Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

SIP vê retrocesso democrático nas Américas


Leia abaixo a seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas.


 


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O Estado de S. Paulo


Quarta-feira, 10 de novembro de 2010


ASSEMBLEIA


João Paulo Charleaux


SIP vê retrocessos comparáveis aos da ditadura


O assédio do narcotráfico e dos governos latino-americanos de esquerda à liberdade de imprensa são comparáveis aos efeitos nocivos que as ditaduras militares tiveram nos anos 60 e 70 na região. O alerta foi feito pelo novo presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), o guatemalteco Gonzalo Marroquín, que assumiu o cargo ontem, no encerramento da 66.ª assembleia-geral da organização.


Reunidos em Mérida, no México, desde sexta-feira, 575 membros da SIP encerraram o encontro alertando para o que eles consideram ser um ‘quadro sombrio’, de retrocesso democrático na região.


Ricardo Trotti, diretor para Liberdade de Expressão da SIP – entidade que representa mais de 1,3 mil empresas privadas de comunicação -, disse que a reunião de Mérida ‘assegurou a inserção na agenda pública da premissa de que a liberdade de expressão é um direito de todos os cidadãos’. Para ele, a pressão que governos como os da Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina exercem sobre a imprensa pode ser comparada ao cerco das ditaduras militares de décadas passadas. ‘Em outras épocas, as grandes batalhas da SIP foram contra os ditadores de qualquer ideologia e as ditaduras militares.’ Segundo Trotti, ainda hoje é preciso defender a ideia de que a liberdade de imprensa é ‘um fundamento de qualquer sistema democrático’.


‘Queremos que as pessoas entendam que os regimes autoritários, o narcotráfico e os políticos que querem se perpetuar no poder atuam da mesma forma como as ditaduras militares atuavam no século passado e nós, como naquela ocasião, vamos nos opor a isso’, disse Marroquín.


O Brasil também despertou preocupação na SIP, tanto pelos assassinatos de dois jornalistas ocorridos em outubro – um no Rio de Janeiro, outro no Rio Grande do Norte – quanto pelas tentativas do governo de exercer ‘controle social’ sobre a imprensa por meio de propostas como as que foram debatidas na Conferência Nacional de Comunicação. A censura sobre o Estado – que está há 467 dias proibido de publicar notícias sobre a operação da Polícia Federal que investiga o empresário Fernando Sarney – também foi condenada.


O encontro foi realizado em Mérida para chamar a atenção para os 11 assassinatos de jornalistas cometidos pelo crime organizado desde janeiro no México. Outro caso de violência para o qual a SIP chamou a atenção foi o de Honduras, onde nove jornalistas foram mortos em ‘condições nebulosas’ desde o ano passado. Até agora, em nenhum dos dois países, os culpados pelas mortes foram levados a julgamento.


 


 


REGULAÇÃO


Leandro Colon


Franklin defende até ‘enfrentamento’ para regular mídia


Em tom beligerante, o ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo federal, Franklin Martins, afirmou ontem que a regulação do setor de mídias no País vai ocorrer nem que para isso seja preciso enfrentar os adversários.


‘Nenhum grupo tem o poder de interditar a discussão. A discussão está na mesa. Terá de ser feita. Pode ser num clima de enfrentamento ou de entendimento.’ A declaração foi feita na presença de autoridades estrangeiras da área, na abertura do seminário internacional Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, organizado por ele. O ministro convidou autoridades de outros países para debater o tema entre ontem e hoje.


Ele quer entregar até o fim do ano um anteprojeto de regulação do setor à presidente eleita, Dilma Rousseff. A atuação do ministro tem sido vista por entidades da área, entre elas a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), como um movimento do atual governo para regular o conteúdo produzido pelos meios de comunicação, embora ele negue isso enfaticamente.


Em seu discurso, Franklin classificou de ‘fantasmas’ as críticas que tem recebido. O maior ‘fantasma’, segundo ele, é a tese de que o governo quer ameaçar a liberdade de imprensa ao levantar o debate sobre o tema. ‘Essa história de que a liberdade de imprensa está ameaçada é bobagem, fantasma, é um truque. Isso não está em jogo.’


O ministro subiu o tom e afirmou que as reclamações são fruto de ‘fúrias mesquinhas’. ‘Os fantasmas passeiam por aí arrastando correntes’, ressaltou. ‘Os fantasmas, quando dominam nossas vidas, nos impedem de olhar de frente a realidade. Os fantasmas não podem comandar esse processo. Se comandarem, perderemos uma grande oportunidade.’


Segundo ele, a intenção do governo é dar uma atenção especial ao setor de radiodifusão em detrimento da telecomunicação. ‘O governo federal tem consciência de que nesse processo de convergência de mídia é necessário dar proteção especial à radiodifusão’, afirmou.


Franklin aproveitou o evento para alfinetar a imprensa. ‘Não haverá qualquer tipo de restrição. Mas vamos com calma. Isso não significa que não pode ter regulação. Liberdade de imprensa não quer dizer que a imprensa não pode ser criticada, observada’, disse. ‘Liberdade de imprensa quer dizer que a imprensa é livre, não necessariamente boa. A imprensa erra.’


