Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Relatório contabiliza 88 jornalistas mortos em 2009

Pelo menos 88 jornalistas foram mortos em 2009, de acordo com dados da Associação Mundial de Jornais e Editoras. A organização divulgou um alarmante relatório durante encontro de executivos de empresas de mídia na Índia no Congresso Mundial de Jornais e no Fórum Mundial de Editoras, realizados esta semana. Na última década, afirma o estudo, mais de 450 jornalistas foram assassinados em todo o mundo.


As Filipinas, que na semana passada viveram um trágico massacre que levou à morte de 57 pessoas que participavam de uma campanha política, incluindo 30 jornalistas, foram consideradas o mais perigoso país do mundo para o trabalho jornalístico. O violento incidente na província de Maguindanao foi o mais letal ataque a profissionais de mídia da história.


Entre outros países em destaque pelos riscos sofridos por jornalistas estão o Paquistão, com oito mortes; o México, com sete; a Somália, com seis; e a Rússia, com cinco. O total de 88 assassinatos em 2009, levando em consideração que o ano ainda não terminou, torna o ano um dos mais letais para profissionais de imprensa na última década, segundo pesquisa da organização. Em 2006, foram contabilizadas 110 mortes, e, em 2007, 95.


O relatório também afirma que centenas de profissionais de mídia foram presos por conta de seu trabalho nos últimos meses, e pelo menos 170 deles continuam na cadeia. Entre outros problemas enfrentados por jornalistas, estão a censura na China e a intolerânica dos governos no Norte da África e no Oriente Médio. Também são citados ataques a jornalistas investigativos em países da América Latina e o medo de processos legais na Europa. Informações de Chris Tryhorn [Guardian.co.uk, 1/12/09].