Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Venezuela sob censura


Leia abaixo a seleção de quinta-feira para a seção Entre Aspas.


 


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O Estado de S. Paulo


(www.estadao.com.br)


Quinta-feira, 10 de junho de 2010


 


HUGO CHÁVEZ


O Estado de S.Paulo


A Venezuela sob censura


‘O caudilho Hugo Chávez acaba de dar um passo decisivo para o estabelecimento de um Estado totalitário na Venezuela. O cerco sistemático à liberdade de imprensa no país – com a cassação de emissoras, a obrigatoriedade da transmissão de seus discursos, o uso da publicidade oficial para domesticar a mídia e a truculência contra o único canal de TV oposicionista, a Globovisión – será drasticamente reforçado pelo poder que o governo se autoconcedeu de controlar a informação na sua origem. Pior do que isso, só o monopólio estatal da comunicação de massa que vigora em Cuba.


O garrote chavista tomou a forma do decreto, baixado na semana passada, que cria o Centro de Estudo Situacional da Nação (Cesna). O organismo poderá declarar ‘de caráter reservado, classificado ou de divulgação limitada qualquer informação, fato ou circunstância’ considerados de ‘interesse nacional’. Em outras palavras, periódicos, emissoras, blogs e até usuários de mensagens instantâneas ficam proibidos de divulgar seja lá o que o governo carimbar como sigiloso. Se o fizerem, poderão ser processados por crime contra a segurança nacional ou prática de terrorismo. A pena prevista é de 5 a 10 anos de prisão.


O Cesna funcionará ao mesmo tempo como censor e centro de inteligência. Ficará incumbido de ‘recopilar, processar e analisar todas as informações que provenham das instituições de Estado e da sociedade sobre qualquer aspecto de interesse nacional’, para prover o Executivo de ‘apoio analítico-informativo’. Nada, em princípio, lhe será estranho. Agências desse tipo, com amplos e discricionários poderes, são características dos regimes totalitários de qualquer coloração. É praticamente certo que as digitais do castrismo estejam no seu estatuto. ‘Consultores’ cubanos povoam a administração civil, as Forças Armadas e as estatais venezuelanas.


Certa vez, Chávez comentou com Fidel que só ficou sabendo das estatísticas mais recentes do setor de saúde venezuelano por intermédio de seus anfitriões em Havana. Inspirado por seus mentores, o caudilho quer que doravante os venezuelanos saibam apenas o que ele quer que saibam. E se algo não falta na Venezuela é o que esconder da sociedade. Tomem-se, por exemplo, os dados sobre a criminalidade no país, onde em 2008 foram assassinados 107 de cada 100 mil habitantes, recorde na região; o apodrecimento, nos portos e aeroportos venezuelanos, de alimentos trazidos do exterior; mesmo a cotação do dólar no mercado negro fixada, paradoxalmente, pelo governo.


O público também será privado de informações sobre a corrupção em estatais como a PDVSA (petróleo) e a Pdval (alimentos), ou sobre desastres ecológicos no Lago de Maracaibo, aponta o ex-presidente do Colegio Nacional de Periodistas, Manuel Isidro Molina. Ele qualifica o Cesna de ‘barbaridade antidemocrática’ e outro abuso de poder de Chávez, que ‘a cada dia mostra sua vocação militarista de controle e a visão de ‘aniquilamento do inimigo’ que o perturba’. O sindicato nacional dos trabalhadores na imprensa manifestou-se contra ‘a estratégia abrangente para limitar as liberdades dos cidadãos’, de que o Cesna faz parte, a fim de ‘restringir ainda mais o direito constitucional à informação’.


Outras vozes repudiaram o decreto que, para todos os efeitos, deixa a Venezuela sob censura. O Fórum para os Direitos Humanos e a Democracia denunciou a ‘criminalização do dissenso e da crítica’, entretecida na mordaça. Por sua vez, o diretor da ONG Espaço Público, Carlos Correa, lembra que essa não é a primeira tentativa chavista de criar um mecanismo totalitário. Em junho de 2008, com efeito, vigorosos protestos liderados por grupos de direitos humanos obrigaram o caudilho a revogar a famigerada Lei de Inteligência e Contrainteligência, que na prática faria de cada venezuelano um espião. Ficou conhecida como ‘lei sapo’ ? na gíria local, sapo é sinônimo de delator.


Agora, acusa a diretora da ONG Controle Cidadão, Rocío San Miguel, o Cesna é uma ‘declaração formal de estado de exceção permanente’.’


 


 


INTERNET


Ricardo Gozzi


BP compra termos sobre vazamento no Google e Yahoo!


‘A British Petroleum (BP) confirmou hoje a compra de termos de busca em inglês nos sites de pesquisa Google e Yahoo! relacionados ao vazamento de petróleo no Golfo do México. De acordo com a petrolífera britânica, o objetivo da ação é aumentar a exposição de seus esforços para conter um derramamento iniciado em abril e que, com o passar das semanas, tornou-se o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.