Políticos. Em entrevista coletiva após o encerramento de seu discurso, Franklin defendeu um controle de conteúdo sobre temas ligados, segundo palavras dele, ao respeito à privacidade, a campanhas discriminatórias, cultura regional, entre outras coisas. ‘No mundo inteiro isso é feito’, justificou. O ministro criticou ainda a propriedade de canais de televisão por políticos.


‘Todos nós sabemos que deputados e senadores não podem ter televisão’, observou, baseado no dispositivo da Constituição que proíbe que parlamentares mantenham concessões de comunicação. De acordo com Franklin, o setor virou ‘terra de ninguém’ e os parlamentares usam ‘subterfúgios’ para comandar emissoras. ‘A discussão foi sendo evitada e agora é oportunidade para que se discuta tudo isso’, defendeu o ministro.


 


 


‘Não estamos vendo fantasmas’, reage Abert


O discurso do ministro Franklin Martins mereceu pronta reação da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). ‘Enxergamos de modo diferente. Não estamos vendo fantasmas. São coisas que estão acontecendo’, disse Luis Roberto Antonik, diretor-geral da entidade, sobre os movimentos do governo de controle de conteúdo.


Na véspera Antonik já manifestara preocupação com o interesse do governo em instituir mecanismos de controle. ‘Nós vemos isso com medo, embora a maturidade institucional que atingimos não permita a censura que tínhamos antes’, comentara o diretor-geral da Abert na segunda-feira.


Em vez de uma ampla reformulação das regras sob o comando do governo, a entidade defende ajustes no marco regulatório para adequar a evolução do setor às exigências constitucionais. Entre as questões que demandam ajustes Antonik aponta o fato de empresas multinacionais de telefonia estarem atuando na produção de material jornalístico. Pela Constituição, as empresas jornalísticas devem ter ao menos 70% de capital brasileiro.


Equilíbrio. O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, afirma que a revisão da lei equilibraria forças no mercado e seria positiva para a radiodifusão, apesar de o segmento se posicionar contra novos instrumentos reguladores.


Ele diz que os portais de internet e TVs a cabo, embora produzam e divulguem conteúdo, não se sujeitam às mesmas regras de rádios e TVs. O diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, um dos mediadores do seminário, considera que é fundamental a atualização da legislação do setor.


Ele defendeu regras claras e estáveis, e um debate sem ideologia, público, para dar segurança aos investidores. ‘Ninguém está querendo matar o outro’, ressaltou Levy.


ANJ. O diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, informou que a entidade vai acompanhar as discussões para conhecer as experiências internacionais no segmento. Ele se diz totalmente contrário, contudo, à criação de qualquer entidade governamental ou de Estado que venha interfir em conteúdo jornalístico.


 


 


Leandro Colon


Unesco recomenda agência reguladora independente


A Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco) atacou ontem o sistema brasileiro de concessão de licenças de funcionamento de rádios e emissoras de televisão. Um estudo apresentado por lideranças do órgão recomendou a retirada de poderes do Ministério das Comunicações e do Congresso Nacional no tratamento do assunto e pediu a criação de uma agência reguladora independente para assumir essa responsabilidade.


‘O atual sistema é muito complexo. O poder do Congresso de emitir outorgas tem base constitucional, mas não atende aos padrões internacionais. O Ministério das Comunicações emite licenças e isso não atende aos requisitos de independência’, disse o canadense Toby Mendel, consultor internacional da Unesco. As recomendações, baseadas num estudo de oito meses feitas pelo órgão da ONU, foram dadas durante o seminário internacional Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, organizado em Brasília pelo ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social.


Os representantes da Unesco pediram que uma eventual agência reguladora do setor não interfira na independência jornalística. ‘Regular não é controlar a mídia. É completamente diferente’, afirmou Wijayananda Jayaweera, diretor da Divisão de Desenvolvimento da Comunicação da Unesco. Além disso, foi recomendada uma maior proteção à ‘independência’ das empresas públicas de comunicação.


Os membros da Unesco defenderam que o conteúdo considerado ‘danoso’, envolvendo, por exemplo, crianças e privacidade das pessoas, seja autorregulado pelo mercado, ou seja, pelas próprias empresas do setor.


O consultor Toby Mendel, entretanto, diz que a agência reguladora poderia interferir em caso de falhas dentro dessa chamada ‘autorregulação’. Os participantes do seminário ainda ouviram que não existe controle de conteúdo na Comunidade Europeia. Foi o que disse Harald Trettenbein, diretor adjunto de Políticas de Audiovisual e Mídia da Comissão Europeia. Segundo ele, o que há é uma espécie de controle de propriedade para restringir a participação de pessoas que não fazem parte da Comunidade Europeia.


 


 


TELEVISÃO


Patrícia Villalba, Roberta Pennafort e Flávia Guerra


Hoje é dia de Odete Roitman na TV


O telespectador só vê os olhos – grandes, verdes, lindos – e ouve a voz – esnobe. ‘Você fica com a gente?’, pergunta Celina (Nathália Timberg). ‘Não, viajo acompanhada. Reserve uma suíte presidencial num desses hotéis limpinhos, mas sem mendigos na porta’, recomenda Odete Roitman (Beatriz Segall), na cena que vai ao ar hoje, na reprise de Vale Tudo no Canal Viva e marca a volta à TV de uma das maiores, senão a maior, vilã da teledramaturgia.


