Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

‘New York Post’ e a polêmica foto de morte no metrô

O presente artigo tem por objetivo analisar as questões éticas envolvidas no caso em que o jornal New York Post publicou uma imagem de um homem prestes ser atropelado pelo metrô. Além desta polêmica, há ainda o envolvimento do fotógrafo R. Umar Abbasi, que presenciou a cena e alega ter usado o flash de sua câmera apenas com a intenção de fazer com que o condutor do trem percebesse a situação.

Com esta finalidade, serão definidos os conceitos de ética, moral e deontologia, para que se esclareçam suas relações com o jornalismo e com o caso estudado.

Posteriormente será feita a descrição do caso para, só então, fazer-se uma discussão ética acerca das ações de cada um dos envolvidos e suas responsabilidades morais quanto ao ocorrido. Para isso, serão usadas as ideias de alguns importantes teóricos da ética e da ética aplicada à comunicação.

Definindo conceitos: ética, moral e deontologia

Para que se possam entender corretamente as questões que serão apresentadas e para saber como avaliá-las, é necessário que alguns conceitos importantes sejam esclarecidos.

Um deles é o conceito de moral. Pode-se chamar de moral o conjunto de valores que se utiliza para definir se uma ação é boa ou ruim. Geralmente, está baseada em crenças que se acumulam ao longo da vida, oriundas da tradição, da religião, das relações sociais e até do senso comum (PLAISANCE, 2011). Ela trata do que é certo fazer. São princípios que guiam o comportamento humano e que não são muito bem definidos: cada caso, em cada cultura e em cada época deve ser analisado em sua particularidade.

Valls (2008) descreve a consciência moral como “aquela voz interior que nos diz que devemos fazer, em todas as ocasiões, o bem e evitar o mal” (p. 63). É bom ressaltar que ela é considerada coletiva, pois se baseia em valores compartilhados.

De acordo com Vázquez, age-se moralmente quando se realizam “atos conscientes e voluntários dos indivíduos que afetam outros indivíduos, determinados grupos sociais ou a sociedade em seu conjunto” (2012, p. 24).

Já a ética é responsável pelo estudo da moral e pelo julgamento moral com base nos atos realizados no dia a dia. Vázquez a define como “a ciência de uma forma específica de comportamento humano” (p. 23).

Plaisance a caracteriza como um esforço para elaborar justificativas para as soluções que buscamos quando valores morais entram em conflito. Ela busca explicações não só sobre qual decisão deve ser tomada, mas também sobre o porquê deve ser assim.

Para Valls, “também chamamos de ética a própria vida, quando conforme aos costumes considerados corretos” (p. 7), ou seja, ela também pode se referir ao tipo de comportamento adotado.

A deontologia, por sua vez, é uma corrente da ética baseada na teoria de Kant. Ela dá especial atenção ao dever para com os outros, ou seja, à intenção do agente. Plaisance explica que a teoria de Kant aponta o dever de respeitar o ser humano devido à sua racionalidade como algo fundamental.

Estes sistemas, como explica Furrow (2007), tratam-se de “contratos sociais”, que servem para facilitar nossa vida em sociedade. Sem os valores morais e sem a ética fazendo refletir e definindo o que é o bem, cada um faria o que quisesse, invadindo e desrespeitando constantemente a liberdade e os direitos das outras pessoas.

A deontologia é só uma parte da ética, mas traz argumentos fundamentais a serem aplicadas em várias esferas da vida, inclusive a profissional. Ao jornalismo, por seu papel de mediador e pelo poder e autoridade que tem perante a sociedade, cabe uma grande responsabilidade.

“Verdade, honestidade, correção, lealdade, respeito, equilíbrio, justeza, imparcialidade são todos valores e princípios que devem orientar uma ética do jornalismo […]”, é o que diz Gomes (2009, p.87). São todos princípios norteadores, que contribuem para a continuidade desta área em seu importante papel social.

O jornalismo tem a missão de informar o que é de interesse público, mas existem limites para isso. Estes limites podem ser encontrados na deontologia kantiana, no utilitarismo de Mill e em outras tantas teorias éticas, que servem para explicar como se deve agir em busca de um comportamento moralmente correto.