Já os críticos afirmam que a verdadeira intenção da BP é dificultar o acesso a notícias negativas sobre o tema, quando os resultados de busca aparecerem na tela do internauta. A BP não revelou quanto pagou pela compra de palavras em inglês relacionadas ao vazamento de petróleo nos mecanismos de busca Google e Yahoo!. Com a compra, quando o internauta pesquisa, por exemplo, ‘BP oil spill’ (termos em inglês para ‘BP vazamento de petróleo’), os primeiros resultados disponíveis na tela o direcionam a páginas da companhia.


A BP tem sido alvo de críticas públicas de autoridades dos Estados Unidos. O próprio presidente norte-americano, Barack Obama, criticou a petrolífera por gastar dezenas de milhões de dólares em publicidade e ações de marketing para limitar os danos a sua imagem.


Obama e Cameron


No próximo fim de semana, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, deve discutir o vazamento de petróleo da BP com o presidente Barack Obama. Os dois líderes devem falar por telefone, no momento em que cresce em Londres o temor sobre os ataques do governo norte-americano à companhia britânica.


Em seus primeiros comentários sobre o tema, Cameron disse entender a ‘frustração’ da administração Obama no caso. ‘Eu entendo a frustração do governo dos EUA, porque essa é uma catástrofe para o meio ambiente’, disse Cameron, durante visita ao Afeganistão. ‘Obviamente, todos querem que tudo seja feito como deve ser. Claro que isso é algo que tratarei com o presidente americano.’


A conversa por telefone será a primeira desde que Obama telefonou para Cameron para cumprimentá-lo em 11 de maio, dia da posse do britânico no cargo. Funcionários do Reino Unido rechaçaram, no entanto, que o telefonema seja uma espécie de diálogo sobre a crise. Um funcionário do governo Cameron, pedindo anonimato, notou que esta não era uma divergência entre os dois governos, mas entre ‘um conglomerado privado e o governo dos EUA’. A BP era a maior companhia do Reino Unido em valor de mercado até o vazamento, que derrubou o preço de suas ações. Nos últimos dias, o governo Obama subiu o tom das críticas à empresa. As informações são da Dow Jones.’


 


 


ITÁLIA


Reuters


Berlusconi deixa Zapatero sozinho em coletiva após encontro em Roma


‘O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, provocou uma embaraçosa situação nesta quinta-feira, 10, durante uma coletiva de imprensa, quando repentinamente deixou o local em que discursava junto do chefe do governo da Espanha, José Luiz Zapatero.


Ambos os líderes acabavam de terminar seus discursos quando Berlusconi disse aos jornalistas presentes que dirigissem as perguntas a Zapatero, cumprimentou o convidado, apertou sua mão e depois deixou o local.


‘Deixo meu amigo com as perguntas dos jornalistas espanhóis, sobretudo sobre a visita do papa, e o saúdo como se saúda um santo, porque recebeu a bênção do papa e está em estado de graça’, disse Berlusconi enquanto abandonava a sala.


Depois de ficar sozinho frente aos jornalistas, Zapatero sorriu e olhou fixamente para a direção para onde o italiano saiu andando. Momentos depois, ele deixou o palanque. O espanhol, então, voltou momentos mais tarde para ouvir as perguntas dos repórteres, embora a confusão já havia feito com que a coletiva deixasse de ser transmitida em alguns canais.


Não ficou claro se a saída de Berlusconi sem aceitar as perguntas foi provocada por sua cada vez mais fria relação com a imprensa italiana ou por algum motivo particular em relação a Zapatero. Seu porta-voz, Paolo Bonaiuti, porém, assegurou por meio de comunicado que ‘não existe nenhuma intriga, nenhum mistério’ na saída repentina de Berlusconi.


‘Na contínua obsessão de encontrar sempre e de qualquer modo algo estranho, algumas agências de notícias superaram o inverossímil. Ao término de um muito cordial encontro, os dois chefes de governo compareceram juntos para fazer declarações à imprensa’, anunciou o porta-voz. ‘Depois das declarações, Berlusconi, em um ato de cortesia, deixou a sala para dar a chance ao convidado desenvolver de modo autônomo à imprensa seus relatos da visita à Roma. Não houve quebra de protocolo’, concluiu Bonaiuti.’


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimenez


BBB 11 terá votação futurista


‘O Big Brother Brasil 11, que estreia em janeiro, promete inovar em seu sistema de votação. Com a chegada de novos sistemas de interatividade via celular e TV digital, a Globo já prepara um novo esquema de eliminação para o reality. Com a novidade, quem votar via celular não terá mais de discar um número específico de SMS para escolher o participante a ser eliminado, bastará clicar na foto do emparedado da vez na tela do celular compatível com a nova tecnologia, claro. Uma tecnologia que oferecerá votação similar, só que via televisor com sinal digital, também está sendo preparada. Com a facilidade, o número de votos do BBB deve aumentar ainda mais.