Morta e enterrada após levar o tiro que, a gente já sabe, vai tirá-la de cena no capítulo 193 e instalar a dúvida ‘quem matou Odete Roitman?’, a péssima senhora é esperada por notívagos saudosistas que fizeram da novela de 1988 fenômeno de audiência da TV paga – é o programa mais visto no horário, 0h45, e ainda movimenta as redes sociais, que repercutem as cenas madrugada adentro. Na frente da TV também está o autor Gilberto Braga, que escreveu a trama com Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. ‘Vi os primeiros capítulos, a sensação é boa. O sucesso vem do fato de a novela ser boa, a história prende e os personagens são muito fortes’, analisa ele, em entrevista ao Estado, afastando qualquer comparação com as tramas atuais e as ideias de falência do gênero.


Braga não precisa de falsa modéstia, porque é notória a importância de Vale Tudo para a história da TV, não só pela qualidade do texto e das interpretações, mas também por ser um espelho bastante realista dos primeiros anos da abertura política, quando a identidade do País era questionada. Um ano antes da que seria a volta do voto direto para presidente, 1988 foi o momento perfeito para a novela perguntar ‘vale a pena ser honesto no Brasil?’, dúvida ilustrada pela história de Raquel (Regina Duarte), mulher recém-separada e batalhadora que leva um golpe da filha ambiciosa, Maria de Fátima (Glória Pires). Não foi a primeira novela a usar temas atuais – lembremos de Roque Santeiro (1985) -, mas a que fez isso de maneira mais contundente, num primeiro plano.


Surpresas. Vale Tudo é o tipo de programa que transporta o telespectador no tempo, com pensamentos como ‘onde eu estava na época em que os moços e as moças dançavam música lenta?’. Braga não escapa da situação, e conta que teve algumas surpresas ao rever a novela. ‘Não lembrava, por exemplo, que a Regina Duarte estivesse tão brilhante. Nos dez primeiros capítulos só dá ela, fantástica.’


Imerso em inflação alta e às voltas com a promulgação de nova Constituição, o Brasil foi avacalhado pelas frases cortantes de Odete e atitudes de personagens de caráter duvidoso, como Marco Aurélio (Reginaldo Farias). Talvez nenhum recado tenha sido passado de maneira tão direta pela teledramaturgia até então. ‘Quanto menos eu ouvir falar português, melhor’, diz ela ao finalizar o tal telefonema que anunciou sua volta de Paris. Mas embora hoje o País esteja no grand monde (para usar uma expressão da época), Braga não parece tão otimista. ‘Não acho que (o País) tenha mudado tanto assim, e gostaria que tivesse’, compara o autor, que acredita que Vale Tudo esteja atraindo tanto os que viram a novela no original quanto telespectadores de primeira viagem. ‘Felizmente as pessoas já não aceitam a impunidade como aceitavam em 88, inclusive acho que a novela ajudou a que isso acontecesse.’


Costumes. Alcoolismo, homossexualismo, corrupção e outros temas pouco frequentes na TV da época foram usados com a polêmica no volume máximo para compor os personagens da novela. Talvez por isso que a trama pareça tão atual, apesar do salto de qualidade de imagens que a TV teve nestes 20 anos e das mudanças na moda e de costumes – é até engraçado e estranho, por exemplo, ver os personagens fumando em cena, sem culpa. ‘Certas coisas soam estranhas, por exemplo, as roupas femininas, era a moda oversize’, diz Braga. ‘Também estou achando que o texto sobrevive. Às vezes acho didático demais, mas nada é perfeito.’


Prestes a estrear Insensato Coração, que substituirá Passione de Silvio de Abreu na metade de janeiro, Gilberto sabe que Vale Tudo é referência carregada de responsabilidade, mas nunca se preocupou com a possibilidade de a novela se tornar um fantasma na sua carreira, a persegui-lo e gerar comparações com o que ele escreve hoje (veja entrevista com Beatriz Segall). ‘Nunca senti que isso tenha acontecido comigo. E adoro quando a novela provoca discussão’, garante ele que, no entanto, não se anima a lançar uma nova versão para a história de Raquel. ‘Prefiro que não tenha remake, porque seria difícil reunir um elenco como aquele.’ (Patrícia Villalba)


ENTREVISTA COM BEATRIZ SEGALL


Beatriz Segall, aos 84 anos, não tem disposição para ficar acordada até as 2 da manhã para assistir a Vale Tudo. Prefere esperar os amigos que estão gravando a novela para ela. Costuma dizer que Odete Roitman a persegue. Mas agora que a reprise, um fenômeno das madrugadas do Canal Viva, coincide com a estreia de sua peça, Conversando com Mamãe, no Rio, espera que ela traga o público para vê-la também no teatro.


Não é incrível um personagem que ainda tenha essa força, passados 20 anos?


Foi uma novela muito especial. A Heleninha também foi um personagem interessante. Todo mundo estava muito bem: a Renata (Sorrah), Nathalia (Timberg), Glória Pires… O Riccelli fez ali o melhor trabalho dele.


Na época, a repercussão da Odete foi imediata?


Eu fiquei reclusa durante a novela, porque tinha texto demais pra decorar. Só fui ter noção quando acabaram as gravações… Até hoje, é muito chato as pessoas chegarem para mim falando ‘Quem matou Odete Roitman?’, isso com uma cara de quem está atingindo um objetivo importante na vida…


Odete foi boa de fazer?


