Saturday, 16 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Paulo Rogério

“‘O jornalista tem por obrigação ser inteligente durante pelo menos o seu horário profissional’ Lago Burnett, jornalista e escritor

Fortaleza tem no trânsito um dos seus maiores problemas urbano que coloca o tema em constante debate no jornal. O POVO mostrou bem esse cenário em uma série de matérias nas edições de segunda, terça e quarta-feira. Tudo quase perfeito, não fosse o mau exemplo dado pelo próprio jornal. Enquanto o primeiro caderno debatia uma suposta ‘indústria da multa’ a contracapa do caderno Veículos estampou foto de um carro entregue para avaliação da editoria estacionado sobre o novo calçadão da Praia de Iracema.

Uma infração grave, com multa de R$ 127,39. ‘Que espécie de matéria é essa que comete tamanho absurdo?’ observou o leitor Luciano Ferraz Alencar. Ele está certo. Antes de apontar os erros dos outros, o jornal deve orientar seus profissionais a não cometerem os mesmos erros de falta de educação. E isso em uma publicação especializada para…motoristas.

Faltou atitude

Muitas vezes um mesmo assunto chega às Redações no mesmo instante de diversas formas. Aos editores cabe a missão de buscar um diferencial que possa interessar seu público, dando um olhar próprio. Esse ‘olhar diferenciado’ de pautar as matérias é uma das características do O POVO. Um DNA que sofreu avarias em dois momentos essa semana.

Primeiro no dia 10 quando o jornal apenas mostrou, em Radar, dados obtidos em pesquisa sobre a sucessão em Fortaleza. Não houve qualquer análise. Não se foi adiante do relatório. Isso só aconteceu no dia seguinte, em Política, 24 horas depois que o concorrente já havia produzido bom material. É bom lembrar que a pesquisa foi disponibilizada para os três jornais locais no mesmo dia.

A mesma falta de senso crítico caracterizou a matéria ‘97% das obras do Centro de Eventos estão prontas’ publicada em Economia, na edição do dia 11. O jornal só ouviu um lado da história – a Secretaria de Turismo do Estado – e acabou engolindo a agenda positiva que o Governo queria divulgar. Se tivesse olhado pela janela e mostrado atitude indagadora teria observado o que o concorrente enxergou na rua: as obras de acesso estão atrasadas, o projeto foi modificado e nem tudo é tão ‘grandioso’ como foi vendido.

Avisos inconstantes

A coluna do José Simão, um dos principais pontos de leitura do Vida & Arte, simplesmente sumiu do jornal após o dia 4 de maio. Teria ele exagerado no colírio alucinógeno? O fato é que o leitor teve que se contentar durante a semana com pequenos avisos, inconstantes, da não publicação da coluna. O leitor Frederico Portela nem percebeu. ‘Não houve explicação ou justificativa. Merecemos satisfação’. Sumiço semelhante afetou a coluna de Ruy Lima que saia às quintas-feiras.

Segundo a chefia de redação há problemas operacionais – não especificou quais – com a Folhapress, a agência que disponibiliza a coluna do José Simão. A coluna só volta em junho, após as férias do titular e se o problema for resolvido. Já Ruy Lima, de acordo com a chefia, decidiu não mais escrever para o Vida & Arte. O nome dele, entretanto, continua como integrante do time de colunistas do O POVO Online. O último texto foi postado há dois meses.

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