Liquidificador


Bruno Mazzeo (da dir. para a esq.) se junta a Fabíula Nascimento, Renata Castro Barbosa, Fábio Porchat, Débora Lamm e Gregório Duvivier no início das gravações de Tudo Junto e Misturado, nova série de humor, que estreia no segundo semestre na Globo.


2017 é quando termina o atual contrato do apresentador Rodrigo Faro, renovado recentemente com a Record, um dos mais longos da emissora.


‘João Doria pegou o cordão umbilical, deu um nó no pescoço e já saiu de gravata na foto do parto’ Um dos #joaodoriafacts, criado no Twitter na final de O Aprendiz


O Aprendiz chegou ao fim na Record anteontem com a menor média das finais do reality: 8 pontos de audiência. Em 2009, ainda sob comando do Roberto Justus, a final registrou média de 14 pontos. Em 2008, a final bateu recorde, com 17 pontos de ibope.


Circulou no início da semana que o jogador Ronaldo estaria negociando com emissoras de TV para ser comentarista durante a Copa. Em cima da hora, não? A Band, apontada como interessada, fez cara de paisagem com a notícia.


Diretora do canal Fashion TV no Brasil, Maria Prata deve assumir o comando da marca na América Latina. O canal brasileiro será uma espécie de modelo para os outros países.


A Globo iluminará, a partir de sexta-feira, suas torres da Alameda Santos e da Berrini, em São Paulo, de verde e amarelo. Avisa que é para apoiar a seleção na Copa.


A partir deste mês, Amaury Jr. gravará alguns dos seus programas da RedeTV! com convidados, em uma bancada montada especialmente no seu Club A.


Silvio Santos? Não, a sensação nos corredores do SBT nos últimos dias é Raul Gil que, apesar de estrear por lá só depois da Copa, passeia pela emissora todos os dias e conversa com todos.


De carona em Passione, da Globo, tem curso de italiano oferecendo promoções envolvendo aulas em Firenze e visita a paisagens do personagem Totó (Tony Ramos).


4.401 crianças se inscreveram no site do Discovery Kids para virar apresentador do canal. O processo de seleção já começou e o eleito (a) entrará no ar em vinhetas em agosto.


Já assediado outras vezes pela Record, Milton Leite, da Sportv, voltou para a mira da emissora. Coisa para depois da Copa.’


 


 


ELEIÇÃO


Daniel Bramatti


Estado e TV Gazeta farão série de debates


‘O Grupo Estado e a TV Gazeta vão promover de forma conjunta debates entre os principais candidatos à Presidência da República e ao governo de São Paulo. A programação contempla datas no primeiro e no segundo turno, caso as eleições não sejam definidas já no dia 3 de outubro.


Também está programado um debate entre os seis principais candidatos ao Senado por São Paulo – a lista será definida com base em pesquisa realizada em data próxima ao programa.


Alcance


‘A parceria com a Gazeta adiciona a TV aberta às demais iniciativas multiplataforma do Estadão nestas eleições, no papel, nas mídias digitais e na rádio’, disse Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do Grupo Estado.


‘Essa parceria com o Estado dará mais peso político aos debates, pois eles serão transmitidos simultaneamente pela TV e pela Rádio Gazeta, pela Rádio Eldorado e pelo portal de internet estadão.com.br’, afirmou Dácio Nitrini, diretor de Jornalismo da TV Gazeta.


A série deve ter início no dia 3 de agosto, com os concorrentes ao governo paulista. No dia 24 de agosto, será a vez dos candidatos ao Senado. José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) serão os convidados no dia 14 de setembro, a pouco mais de duas semanas do primeiro turno.


Se houver segundo turno, os dois mais votados para o governo paulista voltarão aos estúdios da TV Gazeta no dia 6 de outubro, e os presidenciáveis, no dia 13.


Regras


O formato dos programas estabelece que os candidatos debaterão entre si e responderão a perguntas de jornalistas dos dois grupos de comunicação. Um desses entrevistadores será o jornalista Paulo Markun, contratado pela TV Gazeta após sua saída da presidência da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura. A mediadora dos programas será Maria Lydia Flandoli, âncora do Jornal da Gazeta.


‘Os debates terão um formato clássico, do tipo que mais expõe os candidatos’, afirmou Nitrini. ‘Essa é uma das vantagens da televisão. Os eleitores terão a oportunidade de julgar se os candidatos serão sinceros e firmes ao defender suas propostas para o País.’


Apenas os principais candidatos devem participar dos debates estadual e nacional. Os representantes de partidos pequenos serão convidados a apresentar suas propostas, um a um, em programas jornalísticos da emissora no decorrer da campanha.’


 


 


PRIVACIDADE


Sílvio Guedes Crespo


Google deve enfrentar ação criminal por violação de privacidade


‘A entidade sem fins lucrativos Privacy International, com sede em Londres, anunciou que planeja entrar com uma ação criminal contra o Google no Reino Unido, acusando a empresa de violação de privacidade, informa o jornal britânico Financial Times.