Ficou muito marcada. Até então, os atores não gostavam de fazer o vilão, porque não conseguiam fazer comerciais. Depois se viu que o vilão é quem dá movimento à novela. (Roberta Pennafort)


MODA: DAS FRANJAS ÀS OMBREIRAS


‘Nossa mãe era jeca mas não vendia sanduíche na praia.’ Assim Odete Roitman (Beatriz Segall) retruca à irmã Celina (Nathália Timberg) e defende Maria de Fátima (Glória Pires) ao saber, momentos antes que seu filho se casasse com a jovem vilã, que foi ela quem virou a cara para a mãe, a honesta, mas cafona, Raquel Accioly (Regina Duarte). Isso quando viu a mãe vendendo sanduíche na praia. Raquel, que vestia um frugal vestidinho florido, com ombreiras, claro, e bolsinha tiracolo, ficou arrasada, bateu na filha quando as duas foram deixadas a sós na antessala do casamento e ainda rasgou o vestido de noiva ‘todo trabalhado na manga comprida e gola alta’. Quando Odete volta à cena, diz: ‘Estas rendas levaram um mês para ficarem prontas’.


A cena é antológica não só por ser ‘reveladora’, mas também porque mostra exatamente que o que ditava moda na época era o estilo over. Nos anos 80, ‘mais era mais’. Mais volumes, mais cintura alta, calça bag, mega laços, franjas. A franjinha da jornalista Lídia Brondi (Solange) virou febre nacional. E o chanel clássico super simétrico de Maria de Fátima? Quem era criança nos anos 80 e não viu a mãe desfilar ou de franjinha, ou de chanel em 1988 e 1989? As mais ousadas apostaram no pigmalião de Heleninha Roitman (Renata Sorrah). Com ares de Tina Turner tupiniquim, a cabeleira da artista plástica ganhou versões mais contemporâneas nos últimos anos. O chanel é um clássico, mas a franjinha tem ganhado adeptas e surgido em vilãs contemporâneas. Basta conferir o visual de Melina (Mayana Moura) de Passione. Apesar do corte de Mayana ser inspirado na diva americana Louise Brooks (1906-1985), não há como não se lembrar da fase em que Maria de Fátima também adotou a franjinha angelical. Já no figurino, se um item deve ser lembrado, definitivamente são as ombreiras. Enormes, elas estavam lá, desde o clássico tailleur pérola de linho de Odete (que se espera que nunca mais volte) até os vestidinhos de Raquel, passando pelos ternos de Marco Aurélio (o inescrupuloso Reginaldo Faria, que deu aquela ‘banana’ inesquecível ao Brasil no último capítulo). O que também não deve voltar jamais são as tanguinhas de César Ribeiro (Carlos Alberto Riccelli), aquele que não transava violência, mas adorava uma cuequinha cavadinha. (Flávia Guerra)


 


 


Pânico pilota campanha para Barretos


A RedeTV!, que se recusou a enviar artistas seus ao Teleton, no SBT, programa agora seu próprio show beneficente, com os olhos voltados para o Hospital do Câncer de Barretos. A abertura da campanha será neste domingo, dia 14, durante o Pânico na TV, e prevê a realização de dois shows de 2h15 de duração cada, ambos dominados pela música sertaneja, para os dias 21 de novembro e 12 de dezembro. A ancoragem caberá a Emílio Surita, e o cenário estará no estúdio G, da própria emissora. De domingo até o dia 12, a programação da casa será recheada por chamadas pedintes para doações em dinheiro, via telefone ou internet. A direção será de Vagner Matrone e Cacá Marques.


Meeeengo!


Presença rara na tela, Du Moscovis dá o ar da graça rubronegra no próximo episódio de As Cariocas, no ar dia 16, pela Globo. O ator faz par com Cíntia Rosa, a Gleicy, em A Internauta da Mangueira.


24% dos televisores ligados sintonizaram a Record, anteontem, durante a novela Ribeirão do Tempo, segundo o Ibope na Grande São Paulo


‘Eu sempre senti atração (por homens), com 4, 5 anos, já sentia essa química’. Do cantor Ricky Martin, sobre sua homossexualidade, a Oprah Winfrey: amanhã, 15h, GNT


ENTRELINHAS


Michael J. Fox vai participar da série The Good Wife, no ar aqui pelo Universal Channel. O ator, que sofre de Mal de Parkinson, interpretará um advogado que usa sua doença para tentar vencer Alicia (a protagonista Julianna Margulies) no tribunal.


A rede americana AMC já garantiu uma segunda temporada da recém-chegada série The Walking Dead – Os Mortos-Vivos. Nos EUA, a atração estreou em 31 de outubro, no Dia das Bruxas. No Brasil, a Fox colocou a série no ar no dia 2, feriado de Finados.


E na última segunda-feira, ao dedicar o prato do dia, Carne Espiritual, ao ex-beatle Paul McCartney, Ana Maria Braga cometeu uma bela gafe no Mais Você, da Globo: há anos o cantor é vegetariano e ativista pelo direito dos animais.


Em junho do ano passado, Paul criou a campanha Meat Free Monday, ou Segunda-feira sem Carne.


A Fazenda assegurou à Record o primeiro lugar em ibope anteontem. O reality marcou 18 pontos, ante 16 do filme da Tela Quente na Globo.


