Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Tribunal libera acesso da Folha a processo de Dilma


Leia abaixo a seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Quarta-feira, 17 de novembro de 2010


 


ACESSO A INFORMAÇÃO


Tribunal libera acesso da Folha a processo de Dilma


A Justiça Militar liberou ontem acesso da Folha aos autos do processo que levou a presidente eleita, Dilma Rousseff, (PT) à prisão, durante a ditadura (1964-85).


O jornal havia protocolado no STM (Superior Tribunal Militar) mandado de segurança, em setembro, para ter acesso aos documentos que trazem informações sobre a detenção de Dilma e de outros militantes que atuaram na VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares), uma das organizações da esquerda armada.


O presidente do tribunal, Carlos Alberto Soares, havia trancado em março os documentos num cofre do STM, como revelou a Folha no mês de agosto.


Ao negar acesso, o ministro alegou que queria evitar uso político dos documentos durante o processo eleitoral e que os papeis estavam deteriorados pelo tempo. Ontem, Soares não participou do julgamento.


Na sessão, dez ministros do STM votaram pelo acesso do jornal ao processo. Para eles, trata-se de um ‘processo histórico’, por isso o veto configurava censura e ia contra a liberdade de imprensa.


O relator do mandado de segurança, Marcos Torres, foi o único dos ministros que votou contra o acesso. Segundo Torres, o jornal, ao consultar os documentos, iria invadir a intimidade e a privacidade de Dilma.


A ministra Maria Elizabeth Rocha, que assessorou Dilma na Casa Civil, votou pela publicidade do processo, embora tenha feito a ressalva de que todo e qualquer relato de tortura deveria ser mantido sob sigilo, para se preservar a intimidade dos envolvidos.


Esse argumento também foi rejeitado pelos demais ministros do tribunal militar.


‘Não existe liberdade de imprensa pela metade’, afirmou o ministro Artur Vidigal de Oliveira.


O ministro Fernando Sérgio Galvão, que já havia se posicionado contra o acesso ao processo de Dilma, ontem mudou de opinião, votando a favor da Folha.


A sessão, que durou quase cinco horas, foi considerada ‘histórica’ pelo ministro José Américo dos Santos.


SUSPENSÃO


O julgamento da ação da Folha havia sido suspenso por duas vezes -a última delas depois de um pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) para se manifestar no processo.


Ontem, na retomada da sessão, o órgão argumentou que Dilma e todos os demais réus no processo, mais de 70, deveriam ser ouvidos antes da liberação da papelada.


Os ministros do tribunal, contudo, também rejeitaram esse pedido da AGU.


A Folha poderá consultar o processo somente após a publicação da ata da sessão, o que deve ocorrer na próxima semana.


O vice-presidente do STM, William de Oliveira Barros, que presidiu a sessão ontem (ele não votou), disse que, ‘a princípio’, somente a Folha terá acesso aos autos, já que ‘foi ela quem pediu’.


Taís Gasparian, advogada do jornal, afirmou que a decisão é ‘uma vitória não só da Folha, mas de toda a sociedade’.


‘O STM honrou com sua tradição liberal. É uma vitória um pouco óbvia, já que o processo jamais poderia ficar sob sigilo’, disse a advogada.


Arquivado desde 1970, o processo traz informações de Dilma e de outros réus.


Presa no início daquele ano, a presidente eleita foi condenada pela Justiça Militar de três Estados (Rio de Janeiro, Minas e São Paulo) por subversão. No final de 1972, ela deixou a prisão, onde foi torturada.


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


O fim do domínio ocidental


De Xian, ‘capital do império chinês’, Martin Wolf blogou ontem no ‘Financial Times’ que ‘estamos vendo o fim de séculos de domínio ocidental’. Dá as datas: em 2014 a China passa os EUA, em paridade de poder de compra, e no fim da década terá PIB maior. ‘A transição ocorre ainda mais rapidamente do que o Goldman Sachs previu no célebre relatório dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China).’


O colunista arrisca que os EUA deverão manter a superioridade tecnológica e militar e maior influência cultural e política. Prevê ‘grandes atritos’. No título, ‘Ascensão da China será pacífica?’.


A transição é lenta nos órgãos multilaterais. ‘Times of India’ e ‘Hindu’ destacaram ontem que, ‘apenas uma semana após endossar a Índia para o Conselho de Segurança’, o Departamento de Estado avisou que a reforma não sai ‘tão cedo’.


E em editorial o ‘FT’ anota que o apoio dos EUA à Índia e do Reino Unido ao Brasil foi só ‘meio barato’ de melhorar relações. O ‘anacronismo’ prossegue -e, citando o G20, ‘é mais provável que o Conselho seja ultrapassado do que reformado’.


MAIOR QUE A EXXON


A ‘Forbes’ entrevistou o diretor financeiro da Petrobras e postou o enunciado ‘Nós seremos maiores que a Exxon em 2020’. E no ‘Guardian’, página inteira, ‘Homens de petróleo do Brasil destinados a dominar’. Avalia que a Petrobras alcançará 5,4 milhões de barris/dia nesta década, ‘a maior produção entre todas as companhias abertas do mundo’


Petróleo cubano


O ‘New York Times’ noticiou que, seguindo empresas de Noruega, Venezuela, Índia e Brasil, a gigante russa Gazprom vai prospectar petróleo ‘nas águas cubanas’.


Venezuela-China


E o ‘Valor’ deu na capa que a ‘Venezuela troca os EUA pela China no petróleo’. O país sinaliza vender suas refinarias nos EUA, que compram metade da produção.


LULA NA ÁFRICA


Na CNN, as viagens de Lula à África, levando empresas No rastro da passagem de Lula por Moçambique, a CNN fez longa reportagem sobre os investimentos das empresas brasileiras na África, destacando a mineração da Vale no oeste moçambicano, além de Petrobras e Odebrecht.


‘O grande empurrão para investir no continente vem do topo, com Lula prometendo pagar a dívida histórica que o Brasil tem com a África pelo tráfico de escravos’, diz o correspondente. Sublinha que ‘em Moçambique alguns estão preocupados’ -e ouve de jornalista local que os recursos naturais devem ser resguardados em parte ‘para futuras gerações’.


Na imprensa africana, o moçambicano ‘O País’ e o sul-africano ‘Mail & Guardian’ noticiavam ontem que as empresas brasileiras, mencionando também a Camargo Corrêa, devem investir US$ 500 milhões em Moçambique.


‘A BATALHA DO RIO’


Na ‘Atlantic’, a polícia sobe os morros do Rio ‘como um exército de ocupação’ A edição de novembro da revista americana ‘The Atlantic’, referência progressista no país, publica a longa reportagem ‘A batalha do Rio’, sobre a ‘invasão de favelas’ pela polícia do Rio em preparação para os Jogos de 2016. Acompanha o Bope em operações mortais pelos morros cariocas, com destaque para o Caveirão, ‘The Skull’, sem menção às UPPs.


Por outro lado, a mesma ‘Atlantic’, dias antes, defendeu o Bolsa Família como ‘Uma ideia óbvia que arrisca dar certo: dar dinheiro aos pobres’.


 


 


FAMÍLIA REAL


Noivado vira assunto único no Reino Unido


No Reino Unido, ontem, bastou o anúncio do casamento para que os canais de notícias esquecessem dos outros assuntos.


Só interessava o ‘casamento do século’, como rotulou uma jornalista da Sky News, apesar de estarmos na primeira década.


Repórteres correram para a casa dos pais da noiva, onde a polícia impedia o avanço dos jornalistas.


Funcionários de farmácias e supermercados próximos foram entrevistados para comentar como é a família, o que compram etc.


Até soldados no Afeganistão foram ouvidos para falar do príncipe, que esteve no país recentemente.