Especificamente, a instituição quer abordar o caso do Google Street Views, em que a companhia coletou, ao longo de três anos no Reino Unido, dados que eram transmitidos sem proteção por meio da rede sem fio WiFi (saiba mais).


Em entrevista ao jornal francês Le Monde, um dos fundadores do Google, Larry Page, pediu desculpas pelo acontecido, alegando ter ‘coletado dados que não queria coletar’. No entanto, a Privacy International, considera que a companhia teve acesso às informações deliberadamente.


A entidade disse que entrará com a ação no começo da semana que vem.’


 


 


CONCORRÊNCIA


Reuters


EUA vão investigar a Apple


‘Órgãos reguladores antitruste nos Estados Unidos planejam investigar se a Apple está indevidamente impedindo concorrentes como o Google de divulgar anúncios no iPhone, iPad e iPod, afirmou o Financial Times nesta quinta-feira.


Os reguladores já começaram a estudar as ações da Apple, segundo o jornal, citando pessoas próximas ao assunto.


Ainda não está claro, no entanto, se a Comissão Federal de Comércio ou o Departamento de Justiça realizarão uma investigação, segundo o FT.


A Apple não pôde ser contatada imediatamente para comentar o assunto fora do horário comercial.


Na quarta-feira, o Google disse que mudanças recentes no acordo da Apple com desenvolvedores prejudicaria as ferramentas de anúncios do Google para o iPhone, criando barreiras ‘artificiais’ à competição.


A Apple alterou a linguagem do acordo na segunda-feira, sugerindo a proibição a certas agências de publicidade terceirizadas de coletarem dados importantes de aplicativos do iPhone.’


 


 


PUBLICIDADE


Reuters


Google contra o iAds


‘O Google afirmou nesta quarta-feira, 9, que as recentes mudanças no acordo da Apple com programadores de aplicativos para o iPhone vão, efetivamente, tornar inócuas suas ferramentas de publicidade no aparelho, criando barreiras ‘artificiais’ de concorrência.


A Apple alterou palavras no acordo na segunda-feira, 7, de forma que o documento parece proibir que agências de publicidade de terceiros possam coletar dados de uso de aplicativos de iPhone.


Isso prejudicaria agências de publicidade na concorrência com a rede de publicidade que a própria Apple vai lançar em 1º de julho, uma vez que dificulta a criação de anúncios dirigidos.


‘Essa mudança não é do interesse do usuário ou do programador’, disse em seu blog Omar Hamoui, fundador da empresa de publicidade móvel AdMob, recentemente comprada pelo Google.


Hamoui afirmou que o Google vai protestar a medida da Apple, que não quis comentar as alterações no acordo.


‘Barreiras artificiais contra a concorrência prejudicam o usuário e o programador e, a longo prazo, impedem o desenvolvimento tecnológico’, disse Hamoui.


Recentemente, a AdMob divulgou dados apontando que cerca de um terço de seus anúncios em abril eram para aparelhos tipo iPhone, como iPad e iPod Touch.’


 


 


 


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Folha de S. Paulo


Quinta-feira, 10 de junho de 2010


 


FUTEBOL


Kenneth Maxwell


A Copa do Mundo


‘A partir de amanhã, boa parte do mundo estará vendo futebol na África do Sul.


Uma em cada duas pessoas deve acompanhar a Copa do Mundo pela televisão, e YouTube e Coca-Cola assinaram um acordo pelo qual usuários de todo o mundo podem postar vídeos sobre suas reações.


Nike e McDonald’s consideram que a Copa do Mundo seja um negócio mais importante que a Olimpíada de Pequim.


O futebol surgiu no Reino Unido na década de 1860 e se espalhou primeiro pelo império britânico e depois pelo francês, na África e na Ásia.


No Brasil, já havia clubes de futebol na virada para o século 20. Desde a metade dos anos 90, porém, o futebol se tornou o verdadeiro esporte internacional e internacionalizado.


Em 1995, a Corte Europeia de Justiça sustentou o direito à liberdade de movimento de jogadores em um processo aberto pelo meio-campista belga Jean-Marc Bosman. Depois disso, tornou-se difícil manter cotas para limitar a presença de jogadores estrangeiros em times da Europa, e as restrições começaram a ser contornadas também pela concessão de dupla cidadania.


Em 1996, a Fifa abandonou as regras que limitavam o número de estrangeiros autorizados a jogar nos times europeus. Isso, por sua vez, propiciou vastos lucros ao esporte com a venda de direitos de televisão e resultou em elevação substancial nos salários dos jogadores.


O Professional Football Player’s Observatory (http://eurofootplayers.org) acompanha a mobilidade e os salários dos jogadores expatriados. O Brasil, com 163 jogadores em equipes europeias, é o maior exportador mundial de jogadores, seguido pela Argentina, com 103.


Algumas pessoas, como o técnico José Mourinho, acreditam que isso torne a Copa do Mundo uma competição inferior à disputa entre as principais equipes europeias. Na preparação para a Copa do Mundo, porém, a Fifa classifica o Brasil como número um em seu ranking. O técnico Dunga está otimista quanto às chances do Brasil.


O único país -excetuados, ironicamente, Cuba e Venezuela- no qual o beisebol continua a ser o esporte favorito e que não se interessa de verdade pela disputa na África do Sul continua a ser os EUA.


Jack Kemp, um político republicano já morto, que no passado havia sido jogador profissional de beisebol, resumiu sua hostilidade ao futebol descrevendo-o como ‘um esporte socialista europeu’.


No entanto, hoje a população latina dos EUA supera os 40 milhões de pessoas. Pode-se ter certeza de que, a partir de amanhã, todos eles estarão grudados à cobertura da Copa do Mundo pela rede de TV hispânica Univision.


KENNETH MAXWELL escreve às quintas-feiras nesta coluna.


Tradução de PAULO MIGLIACCI.’


 


 


ELEIÇÃO


Plínio Fraga


PT usa aliados para minar vantagem de Serra na TV


‘O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, terá maior exposição nacional na TV em junho, mas a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, contará com grande número de inserções regionais no vídeo para se contrapor à maior presença tucana.


Serra terá neste mês, quando ocorre a oficialização das candidaturas, 40 minutos em inserções nacionais e 631 minutos em inserções regionais na TV -sendo 301 minutos do PSDB e 330 dos demais partidos aliados.


Dilma não tem mais inserções nacionais neste mês, mas pode ser beneficiada por 680,5 minutos em inserções regionais, sendo 259,5 minutos do PT e 421 minutos de partidos aliados.


A campanha tem registrado variações na intenção de voto de acordo com a exposição na televisão e no rádio.


Em maio, depois de o PT usar 15 minutos da propaganda partidária em inserções nacionais na TV para promover Dilma, a petista cresceu sete pontos e foi a 37%, empatando com Serra, que antes tinha 42%.


O DEM fez o mesmo em favor do tucano, nas inserções televisivas que foram ao ar entre 18 e 25 de maio, mas, com a pesquisa Datafolha concluída em 21 de maio, o efeito foi pouco sentido.


Em junho, o PPS usa seu tempo desde o dia 3, com 20 minutos de inserções nacionais sendo encerradas hoje, para atacar de forma indireta o governo federal. Criticou as fraudes no Enem e a ‘educação de má qualidade’.


O PSDB usará seu tempo para tentar alavancar Serra entre 15 e 29 de junho, no embalo da convenção que ratificará seu nome, no dia 12.


TENDÊNCIA NATURAL


As inserções -propagandas de 30 segundos ou 1 min de duração cada uma- são vistas pelos marqueteiros como a melhor forma de convencimento do eleitor, que absorve a mensagem política em meio ao entretenimento.


A tendência natural, a seguir os exemplos anteriores, será o crescimento da candidatura tucana. Mas Dilma começou a usar o trunfo pouco medido até aqui: ocupar as inserções regionais do PT.


Foi assim no Rio, onde, desde o dia 4, ela aparece em propaganda dizendo que ‘é hora de acelerar e ir em frente’, em referência ao PAC.


Em São Paulo, o PT tem dez minutos, a serem utilizados entre amanhã e o dia 18. Deve explorar a imagem do pré-candidato ao governo, Aloizio Mercadante, mas usando as inserções também para alavancar Dilma.’


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


Sanções 4


‘O site do ‘New York Times’ deu as sanções na manchete, mas dizendo ser ‘mais uma tentativa’. Avaliou como ‘ampliação modesta’ em relação às três rodadas anteriores, aprovadas por unanimidade. Destacou a recusa de apoio por Turquia e Brasil, citando a embaixadora Maria Luiza Viotti. Para o jornal, ‘de fato, estudos do governo americano questionam sua eficácia’, mas, ‘para além das sanções, a votação abre caminho para medidas mais fortes dos EUA’.


O ‘Washington Post’, sem manchete, deu sublinhando o ‘dividido Conselho de Segurança’. Avaliou não ser ‘vitória clara’ para os EUA e que até Bush obteve mais ‘unidade internacional’. Citou ponto a ponto ‘O que o Irã ganhou com as sanções’. Diz serem ‘fracas’ por permitirem, por exemplo, que a China siga desenvolvendo prospecção e até refinaria no Irã e que a Rússia complete uma usina nuclear no país. E que o apoio de Turquia e Brasil reduziu o isolamento iraniano, em vez de ampliar -e que ‘China e Rússia estão longe de perdidas’ para o Irã.


Negociadores Como o ‘WP’, o ‘Financial Times’ não deu manchete para as sanções, noticiando com o destaque ‘Turquia e Brasil votam contra’. Em editorial adiantado ontem, avalia que elas não devem mover o Irã e ‘ainda é preciso achar a saída’, sugerindo ‘alguma variante do acordo de transferência de combustível’. E registra que, ‘ao votarem contra as sanções, turcos e brasileiros se apresentaram como negociadores confiáveis’.


