Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

A mídia locativa digital e analógica e o cotidiano

O acesso à internet em dispositivos móveis, assim como os inúmeros aplicativos para celulares, smartphones, itablets e iPads, tem modificado bastante, não só o trabalho do jornalista, mas o cotidiano das pessoas. Apesar do termo mídia locativa passar a ideia de ser algo relacionado ao virtual, o mundo real está permeado deste tipo de informação.

O termo mídia locativa, segundo André Lemos, professor associado da Facom, pode ser definido como o conjunto de tecnologias info-comunicacionais cujo conteúdo vincula-se a um lugar. Entretanto, estas tecnologias podem ser tanto digitais quanto analógicas.

A mídia locativa analógica antecede a digital e está há muito tempo presente na vida dos homens, uma vez que podemos classificar como este tipo de mídia toda e qualquer informação vinculada a um determinado lugar, como, por exemplo, placas de trânsito, outdoors, cartazes informativos, placas em monumentos etc. Estas informações são fixas e auxiliam somente aqueles que se deslocam até o lugar em que elas se encontram.

Já a mídia locativa digital pode ser acessada através de aplicativos presentes em dispositivos móveis. Neste tipo de mídia encontramos informações mais detalhadas de um lugar específico, como informações sobre a arquitetura de um prédio ou museu. Os aplicativos que leem estas mídias mostram o que seria a realidade aumentada do local ao qual estão relacionadas, ou seja, informações virtuais – vídeos, fotos, textos, áudio etc. – sobre o lugar real a que estão vinculadas, o que permite aos usuários uma informação mais detalhada daquele espaço.

A mídia locativa digital, diferente da analógica, com que temos contato desde sempre, tem transformado a maneira das pessoas verem o seu entorno, já que acrescenta informações a determinado espaço. Os conteúdos agregados fazem com que as pessoas vejam além da aparência, do visível, do concreto. Para os jornalistas, este tipo de informação é de grande valia, pois, dependendo do tipo de aplicativo, eles podem acessar informações sobre congestionamento ou o lugar da cidade em que o índice de violência aumentou e com isso obter dados para elaborar seus textos jornalísticos. Além disso, estas ferramentas auxiliam turistas e pessoas em geral.

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Silvia Reis é estudante de Comunicação Social