“'Os erros e injustiças da imprensa pela própria imprensa se curam.' Rui Barbosa, jurista, político e escritor
É incrível como o jornal, na mesma velocidade e estardalhaço com que lança novos pontos de leitura, faz desaparecer, silenciosamente, cadernos, seções e colunas. Foi assim com o caderno Veículos, o Professor Pasquale e agora com o sumiço de dois colunistas: Leonardo Boff e José Simão. Vários leitores procuraram o ombudsman estranhando o desaparecimento.
'O que houve com o Leonardo Boff?', questionou o leitor Carlos Rodrigues. José Afonso engrossou o coro somando-se a Marta Queiróz, Alberto Martins, entre outros. Todos lamentando a ausência do colunista no período das eleições e a falta de satisfação ao leitor. Na verdade, a coluna semanal deixou de ser publicada em agosto.
De lá pra cá, silêncio completo.
Sem aviso
O editor executivo do Núcleo de Conjuntura, Guálter George, admite o erro ao 'não tornar pública, através de nota, um informe que fosse' sobre a mudança. Segundo ele, a Redação recebeu a informação de que a coluna passaria a ser exclusividade do O Globo. Mesmo avisada, no início de outubro, a editoria não comunicou ao leitor as mudanças – em uma nota que fosse. O que faço agora.
Já no caso de José Simão (Macaco Simão), no último dia 23 saiu a explicação de que por 'motivos técnicos' ela estava ausente. 'Mas depois, nem explicação foi dada', disse o leitor Fred Portela. O editor-chefe de Cultura e Entretenimento, Felipe Araújo, reconhece a ausência nas últimas edições e promete retomar satisfação até o tal motivo 'técnico' com a agência que disponibiliza o conteúdo ser resolvido.
Errado e ilegal
'Nunca vi um vereador assumir a vaga de presidente da Assembleia Legislativa!'. O comentário é do leitor José Mário diante da coluna Sônia Pinheiro, edição do dia 31 de outubro. A nota 'Troca de comando' faz uma lambança entre as casas legislativas e informa que o vereador Elpídio Nogueira poderá assumir presidência da AL no lugar de Roberto Cláudio, eleito prefeito de Fortaleza.
Na verdade, a vaga pode ficar com o deputado estadual Sarto Nogueira, irmão de Elpídio. O que a coluna informa – o que justifica o espanto do leitor – é ilegal.
Deputado é uma coisa, vereador é outra. O pior é que no mesmo dia, a editoria Política publicou amplo material sobre as mudanças nas duas casas. E o mais grave ainda é que o erro continua sem correção. Fato corriqueiro no espaço que já havia chamado, no último dia 24, o prefeito eleito de Maracanaú (Firmo Camurça) de Firmo de Castro.
Torcedor esquecido
Desde o dia 19 de setembro, o torcedor do Fortaleza que atirou uma bomba contra a torcida do Paysandu, três dias antes, no estádio Presidente Vargas, está proibido de se aproximar de estádio quando o time cearense jogar. Durante um ano, sempre que o time do Pici atuar na Capital cearense, o infrator terá que prestar serviços comunitários no Frotinha da Parangaba.
O POVO deu manchete para o caso na edição do dia 18 de setembro ('O rastro da violência dos torcedores') mostrando a briga das torcidas e o vandalismo. Pois bem. Daquele dia até hoje, o time leonino atuou mais duas vezes no PV. Apesar do destaque na época, o jornal parece ter esquecido o fato.
Apesar de ter mostrado competência em cobrar soluções contra a violência no futebol, a editoria perdeu uma oportunidade de avançar no tema e conferir se o tal trabalho 'comunitário' está sendo feito e inibir quem insiste em torcer de forma errada. O Fortaleza ainda jogará pelo menos mais uma vez no PV este ano, no próximo dia 11. Eis uma nova oportunidade de verificar a eficácia da lei.
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