Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Vídeo de repórter nua gera controvérsia nos EUA

Erin Andrews é loira, magra, alta e bonita. Repórter da emissora esportiva ESPN desde 2004, ela foi classificada pela revista Playboy como a ‘mais sexy repórter esportiva da TV’ em 2008 e 2009. Alguns sites se referem a ela como ‘Erin Pageviews’, por causa do tráfego online que consegue gerar.


Erin é também a mais nova vítima de imagens íntimas que acabam se espalhando pela internet. Mas ao contrário de exemplos como o da socialite Paris Hilton, filmada pelo namorado durante o ato sexual, a repórter da ESPN foi filmada trocando de roupa em um quarto de hotel, por uma câmera escondida. Não se sabe quem filmou, não se sabe quem postou o filme em um site de imagens de mulheres peladas.


Guerrinha


A única certeza é que a história – além de embaraçosa para Erin – virou guerra entre veículos de comunicação americanos. O jornal New York Post acusou a ESPN de ser a culpada por expor o caso, já que o vídeo estava em um site pouco conhecido, o nome da repórter não era citado e a imagem não tinha boa qualidade para uma identificação precisa. A emissora, quando soube da existência do clipe, enviou uma carta para o site ordenando que ele fosse removido, e foi isso que fez com que a história se espalhasse. ‘Ninguém saberia que um voyeur doente havia filmado secretamente a repórter da ESPN Erin Andrews nua em seu quarto de hotel se o canal esportivo do Mickey Mouse não tivesse enviado uma carta a um site obscuro ordenando que fosse retirado do ar um link de um vídeo borrado de uma loira não identificada’, afirmou o Post.


Na quarta-feira [22/7], a ESPN declarou que proibiria repórteres do Post de aparecer nos programas da companhia – a emissora pertence à Walt Disney – porque o jornal publicou três fotos do vídeo. Diversos jornalistas do diário são convidados frequentes de programas de debates esportivos. No dia seguinte, o Post defendeu a publicação das fotos, finalmente acusando a ESPN de ter dado, ela própria, destaque à história.


Em uma entrevista de rádio, John Walsh, editor-executivo do canal, disse que a cobertura do Post envergonhou Erin. ‘Sentimos que, se fôssemos os pais da vítima deste crime e víssemos as palavras ‘New York Post’ em nossas transmissões, não estaríamos fazendo justiça a uma pessoa que é nossa colega’, afirmou.


Além do Post, outros jornais e emissoras exibiram trechos do vídeo. Segundo o advogado de Erin, Marshall Grossman, ela planeja processar a pessoa que a filmou sem autorização e todos os veículos e sites que divulgaram o material. Grossman diz que a repórter decidiu confirmar que era ela no vídeo para pôr fim a especulações e boatos e para avisar aos responsáveis pelo crime de que eles serão responsabilizados. Com informações da AP [24/7/09].