Ainda Festejando ‘vitória’, na declaração enfatizada pela AP, a secretária de Estado dos EUA concedeu que, ‘no atual esforço diplomático com o Irã, Turquia e Brasil vão continuar tendo papel importante’. Manchete do G1, ‘Brasil ainda tem papel, afirma Hillary’.


Pirro Na manchete da Folha.com no fim do dia, ‘Sanções foram aprovadas por birra, diz Lula’. Ele falou também que, ‘como diria o saudoso Leonel Brizola, foi uma vitória de Pirro’. No UOL, ‘Para Lula, sanções são equívoco e enfraquecem Conselho de Segurança’.


No cenário Na reportagem ‘Para analistas, Brasil se firma no cenário mesmo com sanções’, a BBC Brasil ouviu de Michael Shifter, do Inter-American Dialogue, que ‘há reconhecimento generalizado, mesmo dos que dizem que pode ter sido ingênuo, que o Brasil estará envolvido nas grandes questões internacionais’ depois do Irã, ‘questão mais sensível, que envolve segurança’. Antes o país se restringia a G20, aquecimento etc.


INFLAÇÃO CAI, JURO SOBE


O dia abriu com Folha.com e UOL anunciando, em manchete, ‘Inflação recua e é a menor do ano’. Ainda pela manhã, no alto das buscas de Brasil pelo Google News, ‘Inflação cede no Brasil, mas não a pressão sobre o Banco Central’, em post do ‘Wall Street Journal’. Ouvindo ‘economistas’ de fundos de investimento, o jornal afirmou que o recuo da inflação era ‘passageiro’.


Na Reuters Brasil e pelos portais, no meio da tarde, ‘Lula diz que fará qualquer coisa para conter inflação’. Declarou que a campanha eleitoral não pode afetar ‘o bolso do pequeno’, permitindo maior inflação.


Fim do dia e, na escalada de manchetes do ‘Jornal Nacional’, ‘Copom aumenta taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual’.


COMEÇA A COPA Notícia mundo afora, levantamento da Nielsen com 27 mil pessoas de 55 países, via internet, apontou o Brasil como favorito, com 34%


TARDES Acima, o âncora Tadeu Schmidt ensina como assistir à Copa, ontem na Globo. Segundo o blog Radar, ele e os veteranos Galvão Bueno e Fátima Bernardes tomam a programação, hoje, com o ‘pontapé inicial para alavancar o ibope global nas tardes de junho’’


 


 


SEGURANÇA


Martín Fernandez


Jornalistas são assaltados em hotel na África do Sul


‘Três jornalistas foram assaltados ontem no hotel em que estavam hospedados, nas proximidades de Magaliesburgo, cidade de 10 mil habitantes distante 70 quilômetros de Johannesburgo.


O espanhol Miguel Serrano, repórter do jornal ‘Marca’, e os portugueses Antônio Simões, fotógrafo do diário ‘O Jogo’, e Rui Gustavo, repórter do semanário ‘Expresso’, tiveram todos os seus pertences roubados.


Foram levados documentos, roupas, dinheiro, cartões de crédito, equipamento fotográfico e computadores.


O assalto ocorreu às 5h (0h em Brasília). Os três jornalistas tiveram seus apartamentos invadidos simultaneamente por homens armados. Serrano e Gustavo não acordaram enquanto seus armários eram esvaziados.


Simões acordou e logo uma arma foi encostada em sua cabeça. Ouviu a ordem para ficar calado. Obedeceu. Os ladrões botaram tudo numa camionete e fugiram.


‘A segurança no hotel é feita por apenas um homem’, contou Manuel Sainz, repórter do ‘As’, que estava hospedado no mesmo hotel.


Acionada, a polícia chegou 15 minutos depois. No caminho entre o carro e os quartos, acharam o passaporte de um dos assaltados.


Um dos ladrões foi preso ainda ontem de manhã, depois que um dos celulares roubados foi rastreado.


Reno Maurício, diretor da agência de turismo que recepcionou o grupo de 20 jornalistas hospedados naquele hotel, minimizou o caso.


‘Também tivemos assaltos na Euro de 2004, em Portugal’, disse. ‘A África do Sul não é um país perigoso.’


CENTENAS DE POLICIAIS


O assalto resultou num reforço de policiamento no treino de Portugal, às 11h locais.


Havia barreiras nas estradas de acesso à escola onde ocorrem os treinos, com centenas de policiais em volta do campo e carros revistados.


Após o assalto, a maioria dos jornalistas hospedados no local quis se mudar para Johannesburgo ou Pretória.


Pedro Teles, representante da polícia portuguesa na África do Sul, chegou a oferecer escolta armada nos deslocamentos entre a hospedagem e o local onde a seleção portuguesa treina. A hipótese foi descartada porque a polícia sul-africana não tinha como atender ao pedido.