Felipe Camargo foi escalado pela Globo para ir a Nova York na próxima semana acompanhar a final do Emmy Internacional. Representa o finalista Som & Fúria, indicada a melhor minissérie do ano.


Lilia Cabral, que concorre como atriz ao Emmy Internacional, também vai a Nova York, ao lado de Alinne Moraes, Bruno Mazzeo, Ricardo Waddington e Denise Saraceni, todos representantes de finalistas do plim-plim ao prêmio.


Da série ‘Mal posso esperar’: a band Restart, que arrebatou mais da metade dos prêmios do VMB, na MTV, estará ao vivo no Twitcam, hoje, às 21h, em nome da Família MTV sobre a banda (no ar pela TV, às 21h). É só acessar: www.mtv.com.br/familiamtv


 


 


 


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Folha de S. Paulo


Quarta-feira, 10 de novembro de 2010


REGULAÇÃO


Elvira Lobato e Andreza Matais


Franklin diz que não recuará sobre projeto


O ministro Franklin Martins (Comunicação Social) afirmou ontem que o governo está disposto a levar adiante a discussão de novas regras para o setor de mídia digital mesmo que não haja consenso sobre o assunto.


Ao abrir um seminário sobre convergência de mídia, promovido por sua pasta, ele disse que ‘nenhum grupo tem poder de interditar essa discussão’ e advertiu que o melhor é fazer o debate num clima de entendimento.


‘A discussão está na mesa, está na agenda, ela terá de ser feita. Pode ser feita num clima de entendimento ou de enfrentamento’, afirmou.


Paulo Tonet, diretor do Comitê de Relações Governamentais da ANJ (Associação Nacional de Jornais), afirmou que ‘o discurso do ministro pode ser interpretado como uma ameaça ou como o jeito dele mesmo’.


Segundo ele, por enquanto a entidade vai apenas ouvir porque a presidente eleita Dilma Rousseff ainda não se manifestou sobre o assunto.


A ANJ condenou, porém, a proposta em estudo pelo governo de criação de uma agência para controlar o conteúdo divulgado por meios de comunicação digital, considerada inconstitucional pelo órgão, o que causou reação do ministro.


‘A ANJ não é a Suprema Corte’, disse Franklin. ‘Se ela achar isso [que é inconstitucional], que vá ao Supremo. Viver é perigoso, como diria Guimarães Rosa.’


Segundo ele, ‘em todos os países existem normas que devem ser seguidas com relação ao conteúdo’, e o Brasil não é uma ‘jabuticaba’ para achar que será diferente.


É preciso garantir, disse o ministro, que os veículos respeitem, por exemplo, a privacidade, a raça e defendam a língua portuguesa.


Franklin disse a uma plateia de dirigentes de agências reguladoras de vários países, de entidades representantes dos veículos de comunicação e de ONGs que, ‘apesar de momentos de fúrias mesquinhas, a nossa sociedade tem vocação para o entendimento’ e, mais de uma vez, pediu que se afastem os ‘fantasmas’ desta discussão.


‘O setor está cheio de motivos para ver fantasmas’, disse Roberto Antonik, diretor da Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão). ‘O ministro nunca usou o poder dele para restringir a liberdade de expressão, mas há muitos movimentos sociais com reivindicações nesta linha.’


Entidades como ANJ e Abert, entre outras, enxergam no movimento para criar novas regras para o setor de telecomunicações e radiodifusão uma ameaça de impor censura à imprensa.


O ministro classificou o temor de ‘truque’, segundo ele, ‘porque todos sabem que isso não está em jogo’.


Franklin disse que o país não discute questões como a propriedade de rádios e TVs por congressistas e que ‘é evidente que está errado’.


 


 


Unesco sugere tirar concessões do Congresso


A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) recomendou ao Brasil que retire do Congresso a prerrogativa de aprovar concessões de rádio e TV e crie um órgão independente para regular o conteúdo da mídia eletrônica.


Ela sugeriu a criação de cotas obrigatórias para programação regional e produção independente nas emissoras de TV.


Propôs ainda que as emissoras façam autorregulação, para adaptar suas condutas à regulação oficial e assim evitar a intervenção do órgão regulador governamental.


A Unesco estudou a radiodifusão no Brasil durante oito meses e apresentou seu diagnóstico no seminário internacional realizado pelo governo. O congresso termina hoje.


O estudo foi mal recebido pelos radiodifusores. O vice presidente da TV Bandeirantes, Frederico Nogueira, disse que a entidade está mal informada.


 


 


ASSEMBLEIA


Flávia Marreiro


SIP pede ‘veto sumário’ a conselhos estaduais para monitorar a mídia


A SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) exortou os governadores brasileiros a ‘vetar de maneira sumária’ leis que estabeleçam ‘qualquer forma de controle dos meios de comunicação’, numa referência ao conselho para monitorar a mídia recém-aprovado no Ceará.


O apelo é uma das resoluções adotadas no encerramento da 66ª Assembleia Geral da entidade ontem em Mérida, no México. O encontro reuniu editores e executivos de jornais e meios de comunicação das Américas.


A SIP também manifestou preocupação ante a possibilidade de que o Brasil, e também o Equador e o Uruguai, adotem leis de regulamentação da mídia que ‘por meio do chamado controle social’ ofereçam aos governos ‘instrumentos para estrangular os meios de comunicação’.