O primeiro-ministro, David Cameron, foi interrompido numa reunião de gabinete para ser informado sobre o anúncio.


Ligou para o príncipe e depois deu uma coletiva sobre o assunto. Disse que era um dia de festa para todo o país. E confessou que dormiu na rua para acompanhar o casamento de Charles e Diana.


 


 


TECNOLOGIA


EUA devem nomear ‘czar’ da privacidade na internet, diz jornal


O governo dos Estados Unidos deve anunciar nas próximas semanas a nomeação de um ‘czar’ para monitorar o respeito à privacidade na internet, além de novas leis de regulação do setor, diz o ‘Wall Street Journal’.


A escolha, caso confirmada, marcará uma mudança nas políticas americanas para a web. As administrações anteriores buscavam não regular fortemente o setor com medo de que o aumento do controle pudesse inibir o seu avanço.


Porém, ainda de acordo com o ‘Wall Street Journal’, a visão do governo dos Estados Unidos mudou porque as informações pessoais vêm ganhando cada vez mais força na economia da internet.


No início deste mês, o Facebook confirmou que uma corretora de dados estava comprando de desenvolvedores de aplicativos informações privadas de usuários da principal rede social global.


Outro caso controverso foi o do Google, que reconheceu que recolheu e-mails, senhas e endereços de internet de usuários de computadores em vários países, quando captou informações para o serviço Google Street View.


Os EUA não têm uma lei abrangente de proteção à privacidade do usuário de internet, ficando atrás de países como a Alemanha, o Canadá e o Reino Unido.


 


 


Google acusa a China de violar regras da OMC de acesso à internet


O Google publicou um documento no qual diz que a China viola normas da OMC (Organização Mundial do Comércio) ao não permitir livre acesso à informação que circula na internet.


Segundo a empresa, os chineses têm limitações para acessar conteúdo de provedores não localizados no país.


‘Além de não respeitar direitos humanos, governos que bloqueiam o fluxo livre de informações na internet estão bloqueando o crescimento econômico’, afirmou o diretor de políticas públicas do Google, Bob Boorstin.


Até janeiro deste ano, seguindo políticas do governo chinês, o Google censurava alguns resultados de busca no país. Já em março, a companhia encerrou suas atividades na China e, a partir de então, direciona os internautas ao seu domínio em Hong Kong.


Desde então, a companhia tenta, sem sucesso, retornar ao país asiático, no qual perdeu espaço para o Baidu, site de buscas local.


De acordo com o documento, com a criação da OMC, em 1995, as normas de livre mercado internacional abrangem buscadores da internet, e isso não está sendo cumprido. Para os governantes chineses, entretanto, suas políticas estão de acordo com as normas.


Dessa forma, o Google engrossa a lista dos críticos ao modelo de comércio chinês. O governo dos EUA abriu no mês passado investigação para apurar se a China violou regras da OMC ao subsidiar a exportação de produtos ligados à transmissão de energia.


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimenez


Record realiza ‘Enem’ do reality show ‘O Aprendiz’


A Record vai realizar uma espécie de Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) do seu ‘Aprendiz’.


A emissora reunirá participantes de edições anteriores do programa em um especial que testará os conhecimentos e habilidades deles após passarem pelo reality show.


Batizado de ‘Aprendiz – O Desafio’, o formato irá ao ar no dia 23 de dezembro e será disputado por 18 participantes: seis das primeiras edições da atração, só com executivos, seis da edição ‘Aprendiz – O Sócio’ e seis do ‘Aprendiz – Universitário’.


Divididos em duplas, os participantes terão de encarar três provas de campo (fora do estúdio), que deverão ser cumpridas em 24 horas.


Uma quarta prova trará um enigma e o último e grande desafio do programa será um teste de lógica, disputado por dois finalistas.


O vencedor ganhará um carro zero quilômetro, de marca ainda a ser definida com o patrocinador do programa.


Sob o comando de João Doria Jr., o especial será um aquecimento para a próxima edição de ‘O Aprendiz’, que foi adiada para o segundo semestre de 2011.


