dia que me quieras’, do argentino Carlos Gardel.


Datena brincou com a fama de irritada de Dilma. Indagada se ela e Serra poderiam ‘sair na mão’ na campanha, ela respondeu: ‘Nem eu sou tão brava quanto se diz, nem ninguém é tão bonzinho quanto parece’.


Em sua entrevista ao ‘Jornal do SBT’, Serra acusou o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de sobreviver às custas de repasses do governo e de usar a reforma agrária como pretexto para fazer política. ‘O MST vive de dinheiro governamental. A reforma agrária para o MST hoje é um pretexto. Na verdade, trata-se de um movimento político, com finalidades políticas.’


Em outra entrevista, gravada em seguida para a edição de hoje do ‘Jornal do SBT – Manhã’, ele desconversou sobre se Aécio Neves será vice na chapa presidencial do PSDB. Disse que o aliado já está ‘engajadíssimo e envolvidíssimo’ na campanha. ‘O espaço lá [em Minas] está aberto, não depende da questão do vice. Isso não tem todo o peso que se atribui.’


Ele criticou o resultado do leilão de concessão da hidrelétrica de Belo Monte (PA): ‘É uma coisa muito cara para você fazer de maneira atropelada’.


Ele aproveitou as duas entrevistas para defender a convocação para a Copa de Neymar e Paulo Henrique Ganso, revelações do Santos. No telejornal da noite, a apresentadora disse que ele estava ‘magrinho’. Serra rebateu: ‘Posso te fazer uma confissão? Estou até querendo engordar um pouquinho’.


Ao deixar a sede da emissora, ele ironizou Dilma, que o comparou a uma ‘biruta de aeroporto’. ‘Eu acho graça. Realmente não sinto necessidade de ficar pegando no pé de outros candidatos’, disse.’


 


 


PARALISAÇÃO


Greve tira jornais das bancas na França


‘Paralisação dos trabalhadores de impressão e distribuição fez com que as bancas francesas amanhecessem ontem praticamente sem jornais. A greve foi convocada pelos sindicatos em protesto pelo fato de as empresas terem recusado pedido de aumento de salário. Jornais como ‘Le Monde’, ‘Les Echos’ e ‘La Tribune’ colocaram as suas edições na internet de forma gratuita.’


 


 


JORNALISMO CULTURAL


Marco Rodrigo Almeida


Encontro debate os desafios do jornalismo cultural brasileiro


‘Não foi sem conhecimento de causa que Daysi Bregantini criou, em 2009, o Congresso de Jornalismo Cultural Brasileiro para analisar as dificuldades desse mercado. Há dez anos ela é proprietária da revista ‘Cult’, uma das mais longevas publicações culturais do país.


A experiência em conciliar qualidade com retorno financeiro rendeu frutos também no congresso, que chega agora a sua segunda edição, de 3 a 6 de maio, no Tuca (Teatro da Universidade Católica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).


Neste ano, são previstos mais de 70 palestrantes, entre jornalistas, professores e escritores.


‘A ideia é mesmo escolher pessoas com visões de mundo diferentes, propor novos ângulos para o tema’, diz.


A lista dos convidados internacionais inclui Eric Lax, autor de ‘Conversas com Woody Allen’, e Hervé Aubron, editor-adjunto da revista ‘Le Magazine Littéraire’, entre outros.


O evento ainda terá uma homenagem a Clarice Lispector e apresentações de Arnaldo Antunes e Lobão.


O congresso, realizado sem verbas de leis de incentivos fiscais, é organizado pela revista ‘Cult’ e tem o apoio de dez universidades. O valor da inscrição varia de R$ 95 a R$ 510. Mais informações pelo site www.revistacult.uol.com.br/home/blogs/congresso ou pelo tel. 0/xx/11/ 3385-3385.’


 


 


 


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