A entidade fez o alerta após condenar esforços de governos da região que, na avaliação da SIP, propõem regular o funcionamento da mídia para tentar ‘controlar e restringir o livre fluxo das informações’. O documento critica os casos da Argentina, da Bolívia, da Venezuela e da Nicarágua.


A organização, que avalia que há ‘clima geral de tensão’ no hemisfério por conta das novas leis, decidiu declarar 2011 como ‘ano pela liberdade de expressão’.


Quito, Caracas e La Paz rebateram as acusações da SIP e acusam seus integrantes de orquestrar campanha contra os governos esquerdistas.


O informe da representação do Brasil na SIP já havia condenado a criação dos conselhos estaduais de comunicação, que adotam o ‘controle social da mídia’.


Além do Ceará, onde o conselho ainda não foi sancionado, ao menos mais três Estados -Bahia, Alagoas e Piauí- preparam-se para implantar a instância.


A SIP também cobrou do Conselho Nacional de Justiça ‘imediatas providências’ para revogar medida que proíbe ‘O Estado de S. Paulo’ de publicar dados sobre investigação da Polícia Federal sobre Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).


VIOLÊNCIA


A organização de mídia condenou o assassinato de 14 jornalistas neste ano -sete no México, cinco em Honduras e dois no Brasil.


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


Corrida ao Conselho


Um dia após Obama apoiar a Índia, ‘Telegraph’ e ‘Financial Times’ deram que o ‘Reino Unido apoia o Brasil para assento no Conselho de Segurança’. O chanceler William Hague disse que seu país defende ‘reforma na ONU, inclusive um Conselho expandido com o Brasil como membro permanente’.


Já o ‘China Daily’ deu que a ‘China apoia reforma racional do Conselho’, pedindo ‘paciência para obter consenso’. E cobra ‘prioridade para a representação dos países em desenvolvimento’.


O Council on Foreign Relations, dos EUA, avaliou que o anúncio de Obama ‘poderá ajudar a romper o embaraço que manteve a composição do Conselho atolada no mundo de 1945’. Diz que, ‘além da Índia, os candidatos mais lógicos seriam Japão, Alemanha e Brasil -quatro grandes democracias’.


Também a ‘Foreign Policy’ defendeu ‘incluir não só a Índia, mas o Japão, a Alemanha e a Brasil’, para ‘refletir melhor o verdadeiro equilíbrio de poder no mundo e tornar o órgão mais relevante’.


Bric+T O ‘FT’ entrevistou o presidente turco, Abdullah Gul, e destacou a declaração de que a ordem mundial vem se voltando para o Oriente -e ‘não será surpresa se começarmos a falar sobre Bric mais T’.


China & Brasil O ‘China Business News’, citando autoridade, noticiou que os dois países devem ‘ampliar o programa de petróleo-por-crédito, intensificando a cooperação energética’ em reunião ainda este ano.


DILMA NO CERCO


Em manchete on-line à noite, o ‘Wall Street Journal’ destacou a queda de ontem em Wall Street, creditando ao ‘temor de inflação’ dos investidores, causado pela ‘flexibilização quantitativa’ do Fed.


Antes, na manchete de papel reproduzida acima, ‘Cresce a revolta global contra o Fed’. No quadro com o mapa-múndi, as críticas de China, Rússia, Alemanha e Brasil cercam os EUA. Do Brasil, destaque para Dilma Rousseff, com foto, afirmando que a ‘desvalorização competitiva de moedas’, na última vez, ‘terminou na Segunda Guerra Mundial’.


Em contraste, os principais colunistas de economia do ‘New York Times’ e do ‘Financial Times’, Paul Krugman e Martin Wolf, defenderam o Fed.


Do dólar ao real A agência Bloomberg despachou que o presidente do banco central do Cazaquistão anunciou que o Fundo Nacional de Petróleo do país deverá reduzir a aplicação em títulos do Tesouro americano e trocar por títulos da dívida brasileira. Será medida ‘estudada, passo a passo’, nada ‘radical’.


Nova potência Prosseguem os editoriais sobre a vitória de Dilma, nos EUA. O ‘Boston Globe’, do ‘NYT’, saudou ‘Uma nova potência ao Sul’, dizendo que ‘a América deve se consultar cada vez mais com o Brasil’. O ‘Houston Chronicle’ falou em ‘boa nova para o hemisfério’, com a ‘liderança democrática estável’.


//A CADEIRA DA EDUCAÇÃO


Pela terceira edição seguida, o ‘Jornal Nacional’ abriu ontem com manchete crítica ao Enem. Mas desta vez até a blogosfera que costuma apoiar o governo se dividiu, entre a defesa e os questionamentos.


Ao fundo, o ‘Valor’ publicou que ‘a permanência de Fernando Haddad no MEC torna-se cada vez mais difícil também pela resistência enfrentada pelo ministro dentro do PT’, com o ‘comando do PT paulista’ indicando Marta Suplicy ou Aloizio Mercadante. Haddad, segundo o jornal, ‘é vinculado ao grupo Mensagem ao Partido, cujo expoente é o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro’.