Até o início da noite, os jornalistas que estavam hospedados no hotel não sabiam onde dormiriam.


A maior parte das redes de TV que cobre a Copa do Mundo, inclusive as brasileiras, tem utilizado serviço de escolta armada no país.’


 


 


ESPORTE


Noeli Menezes


Senado derruba a restrição do uso de imagens de competições


‘Um dos pontos mais polêmicos do projeto que altera a Lei Pelé, a redução do limite do tempo de imagem a que têm direito veículos que não pagaram pela exibição de eventos esportivos foi derrubada em votação no Senado.


Como sofreu alteração dos senadores, ontem, a proposta volta agora à Câmara.


O texto aprovado pelos deputados previa a permissão, para fins jornalístico, educativo ou desportivo, de 3% de imagem de campeonatos e torneios, e com uma limitação de um minuto e meio.


Pressionado por emissoras de TV e sites da internet que não detêm direito de transmissão, o governo segurou a votação no Senado por três semanas, até obter um acordo com a oposição para retirar o limite de 90 segundos.


A restrição interessava à TV Globo, que, como detentora dos direitos de transmissão de vários campeonatos, queria limitar o acesso de outros veículos às imagens.


Com a alteração, qualquer veículo continuará a ter direito a até 162 segundos (2,7 minutos) de uma partida de futebol, por exemplo.


O relator do projeto, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), era a favor da restrição maior porque ‘é assim em vários países e é o mais justo’.


‘Quem não tem direito de transmissão pega vários trechos de jogos no final de semana e faz um programa de uma hora sem pagar nenhum tostão’, disse Dias.


Para evitar uso indevido dessas imagens, a proposta proíbe a associação das mesmas com qualquer tipo de patrocínio ou propaganda.


Outro ponto do projeto determina a nulidade de pleno direito dos chamados ‘contratos de gaveta’, celebrados entre empresários e esportistas menores de idade.


A proposta prevê o direito de clubes terem retorno de investimentos feitos na formação de atletas, estabelecendo a possibilidade de multas rescisórias que podem chegar a 200 vezes os gastos comprovados.’


 


 


Repórteres terão acesso a eventos


‘Os jornalistas credenciados a associações da categoria terão livre acesso a campeonatos em todo o país, em locais reservados a eles pelas entidades de administração do desporto. A medida foi incluída pelo Senado no projeto que altera a Lei Pelé.’


 


 


TELEVISÃO


Andréa Michael


Rede TV! mandou três aparelhos 3D para Lula


‘Em nova versão, a Rede TV! informou ontem à coluna que colocou à disposição do presidente Lula três aparelhos de TV com tecnologia 3D. Na semana passada, havia dito duas unidades.


As TVs foram instaladas para Lula conhecer a transmissão em 3D, lançada pela emissora em 23/5.


O superintendente de operações da rede, Kalled Adib, disse que primeiro foram enviadas duas TVs no sistema ativo, que deixa os olhos sob estímulo constante.


Essas substituíram dois aparelhos HD, também disponibilizados para Lula pela Rede TV! em 2008.


As TVs ativas ficaram no Centro Cultural Banco do Brasil, onde Lula despacha, e no Alvorada. Em Brasília.


Antes da transmissão 3D, a Rede TV! instalou um segundo aparelho no Alvorada, configurado no sistema passivo, tecnologia que permite aos olhos um conforto maior.


Uma semana depois, diz, o passivo foi retirado.


A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que Lula recebeu as TVs em regime de comodato, como instituição Presidência da República, e que estão à disposição da Rede TV!.


RENATA FAN


Única mulher na equipe da Band, a apresentadora estreia hoje sua participação na Copa com transmissão do Estádio Orlando, de Johannesburgo


Aprendiz 1 A sétima versão do reality da Record, apresentado por João Doria Junior, terminou anteontem com a pior audiência de uma final: oito pontos (480 mil domicílios ligados na atração na Grande SP).


Aprendiz 2 O mais próximo disso ocorreu na estreia do formato, em 2004: 12 pontos, com Roberto Justus.


Aprendiz 3 Competente e autoritária, Samara Schuch ganhou o voto de Doria. Mas seus colegas preferiram o concorrente, Rodrigo Solano.


Aprendiz 4 Diz a mãe da campeã, Rosangela: ‘Rodrigo tem a imagem da maioria do povo brasileiro, de ter menos oportunidades. As pessoas gostam disso’.


Gafe Na cobertura do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro pelo Canal Brasil, anteontem, a repórter Renata Muniz tentou entrevistar Anna Muylaert, a diretora do grande vencedor da noite, ‘É Proibido Fumar’. Errou. Era uma integrante da equipe.


Trombone 1 Leitor diz que, ao assistir ao ‘Bom Dia Brasil’ na Globo News, fica sem saber o que fazem os entrevistados ou de onde são os repórteres. Explicando: a tarja preta que na edição original, na Globo, serve para passar notícias de última hora é mantida na reprise. ‘Desconsideração com telespectadores e colegas do programa.’