O caso

A edição de 4 de dezembro de 2012 do New York Post, tabloide norte-americano, traz na capa uma foto de página inteira de um homem nos trilhos do metrô, apoiado à plataforma, olhando em direção ao trem que se aproximava de faróis acesos. Em letras garrafais, a manchete “Condenado” acompanha a frase “Empurrado no trilho do metrô, este homem está prestes a morrer”[“Doomed: Pushed on the subway tracks, this man is about to die”].

O acidente ocorreu um dia antes. Após uma discussão em uma estação de metrô em Nova York, um homem, identificado como Ki Suk Han, de 58 anos, foi empurrado nos trilhos por um morador de rua. Isso ocorreu logo após os alto-falantes anunciarem a chegada do trem.

Em questão de segundos, as pessoas presentes se deram conta do ocorrido e teriam gritado e acenado para tentar chamar a atenção do maquinista, de acordo com uma matéria do Post [disponível aqui].

Entre eles estava R. Umar Abbasi, fotógrafo freelancer do New York Post. Abbasi diz ter corrido para ajudar. Com a câmera em mãos, já que estava indo para uma pauta, ele começou a tirar fotos, disparando o flash diversas vezes, segundo ele, também com a intenção de alertar o condutor.

O episódio rendeu muita discussão, gerando algumas questões: por que o fotógrafo não largou a câmera e foi tentar tirar o homem dos trilhos? Será que sua atitude não foi mero oportunismo? Por que o New York Post decidiu publicar uma imagem tão chocante? A foto poderia ter sido divulgada de outra forma?

Abbasi se defendeu com vários argumentos, em um texto publicado pelo Post [disponível aqui]. Ele disse que não chegaria a tempo de ajudar Han. Além disso, ficou com medo de ser empurrado também. Alegou que havia outras pessoas mais perto do local que poderiam ter ajudado, mas ninguém tentou puxá-lo. Tudo se passou muito rapidamente, segundo ele foram cerca de 20 segundos. Deste modo, ele afirma que não teve a intenção de tirar fotos – e que nem teria tido tempo para configurar a câmera –, mas sim alertar o maquinista do jeito que podia.

Conforme o Daily Mail [“Selling a photograph of this nature sounds morbid”; disponível aqui], ao ser entrevistado em um programa de TV, Abbasi disse que apenas licenciou o Post a usar as fotos. “Vender uma fotografia desta natureza soa mórbido”, disse.

O condutor foi levado da estação em uma cadeira de rodas e usando uma máscara de oxigênio. Ele foi para um hospital, em estado de choque. Também de acordo com o Daily Mail, a polícia afirmou que mais duas testemunhas tiveram que receber tratamento pelo trauma sofrido.

Análise das questões éticas envolvidas

“A ética lida com problemas e questões que não são claramente definidos”, explica Plaisance (2011, p. 24). É o caso do assunto discutido neste trabalho, que pode ser abordado a partir de dois diferentes aspectos: a responsabilidade moral do fotojornalista (que tirou as fotos e permitiu que elas fossem publicadas); e a responsabilidade moral do jornal New York Post (aqui entendido como o conjunto de jornalistas, editores e demais envolvidos na escolha e na decisão de publicar a imagem).

A responsabilidade moral do fotojornalista

Uma vez que, como afirma o Plaisance, “existem poucas maneiras pelas quais podemos saber razoavelmente qual seja a verdadeira intenção de uma pessoa” (p. 42), pode-se apenas cogitar o que o fotógrafo pretendia e analisar as questões envolvidas em cada hipótese.

Como ponto de partida, é importante lembrar que quando se busca agir moralmente entram em jogo diversos valores que adquirimos ao logo da vida. Como expõe Plaisance (2011, p. 29), “nós escolhemos quais deles devem ser favorecidos para ajudar a solucionar um determinado problema”. Mas em coluna publicada na Folha de S.Paulo, a ex-ombudsman do jornal, Suzana Singer, adverte que

“Como regra geral, repórteres e fotógrafos não devem intervir nos acontecimentos. O papel deles é registrar os fatos, o que não é pouco, principalmente em situações extremas como guerras e epidemias. Mas existe, é claro, a linha da solidariedade humana, o momento quando se age por instinto para tentar salvar quem está ali.”