O FUTURO O ‘WP’ lançou sua aplicação para iPad com comercial de Bob Woodward e do ex-editor Ben Bradlee, este ensinando ao repórter que ‘é o futuro’. No Brasil, o iPad chega às lojas no fim do mês


 


 


INTERNET


Mariana Barbosa


Tecnologia é libertadora, afirma editor do ‘NYT’


No Brasil para participar do MediaOn 2010, encontro sobre jornalismo digital e novas mídias promovido pelo Terra e pelo Itaú Cultural, o editor de notícia interativa do ‘New York Times’, Aron Pilhofer, defende que algumas histórias são mais bem contadas na web. Ele conversou com a Folha antes da palestra de abertura, ontem.


Futuro do jornalismo


Chegaremos a um ponto em que não importa para o jornalista se o que ele produz será publicado como texto ou em infográfico na web. Esse é o futuro. Temos de reconhecer que algumas histórias são mais bem contadas na web, sendo abordadas de diferentes formas, com áudio, vídeo, infográficos. Estamos começando a nos dar conta do poder desse tipo de jornalismo. A tecnologia é libertadora e vai proporcionar mais oportunidades [para os jornais].


Jornalista multimídia


Será que o jornalista vai ter que aprender a programar, editar vídeos, usar flash? Talvez não. Mas certamente não dói. O mais importante é entender as oportunidades. Você não tem de ser fotógrafo ou cinegrafista, mas tem que entender as possibilidades que esses recursos trazem. Tem de ser curioso e superar essa aura de mistério que ronda a web. Essa é a grande questão nas Redações hoje.


Papel x on-line


O papel ainda é o foco principal da Redação do ‘NYT’, mas a importância da web está crescendo exponencialmente. Cinco anos atrás, não havia blog, e o espaço para comentários gerava controvérsia. Não vai demorar para que as duas áreas tenham igual importância. Mas o jornal impresso vai existir ainda por muito, muito tempo.


Interatividade


É relativamente fácil criar interação: você chamar pessoas para comentar, faz fóruns. Difícil é transformar isso em narrativas, usar a interação de forma a contar uma história que faça sentido.


Exemplo


No dia da eleição do Obama, criamos uma ferramenta chamada Word Train (trem de palavras) e convidamos as pessoas a escrever, em uma palavra, o que sentiam naquele momento. Depois elas tinham de escolher entre Obama, McCain ou nenhum. As palavras tinham a cor do candidato escolhido, e as mais populares iam ganhando tamanhos maiores. Fugimos da cobertura tradicional, em que a gente vai para a rua entrevistar eleitor. E produzimos um espaço para o leitor construir suas próprias histórias, em tempo real.


 


 


Fundo quer comprar Yahoo! com Alibaba


O fundador do grupo Alibaba, Jack Ma, foi convidado por um fundo de private equity para participar de uma oferta de aquisição pelo site de buscas Yahoo!, afirmou à Reuters fonte próxima ao caso. O Alibaba, maior companhia de comércio on-line da China, é 40% controlado pelo Yahoo!.


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimenez


Globo busca audiência em transporte público no país


Há um ano exibindo atrações em TVs em ônibus e terminais de metrô em São Paulo, a parceria da Globo com a Bus Mídia começa a ser estendida para outros estados.


No Rio, cerca de 50 ônibus já circulam com telas de LCD exibindo um resumo diário de 45 minutos (novelas, linha de shows e jornalismo) da programação da Globo.


Há 60 dias, o mesmo serviço entrou em funcionamento em 55 telas espalhadas pelo terminal da Barcas S/A, que faz as travessias de barca de Niterói para o centro do Rio.


‘Nos ônibus do Rio ainda estamos testando o serviço, mas logo aumentaremos a nossa frota’, disse Roberto Ciccarelli, diretor da TV Bus Mídia.


‘Já estamos testando a exibição também em 50 ônibus em João Pessoa (PB). Aos poucos, vamos levar o serviço para todo o Brasil.’


Em São Paulo, além de mais de 500 coletivos com televisores, a Bus Mídia instalou a novidade em algumas estações do Metrô, entre elas: Paraíso, Sacomã, Vila Prudente, Tamanduateí, Madalena e Sumaré.


Até dezembro, a empresa espera ter 20 estações com o serviço que, no Rio, já está sendo negociado para entrar no sistema ferroviário.


Outros Estados que estão na mira da expansão da Globo e da Bus Mídia são Minas Gerais e Pernambuco.


TIETE


Eliana ganhou uma camiseta autografada após entrevistar a banda teen Jonas Brothers. O papo com os meninos vai ao ar dia 14, em seu programa no SBT


Lá fora A Globo fechou acordo com o grupo Swisscom e vai estrear seu canal internacional na Suíça no dia 15.


Fixos O casal de repórteres da terceira idade, Fábio e Valéria, renovou contrato para a nova temporada de ‘Amor & Sexo’, que volta ao ar em janeiro na Globo.


Ringue Segue quente o clima entre as produções do ‘Programa do Gugu’ e ‘Tudo É Possível’, da Record. Um diretor de externas é o alvo de disputa da vez.


Banqueta O GNT estreia no dia 17 a série ‘Casa Brasileira’. A produção, de cinco episódios, traz grandes arquitetos e designers, como os irmãos Campana, falando sobre o jeito brasileiro de morar. Débora Bloch e Regina Casé abrem suas casas para o programa.


Só no ar Vestido de Raul Gil na pré-estreia do longa ‘Muita Calma Nessa Hora’, Carioca, do ‘Pânico’, fez piada ao agachar e ver sua calça rasgar. Desligadas as câmeras, soltou os cachorros na produção por conta do figurino.