Trombone 2 Globo News diz que vai tentar resolver o problema o mais rápido possível.’


 


 


Lúcia Valentim Rodrigues


‘Southland’ deixa evidência de lado e investe em policial básico


‘Algumas séries têm sorte. Sobrevivem por várias temporadas sem que se entenda por quê. Outras são canceladas após o primeiro episódio.


A lógica de Hollywood é para iniciados -e é cruel.


‘Southland’ está entre os bem aventurados. Teve sete episódios iniciais. Fechou contrato para mais seis, mas acabou cancelado em sua emissora original. Foi recomprado pela TNT e já tem negociados mais capítulos.


No Brasil, estreia hoje no canal pago Space.


O seriado conta a história de um novato na polícia de Los Angeles, Ben (vivido por Benjamin McKenzie, o astro de ‘The O.C.’). Para piorar sua situação, ele vem de uma família rica e seus pares não entendem as razões para ingressar na força policial.


O veterano John (Michael Cudlitz), seu parceiro, vai ajudá-lo no ‘batismo’ das ruas, que inclui presenciar um assassinato, errar numa perseguição e tentar consertar as coisas mais tarde.


É um policial com multitramas, sem o investimento nas evidências que ‘CSI’ consagrou. Ou seja, faz um arroz com feijão digno, na esteira de ‘Hill Street Blues’ e ‘Without a Trace’.


NA TV


Southland


Estreia da primeira temporada


QUANDO qui., às 21h, no Space


CLASSIFICAÇÃO 14 anos’


 


 


INTERNET


‘NY Times’ diz que vai continuar aberto para redes como Twitter


‘O ‘New York Times’ afirmou que o seu conteúdo continuará aberto para as redes sociais (como Facebook e Twitter) a partir do ano que vem, quando já anunciou que começará a cobrar pelo acesso ao seu material.


‘As pessoas terão a chance de entrar no site e ler um certo número de páginas. Grátis. Também vamos manter aberto o acesso das redes sociais. Se alguém receber um link do ‘New York Times’, poderá abri-lo’, disse Arthur Sulzberger, presidente do grupo de mídia, de acordo com o site E-consultancy.


Jornais como o britânico ‘The Times’ já disseram que vão fechar todo o seu conteúdo grátis, o que, na prática, impede que os links de seus textos sejam proliferados em serviços como o Twitter.


As declarações de Sulzberger são mais um sinal do modelo de cobrança que o jornal deverá adotar em 2011. Tudo indica que ele vai seguir o exemplo do ‘Financial Times’, que impõe um limite de dez páginas grátis por mês -o jornal norte-americano, porém, ainda não disse qual será a sua cota mensal.


Mas o jornal de economia exige que o internauta faça um registro para poder acessar as suas páginas. O ‘New York Times’ sinaliza que não vai adotar a mesma ideia.


Isso porque Sulzberger, ao ser questionado sobre a possibilidade de os internautas limparem os cookies (registros dos sites visitados pelo computador) para evitarem ter que pagar, respondeu: ‘Sempre existiram e vão existir maneiras de não pagar por um jornal. Você pode roubar hoje um exemplar da banca, se quiser’.


DISPUTA COM A APPLE


Ao mesmo tempo em que define o modelo de cobrança por conteúdo, o ‘New York Times’ entrou em uma disputa com a Apple por um dos aplicativos mais bem-sucedidos do iPad, aparelho que é uma das promessas para as empresas jornalísticas aumentarem o seu faturamento com publicidade.


O New York Times Company pediu que a Apple removesse da sua loja o aplicativo Pulse, que é um agregador de notícias.


A reclamação é que o aplicativo usa um serviço gratuito (o agregador RSS) e cobra pelo produto: US$ 3,99.


A Apple inicialmente retirou o aplicativo da sua loja, mas logo voltou a vendê-lo.’


 


 


ASSINATURA


Globo venderá parte de suas ações na Sky para a americana DirecTV


‘A Globo Comunicação e Participações vai vender uma fatia equivalente a 19% do capital da Sky para a norte-americana DirecTV. A Sky é a maior empresa de TV por assinatura via satélite no país.


Em comunicado à SEC (o órgão regulador americano equivalente à CVM no Brasil), a DirecTV diz que a operação será no segundo semestre.


A fatia da Globo no capital da Sky será reduzida de 26% para 7%. A DirecTV, que já era controladora da Sky, passará a deter 93% do capital.


A operação estava prevista em um acordo de acionistas de 2004, que previa a aquisição integral ou parcial da participação da Globo na Sky pela DirecTV até janeiro de 2014.


O pagamento será em moeda local, em ações ou por uma combinação de opções.


A Globo não comentou o assunto. O país tem 3 milhões de clientes de TV por assinatura via satélite, segundo a Anatel.’


 


 


 


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