E é nesse “agir por instinto” que, muitas vezes, a reação pode não ser a que todos esperam ou, como aconteceu com Abbasi, provocar uma enxurrada de críticas e questionamentos. Age-se, numa situação assim, sem pensar direito ou sem avaliar devidamente as consequências.

Levando-se em consideração que o dever moral do cidadão está acima do dever profissional e supondo-se que, seguindo este princípio, o fotógrafo realmente tivesse apenas intenção de chamar atenção do maquinista, pode-se dizer que sua ação foi moralmente boa. Para Kant e os demais adeptos da deontologia, o que importa é a intenção, e não as consequências de uma ação.

Se se acreditar, entretanto, que Abbasi não quis intervir, mas sim apenas registrar a cena, ele estaria agindo profissionalmente. Tendo-se em mente o fato de que se ele tivesse tentado ajudar de outra forma poderia ter conseguido salvar a vida de um ser humano, pode-se dizer que ele não agiu de forma correta. Mas a urgência da situação, até certo ponto, o redime, já que é muito difícil ter um raciocínio lógico e correto num momento desses.

De qualquer forma, as decisões tomadas por Abbasi, independentemente de sua intenção, geram opiniões controversas pelas consequências que causaram. Ter permitido que um tabloide como o Post usasse suas fotos (acreditando-se que ele realmente não as tenha vendido) pode ter sido uma escolha errada.

Assumindo-se que o fotógrafo tenha agido de má-fé, cogita-se que ele desejasse apenas fama e projeção (o que, de fato, obteve, ainda que com uma conotação negativa). Agindo assim, o homem no metrô seria apenas um meio de conquistar seu desejo. Como explica Cornu (1999), os jornalistas (ou fotógrafos, neste caso) às vezes são “induzidos pelas irresistíveis pulsões mercantis de alguns jornais, que procuram vender seja qual for o preço que por isso fazem pagar aos outros” (p. 404).

Devemos, no entanto, estar sempre dispostos a rever e modificar nossas percepções morais (FURROW, 2007). “Seguidamente nos confrontamos com situações nas quais nossas intuições morais são questionadas ou criticadas, não conseguem produzir um acordo, ou produziram consequências que lamentamos ou que não estavam em nossas intenções” (p. 157).

Abbasi provavelmente não pretendia causar mal às pessoas que vissem o jornal. Mas a foto de sua autoria provoca um impacto ruim, principalmente da forma como foi apresentada pelo jornal. No texto que escreveu se defendendo, o fotógrafo não fala, contudo, em ter se arrependido de sua ação talvez inconsequente, talvez gananciosa e egoísta.

Mesmo assim, pode-se considerá-lo responsável pelo que fez. Vázquez (2012) aponta duas condições para que possamos considerar alguém responsável por seus atos. São elas: que ele esteja ciente de suas ações e das consequências que podem trazer; que não seja forçado por alguém ou alguma circunstância, seja ela externa ou interna.

Ao dar licença ao Post para que usasse suas fotos, Abbasi sabia que elas seriam divulgadas, embora talvez não soubesse como. Sabia também que algumas das pessoas que testemunharam o ocorrido se sentiram mal ou ficaram traumatizadas. Ele mesmo relatou ao NY Post [“It was terrible, seeing it happen all over again”; disponível aqui] que não queria ver as fotos, e que

“Foi horrível ver tudo aquilo acontecendo mais uma vez.”

Como neste caso ele não estava agindo por determinação de alguma força superior, pode-se afirmar que o fotógrafo teve liberdade de escolha e agiu voluntariamente, sendo responsável pelo choque e pela dor que causou a várias pessoas que viram a foto, mesmo que não tenha tido a intenção de causá-los. O impacto negativo que a imagem proporciona não atinge só àqueles que estavam presentes e que ficaram traumatizados, mas também à família e às pessoas próximas à vítima.

Isso, contudo, não pode ser classificado como dano, já que Plaisance (2011) defende que “estados físicos ou mentais insatisfeitos ou indesejados, ações que ofendam, incomodem ou firam os sentimentos de outra pessoa e ações que provoquem choque, raiva ou constrangimento a uma pessoa” (p. 142) não estão dentro da abrangência do dano.