O reality, que já tem mais de 30 mil inscritos, dará como prêmio uma quantia em dinheiro e uma franquia de um negócio, provavelmente na área de alimentação.


CONSTRUÇÃO


Malvino Salvador viverá Antônio na microssérie ‘Amor em Quatro Atos’ (Globo), baseada em canções de Chico Buarque, que estreia em janeiro


Quadrinhos Marcelo Tas e a turma do ‘CQC’ vão virar personagens de quadrinhos. O programa da Band será homenageado pela ‘Turma da Mônica’ em uma historinha que será lançada em janeiro.


Sem planos Geraldo Luís virou assunto proibido na Record. A produção do apresentador foi dissolvida e ele não é mais visto na rede. Nos bastidores se fala na volta do ‘Balanço Geral’, mas sob o comando de João Leite Neto. A Record não comenta o caso.


Fila Não está nos planos da Sky a curto prazo o lançamento do Telecine Fun.


Matança Melina (Mayana Moura) é forte candidata a ser a próxima assassinada em ‘Passione’ (Globo).


Venda Sobre os boatos de que estaria negociando a venda de sua parte acionária na RedeTV!, Marcelo Carvalho, vice-presidente da emissora, faz piada: ‘Já estou até gastando o dinheiro por conta. Quando vender, a imprensa será a segunda a saber. O primeiro será o dono do banco’.


Chance Patrícia de Sabrit voltará às novelas em ‘Amor & Revolução’, próximo folhetim de Tiago Santiago no SBT.


Troca A MTV já procura uma nova VJ para 2011. Com isso, uma VJ das antigas perderá o posto.


Licença Grávida de gêmeos, Betty Gofman deixará ‘Ti Ti Ti’ (Globo) antes do final da trama, em março. A atriz ficará só até janeiro.


com SAMIA MAZZUCO


 


 


Clarice Cardoso


Reality ‘A Colônia’ simula vida numa Los Angeles apocalíptica


É o fim do mundo como o conhecemos. Uma pandemia deixa Los Angeles em frangalhos, e cabe a dez pessoas reconstruir a sociedade.


Essa é a premissa de ‘A Colônia’, que estreia hoje, no Discovery Civilization. O reality traz voluntários vivendo em circunstâncias semelhantes às de uma catástrofe real.


Engenheiros e psicólogos foram escalados para criar as condições apocalípticas. Há desafios extras, como ataques de saqueadores.


John Cohn, 51, Ph.D em engenharia de computação, é um dos participantes. ‘Nunca esquecemos que era [um programa de] TV, mas foi como se nossos cérebros animais aflorassem. Foi o mais realista que uma experiência assim poderia ser’, disse à Folha, por telefone, de Vermont (EUA).


A repercussão da experiência alcançou a vida profissional do engenheiro. ‘O programa me fez lembrar de como a tecnologia pode ajudar e mudei o foco do meu trabalho para a sustentabilidade’, afirma.


O episódio de estreia está disponível em discoverybrasil.com/web/colonia.


 


 


REDE SOCIAL


Bruno Romani


Myspace luta contra a perda de popularidade


Pouco mais de cinco anos após gastar US$ 580 milhões na sua aquisição, a News Corp descobriu: o Myspace é um problema.


Há duas semanas, o presidente do grupo, Chase Carey, disse que os prejuízos do site são ‘inaceitáveis e insustentáveis’. Os resultados do Myspace, segundo Carey, serão medidos ‘em trimestres e não em anos’.


O declínio, porém, parece inevitável. A cada mês, o tráfego encolhe e a concorrência cresce. Em outubro deste ano, segundo a comScore, o número de visitantes únicos do Myspace caiu 9% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o Facebook e o Twitter cresceram respectivamente 55% e 26%.


E essas perdas já foram piores. Em janeiro de 2009, por exemplo, o Myspace encolheu 28%, enquanto o Facebook cresceu 149% -os números são da Hitwise.


