Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Sites crescem e apresentam bons resultados em 2009

Enquanto a maior parte das organizações de mídia luta contra a queda de receita, alguns veículos online têm conseguido manter uma postura firme e forte diante da crise financeira. Segundo estimativas de especialistas, os sites americanos Politico e Huffington Post são exemplos de veículos online que devem ter fechado 2009 no azul.


De acordo com dados do site paidContent, o Huffington Post deve apresentar faturamento de US$ 12 milhões a US$ 16 milhões para 2009; já o Politico deve ter excedido US$ 20 milhões no ano que passou. O mais interessante é que, além da boa perfomance financeira, no caso do Huffington Post houve investimento em novos cargos: a equipe aumentou de 49 para 89 funcionários em período integral.


Fontes da indústria jornalística afirmam que o Post, blog criado há quatro anos pela ex-socialite grega Arianna Huffington, hoje tem valor estimado entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões. De acordo com a comScore, o site registrou nove milhões de usuários únicos em novembro de 2009 e cresceu 27% comparado ao mesmo período do ano anterior.


Já o Politico foi lançado há dois anos em conjunto com uma edição impressa gratuita de 32 mil cópias, que é distribuída três dias por semana quando o Congresso americano está em sessão. Cerca de 80 editores trabalham no site. Estima-se que haja sete milhões de usuários únicos por mês, mas a editora Allbritton Communications alega que a maior parte da receita vem da edição impressa.


Para efeito de comparação, o site do New York Times teve 16,6 milhões de visitantes únicos em novembro. O portal Yahoo News atraiu, no mesmo período, 138 milhões de visitantes únicos globais. Estima-se que, no ano fiscal de 2009, as operações globais dos jornais da News Corporation, do magnata Rupert Murdoch, tenham gerado US$ 400 milhões em lucros operacionais e receita de US$ 5,6 bilhões em publicidade e assinaturas. O Politico e o Huffington Post podem ainda não se igualar às grandes empresas de comunicação em equipe ou faturamento, mas são certamente símbolos de uma mudança de cenário na indústria jornalística. Informações de Mercedes Bunz [The Guardian, 4/1/10].