A responsabilidade moral do jornal New York Post

Analisando-se a questão do ponto de vista do utilitarismo de Stuart Mill, a publicação da foto pode ser considerada um ato imoral, uma vez que, segundo sua teoria “todas as ações devem ser avaliadas com base na quantidade total de prazer que produzem” (PLAISANCE, 2011, p. 31). Aqui, entende-se por “prazer” a quantidade de felicidade ou bem-estar produzido nos leitores do jornal.

Esta visão é corroborada pelo idealismo, que busca priorizar o bem-estar de todos como forma de alcançar resultados mais positivos, conforme o autor.

Além disso, Kant prega que temos o dever de tratar os outros como fins, e não apenas como meios para atingirmos algum objetivo (PLAISANCE, 2011). Ao analisar-se a decisão do NY Post, percebe-se que o tabloide utilizou-se do drama de Han para chamar atenção e obter mais audiência.

O problema não é só a imagem desconcertante. Até mesmo a manchete utilizada pelo Post é sensacionalista. A palavra “Condenado”, em uma fonte gigante, sobreposta à foto chama a atenção de qualquer um. Já a frase “Empurrado no trilho do metrô, este homem está prestes a morrer” causa um forte impacto e, ao mesmo tempo, uma sensação de impotência e angústia.

O jornalismo deve ter sempre em seu horizonte o interesse público, escolhendo o que divulgar com base neste e em outros critérios – como os identificados por Traquina (2002). Alguns deles ajudam a explicar por que a foto de Han foi publicada. A morte é um. A falha, como acidentes e coisas que não deveriam ocorrer, é outro, assim como o inesperado e o conflito.

No processo de produção da notícia, influenciam também, segundo Traquina, a disponibilidade, “a facilidade com que é possível fazer a cobertura do acontecimento” (p. 196), a visualidade, ou seja, se existe uma boa imagem do acontecimento. Fica, assim, evidente que o Post valorizou a foto inédita, de grande apelo visual e com elementos importantes para uma história que chame a atenção.

Mas é importante ressaltar o que disse Gomes (2009) sobre as responsabilidades morais do jornalismo: são tão grandes quanto é o seu poder de mediador. O jornal, pela importância, tamanho, abrangência e poder que tem, muito maiores que os de um fotojornalista, carrega um dever muito maior para com o seu público. Até porque, Abbasi é um só, enquanto que o Post representa toda uma equipe e, indo mais longe, uma empresa inteira que deve responder pelo que divulga.

Cornu aponta a deontologia como um dos “indicadores dos limites morais à liberdade de informar” (1999, p. 404). O autor explica que o jornalismo busca a verdade, mas cabe ao profissional “pôr ele próprio nos pratos da balança o interesse público […] e a proteção a que as pessoas têm direito”. Isso por que nem toda a informação deve ser divulgada, principalmente quando interfere na vida de alguém. Em ocasiões como a apresentada, entram em conflito alguns valores que devem ser bem analisados antes de tomada a decisão.

Um dos valores que Gomes cita como fundamentais para orientar a prática jornalística é o respeito, que é justamente o que o Post deixou de lado, ignorando, inclusive, o momento de luto da família.

O código de ética da Society of Professional Journalists estabelece os seguintes deveres aos profissionais da área: “Demonstrar compaixão por aqueles que podem ser afetados negativamente pela cobertura jornalística […]; Ser sensível ao tentar conseguir ou ao utilizar entrevistas ou fotografias de pessoas afetadas por tragédias ou sofrimentos”. O NY Post, ao publicar a imagem de tal maneira, passou por cima destes enunciados, ignorando-os. O foco da notícia foi o escândalo, buscando mais audiência.

Plaisance critica o fato de que os dramas humanos costumam atrair um grande público interessado, desrespeitando até mesmo a privacidade dos envolvidos. Como bem coloca Gomes, nos últimos tempos o jornalismo acabou se tornando “um sistema industrial de serviços voltados para prover o mercado de informações segundo o interesse das audiências” (2009, p. 75), sempre buscando um público cada vez maior. Apesar disso, não se pode

“apoiar o juízo ético acerca dos atos do jornalismo na qualidade moral da audiência. […] Públicos perversos podem ter demandas perversas e interesses perversos e, se a qualidade do produto devesse depender de tais demandas, não teríamos como escapar de um círculo efetivamente vicioso. […] Virtude, nesse caso, seria não satisfazer o interesse da audiência” (p. 84).

Em casos de coberturas jornalísticas que possam gerar polêmicas em torno da credibilidade da empresa de comunicação, alguns veículos têm optado pela transparência, deixando claro seus motivos e métodos. Para Plaisance (2011, p. 71), “a transparência não é apenas uma questão que diz respeito ao que dizemos, mas também por que dizemos e até mesmo como falamos” (grifos do autor).

Assim sendo, se o New York Post tivesse motivos realmente bons que justificassem a publicação da foto do jeito como foi feita, poderia ter se defendido expondo seus argumentos e esclarecendo dúvidas de seus leitores.

Além disso,

“Os jornalistas que explicitamente valorizam a transparência demonstram que estão constantemente comprometidos com a tarefa de analisar se a sua cobertura levou em consideração os interesses de todas as pessoas envolvidas ou afetadas por ela” (2011, p. 92).

O jornal, no entanto, não teve grande preocupação com a maneira como as pessoas seriam afetadas, bem como o fotógrafo. Conforme já foi discutido, a imagem é de grande apelo emocional até mesmo para os que não presenciaram a cena e não tinham nenhuma ligação com a vítima.

Considerações finais

São muitos os aspectos da ética envolvidos neste caso. O que se pode constatar, após a exposição e explicação dos principais tópicos, é que o tabloide New York Post agiu de forma antiética.

A publicação da foto ocorreu sem cuidado e sem a preocupação com os que poderiam ser por ela afetados. A tragédia de um ser humano foi utilizada como mero artifício para chocar e atrair a audiência.

Mais complexa, porém, é a responsabilização do fotógrafo R. Umar Abbasi. Não se pode saber sua real intenção ao tirar as fotos. Em uma situação inesperada e tão perturbadora, é difícil para qualquer um saber como agir corretamente. Isso não exclui o fato de que existiam outras opções de tentativas de salvar o homem, com possibilidade de serem mais eficazes do que um flash.

Por outro lado, Abbasi, que não queria ver as imagens e reviver a cena, permitiu que o tabloide as utilizasse de forma inconsequente. Outras testemunhas da morte de Han, que ficaram ainda mais traumatizadas que o fotógrafo, podem ter sido ainda mais prejudicadas ao verem uma lembrança tão vívida do terrível acidente.

Sendo assim, torna-se difícil ter uma posição clara quanto ao ocorrido. São muitas as possibilidades de interpretação. Mas a ética não é uma ciência exata, e nem sempre pode oferecer uma solução para os casos analisados.

Referências

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CORNU, Daniel. Jornalismo e verdade – Para uma ética da informação. 1ª ed. [S.l.]: Piaget, 1999

FURROW, Dwight. Ética – Conceitos-chave em filosofia. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

GOMES, Wilson. Jornalismo, fatos e interesses – Ensaios da teoria do jornalismo. Florianópolis: Insular, 2009.

PLAISANCE, Patrick Lee. Ética na comunicação – Princípios para uma prática responsável. [S.l.]: Pensa, 2011

SINGER, Suzana. “O que você faria?” Folha de S.Paulo, São Paulo, n. 30.566, dez. 2012. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ombudsman/82803-o-que-voce-faria.shtml. Acesso em: 19 jun. 2014.

SOCIETY of Professional Journalists. SPJ Code of Ethics. Disponível em: http://www.spj.org/ethicscode.asp. Acesso em: 21 jun. 2014.

TRAQUINA, Nelson. “Os valores-notícia segundo Traquina”. In: Jornalismo. Lisboa: Quimera, 2002. p. 186 a 208.

VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. São Paulo: Brasiliense, 2005.

VÁZQUEZ, Adolpho Sánchez. Ética. 33ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

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Júlia Magalhães Bertê é estudante de Comunicação Social