Proposta O VJ Cazé pode apresentar um reality na web que dará prêmio de R$ 1 milhão para uma pessoa realizar um grande projeto. Para vencer o ‘Todos Por Um Milhão’, do Terra TV, basta convencer os outros participantes a abrirem mão dos seus sonhos.


Sucupira Mesmo com a hilária descoberta de uma cidade sem cemitério, o ‘CQC’ (Band) perdeu do ‘Operação de Risco’ (Rede TV!) anteontem em ibope: marcou 3 pontos, ante 7 do reality. (Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP).


 


 


Oprah Winfrey faz 1ª entrevista com filhos de Michael Jackson


Prince, 13, o filho mais velho de Michael Jackson, quer ser produtor e diretor de cinema. A irmã Paris, 12, pretende tentar a carreira de atriz e até já arrisca algumas improvisações. Parece que só o caçula Blanket, 8, ainda não decidiu que rumo tomar.


Os relatos foram feitos a Oprah Winfrey, titular de um dos talk-shows vespertinos mais badalados da TV americana. O programa foi ao ar nos EUA anteontem.


Oprah foi até a casa em que as crianças vivem com a avó materna, Katherine, em Encino (Califórnia), desde a morte de Michael, em junho de 2009. ‘Algumas vezes, ouço a risada dele na minha cabeça’, disse a mãe.


Para ela, o filho era viciado em cirurgia plástica. Katherine conta que chegou a pedir a um médico que iria operar o rosto do filho para apenas simular o procedimento.


Durante o encontro, Prince lembrou as caminhadas matutinas à beira-mar com o pai, nas quais não podiam faltar Coca-Cola, balas Skittles e chocolates Snickers. Já Paris fala de Michael como o ‘melhor mestre-cuca’ e diz sentir falta das visitas a museus em sua companhia.


Blanket, o mais calado, se contenta em dizer que o irmão mais velho tinha com o pai mais liberdade do que ele. ‘Prince conseguia tudo o que queria.’


Oprah também conversou com Joe, o pai de Michael, que negou ter agredido os filhos na infância. Disse apenas que os atingia com uma cinta e que isso ‘os deixou fora da cadeia’.


 


 


Laura Mattos


Aguinaldo Silva lança site com ‘alfinetadas’


Saramago ‘é acima da média, só isso’. O ‘Big Brother Brasil’ ‘é como o quibe, uma receita sem a menor graça’. E o ator Murilo Benício ‘é um rapaz muito esforçado, mas ainda prefiro a Lady Gaga cantando ‘Alejandro, ay, Alejandro’.


Essas são só algumas das alfinetadas que o novelista Aguinaldo Silva, 66, coleciona desde que começou a dizer tudo o que pensa e, mais do que isso, a divulgar seus pensamentos na internet.


Depois de experimentar o potencial de suas polêmicas em seu blog, Twitter e Facebook, o autor de novelas como ‘Tieta’ (1989/90) e ‘Senhora do Destino’ (2004/05) resolveu lançar um site.


O www.aguinaldosilvadigital.com.br entrou no ar na noite de segunda, enquanto o autor recebia famosos como Antonio Fagundes, Suzana Vieira e Lília Cabral em uma festa em um hotel da Barra da Tijuca, no Rio.


À Folha, Silva afirmou que pretende exercitar seu lado jornalístico. Antes de ser famoso autor de novelas da Globo, ele atuava na imprensa. Foi repórter policial e um dos criadores, na década de 70, do jornal gay ‘ Lampião’.


‘Meus comentários na internet têm tom jornalístico. Mas, em razão do meu trabalho na televisão, as pessoas não querem me ver como jornalista’, comenta Silva.


Além de informações sobre suas produções na TV, o site terá entrevistas feitas por ele. A primeira é com a atriz Lília Cabral, que será protagonista de ‘Fina Estampa’, sua próxima novela das oito, que estreia no fim de 2011.


Ele conta não lucrar com seu trabalho na web, que lhe toma, em média, três horas por dia. Ao contrário, paga para manter um assistente e contratará um jornalista.


Como não precisa mesmo de dinheiro, faz tudo pelo ‘prazer’ de se sentir ‘vivo, ativo, aberto às novelas tecnologias’. ‘Entre os meus seguidores, tem gente de 18 anos. Significa que não estou tão caquético’, diz, rindo.


Conhecido pela timidez -na festa, não subiu ao palco para apresentar o site-, Silva também diz ter conseguido fazer amigos por meio da internet, com os quais se encontra pessoalmente. Seu Twitter tem 43 mil seguidores e o blog tem mais de 200 mil acessos por mês.


Apesar dos números, diz, os amigos de verdade que a internet lhe rendeu ‘dá para contar nos dedos da mão’.


 


 


Apresentador Conan O’Brien reestreia nos EUA


O apresentador norte-americano Conan O’Brien estreou anteontem seu novo programa, ‘Conan’, no canal TBS, fazendo piada com o fato de ter sido demitido da NBC em janeiro deste ano.


No ano passado, O’Brien assumiu o ‘Tonight Show’, na NBC, no lugar de Jay Leno, e foi colocado de lado após oito meses, pois Leno reclamou de volta seu posto.


No novo programa, em sua primeira piada, ele se referiu ao nome do novo show: ‘Com ele, vai ser mais difícil colocarem alguém no meu lugar’.


 


 


 


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