De fato, o ano decisivo na trajetória do Myspace foi 2006. Até setembro daquele ano, o Facebook era um dinossauro confinado em uma gaiola, pois era restrito a universitários americanos.


O Myspace, por outro lado, vivia seu momento mais glorioso: maior rede social do mundo, patrocinador de shows de rock, dono de programa na TV inglesa e semeador de escritórios regionais pelo mundo, inclusive no Brasil. Parecia mesmo que Rupert Murdoch, o dono da News Corp, tinha um bilhete premiado nas mãos.


Mas já naquela época, a rede social carregava rótulos e problemas que ainda persistem: interface complicada e santuário de spam.


Além disso, o Myspace demorou a abrir sua plataforma para que desenvolvedores independentes criassem aplicativos -fator importante para o sucesso do Facebook, que hoje tem mais de 500 milhões de usuários.


Com a sangria de participantes e perdas financeiras, vieram as demissões, o fechamento de escritórios mundiais (o brasileiro incluso) e troca constante de executivos (os últimos dois presidentes ficaram menos de um ano no cargo).


Agora, após reformular o site e o logotipo, aquela que já foi a maior rede social do mundo tenta emplacar como site de entretenimento. Será tarde demais?


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Quarta-feira, 17 de novembro de 2010


 


MÚSICA


Os Beatles chegam à rede


Finalmente os Beatles chegaram à internet. A Apple, fabricante de eletrônicos, anunciou ontem um acordo com a Apple, empresa que cuida dos direitos autorais da banda, para vender em formato digital as músicas gravadas por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Até então, as canções do quarteto britânico, formado em 1960, não tinham versões digitais oficiais à venda na loja da Apple, a iTunes, ou outros serviços parecidos.


A Apple dos Beatles tinha resistido à venda por download até agora. A situação era ainda mais complicada por causa de uma antiga disputa com a Apple de Steve Jobs por causa da marca. Ambas empresas chegaram a um acordo em 2007 para usar tanto o nome quanto o logotipo de uma maçã, o que, para analistas, abriu caminho para a venda de músicas na internet.


Até então, fãs dos Beatles precisavam copiar as músicas a partir de um CD para poder escutá-las em seus iPods – ou copiar os arquivos de um terceiro, ainda que de forma ilegal.


A loja de música da Apple iTunes Store, disponível apenas em 25 países (o Brasil não está entre eles) venderá todos os 13 álbuns de estúdio dos Beatles e mais uma coletânea em dois volumes.


Um box especial para o iTunes também inclui o vídeo do primeiro show dos Beatles nos EUA, em 1964. Cada álbum é vendido por US$ 12,99, e as músicas individuais por US$ 1,29. Os álbuns duplos custam US$ 19,99. O box especial, que inclui todos os álbuns e o vídeo do show, sai por US$ 149.


‘Estou particularmente feliz que não me perguntarão mais quando os Beatles entrarão no iTunes’, disse Ringo Starr em comunicado. ‘Finalmente, se você quiser, pode tê-los.’ O acordo foi fechado depois de anos de negociação entre o fundador da Apple, Steve Jobs, a empresa dos Beatles, a Apple, e a gravadora EMI. As negociações por um acordo foram frustradas anteriormente por preocupações das pessoas que protegem o legado dos Beatles, incluindo receios de que o valioso catálogo de canções perderia o valor ao ser vendido como músicas individuais ou aumentando o potencial de pirataria digital.


A disponibilidade dos álbuns de sucesso como Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band, Revolver e Abbey Road deve impulsionar as vendas de música digital nesse trimestre, enquanto fãs baixam as músicas para encher seus iPods e outros aparelhos de mídia.


O primeiro indício de um possível acordo surgiu em 2007, com o fim da disputa de décadas entre as Apples. Mas Yoko Ono, viúva de John Lennon; Olivia Harrison, viúva de George Harrison; e dois Beatles remanescentes, Paul McCartney e Starr, entraram em desacordo sobre se permitiriam que a música fosse oferecida em formato digital, para download.


‘O lançamento pode ampliar o alcance demográfico, e talvez vender mais iPods’, disse o analista Colin Gillis, da BGC Partners. ‘No trimestre das festas, as vendas de iPod realmente importam para a Apple. Esperamos que as vendas alcancem 20 milhões de unidades.’


A EMI, responsável pela comercialização dos discos dos Beatles, informou que o acordo prevê exclusividade até o ano que vem, mas não informou em que momento de 2011 essa exclusividade terminará.


‘Para a Apple, foi uma cruzada pessoal do Steve Jobs’, afirmou Mark Mulligan, analista da Forrester Research. / AP E REUTERS


 


 


TELEVISÃO


Cristina Padiglione


BBC se desfaz de sociedade no Animal Planet


Mesmo com o fim do casamento no papel, a BBC e a Discovery manterão até 2014 parcerias de cooperação na produção de grandes documentários e séries focadas em efeitos naturais como Life e Planeta Terra, sem falar em Frozen Planet, título já planejado para 2011, sobre o ciclo de estações climáticas. O feito prenuncia o tom amigável da cisão entre os dois grupos, que anteontem anunciaram a compra, pela Discovery Communications, dos 50% que cabiam à BBC no Animal Planet e no Liv. O negócio totalizou a ‘bagatela’ de US$ 156 milhões. Parte disso será gasto no desenvolvimento de novos projetos digitais internacionais do grupo britânico.


Fio a fio


Leila Yatabe recebe aqui as preciosas dicas de Wanderley Nunes, em cena para mais um episódio produzido no Brasil para o reality show 10 Anos Mais Jovem. No ar hoje, pelo Discovery Home&Health, às 21h30.


150 horas de combate no Afeganistão foram filmadas para Restrepo, documentário vencedor do Grande Prêmio do Júri em Sundance, que estreia na Fox nesta sexta


‘Você ganhou a vida com a voz. O SBT é a sua voz. Tomara que você não perca a voz.’


Bilhetinho solidário de Moacyr Franco enviado ao patrão e amigo Silvio Santos


No ar como o desajeitado protagonista da série Afinal, o Que Querem as Mulheres?, Michel Melamed posta, ele mesmo, ideias sobre o amor no Blog do personagem André Newmann (http://afinaloquequeremasmulheres.globo.com/andrenewmann/).


E logo depois da estreia de Afinal…, na semana passada, como relata a jornalista Patrícia Villalba, do Estado, as moças correram para a internet: ‘Casa comigo!’, escreveram as mais atiradas. A pergunta é: como André mantém um blog se, na série, usa máquina de escrever?


Além de participar de dois especiais de fim de ano na Globo, Rodrigo Santoro trabalha em Rio, novo longa-metragem de animação de Carlos Saldanha (A Era do Gelo). ‘É um trabalho complicado, porque não é apenas dublar, mas criar um personagem junto com a equipe’, disse ele a Patrícia Villalba.


Toca o Vivaldi, toca o Vivaldi aê: na pegada do funk Gaiola das Cabeçudas, os Irmãos Lima Lucas e Moisés participam amanhã do 15 Minutos de Marcelo Adnet, na MTV, com violino pronto para o mix de ritmos.


Cauã Reymond já tem destino certo depois que seu drogadito alcançar redenção em Passione: a Globo o aguarda para a próxima novela das 6, na melhor torcida pela plena recuperação de uma cirurgia a que o ator se submeteu recentemente no quadril.


A NBC renovou na última segunda-feira, por mais uma temporada, a aclamada série de comédia 30 Rock. A renovação acontece na mesma época em que a série comemora o 100.º episódio.


Lauro César Muniz Solta o Verbo é a biografia que a Imprensa Oficial lança em breve sobre a vida do autor de novelas como Casarão, O Salvador da Pátria e Poder Paralelo, feita por Hersch Basbaum.


 


 


 


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