Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

A cobertura de uma efeméride, 200 anos depois

Bem-vindos à TV Brasil. Bem-vindos ao Observatório da Imprensa, transmitido ao vivo pela TV Cultura.

Os 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil estão mais animados do que os festejos dos 500 anos do Descobrimento. É compreensível: em 1500 o herói foi o acaso, Pedro Álvares Cabral era um fidalgo desconhecido antes da viagem e assim continuou depois da façanha de chegar às nossas costas, a caminho da Índia.


Em 1808 havia muitos protagonistas, todos famosos. A começar por Napoleão Bonaparte, que mudou o mapa da Europa e de certa forma foi o responsável pela acelerada transformação da Colônia abandonada numa poderosa nação.


A mídia desta vez está conseguindo aproximar o passado do presente. A fuga precipitada da Corte Lisboeta ante o avanço das tropas francesas chegou a servir de mote para uma edição simulada do jornal O Dia em que as lideranças de Brasília fogem para Portugal ante a ameaça de um ataque aéreo de Hugo Chávez.


Mesmo que as efemérides que começaram neste final de 2007 e deverão estender-se ao longo de 2008 sejam mais cariocas, a grande mídia paulista esqueceu as rivalidades e está participando com igual animação desta viagem no tempo.


E não poderia ser diferente: nos 308 anos que vão do Descobrimento à chegada da Corte, a Colônia vegetou, nos 14 anos seguintes nasceu uma nação, nasceu um Império, que um século e meio depois ganharia a alcunha de país do futuro. E este é um debate eternamente atual.


O Observatório da Imprensa começa nesta edição uma pequena série sobre 1808. O assunto é nosso – nos porões de uma das naus que trouxe a Corte, a medusa, veio uma prensa desmontada e, graças a isso, chegamos à era Gutenberg. Com 452 anos de atraso. E este atraso tem razões que não podem ser minimizadas.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm