Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

A festa embargada

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Os festejos pelos 200 anos da imprensa brasileira encerraram-se na semana passada, dia 10 de setembro. Festejos, perguntará você, telespectador, que festejos?

Pois é, o bi-centenário da nossa imprensa não aconteceu. Foi afanado, não foi comemorado. A mídia impressa, nela compreendidos os empresários e jornalistas, resolveu embargar, não apenas a sua festa, mas também a sua história.

Este Observatório da Imprensa não entrou no jogo. Nem poderia. Nosso papel é ir na contramão do que se convencionou chamar de "grande imprensa". Acreditamos que, para entender o presente é imperioso conhecer o passado. Impossível questionar os procedimentos da imprensa de hoje sem compará-los aos seus procedimentos no passado.

Em maio, lembramos o tardio estabelecimento da imprensa – fomos um dos últimos países do continente a permitir o funcionamento de tipografias. Em junho, comemoramos a façanha de Hipólito da Costa de imprimir em Londres, no exílio, o Correio Braziliense, primeiro periódico a circular no Brasil, livremente, sem censura.

Hoje, vamos rever aquele que deveria constituir o terceiro festejo: a criação da Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal impresso no Brasil, na realidade, o mais antigo periódico em circulação porque, ao longo destes dois séculos, foi trocando de nome até chegar ao seu título definitivo: Diário Oficial.

Com embargo ou sem embargo não abrimos mão de discutir o nosso passado. Estamos com o filósofo George Santayana: aqueles que ignoram o seu passado estão condenados a repeti-lo.

Assista ao programa na íntegra em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm